103 Dias das Nossas Vidas: Day # 19

Acordamos cedo porque hoje teve o nosso passeio na Great Ocean Road. Felizmente a hora que fomos na cozinha já estava rolando as pancakes, apesar de ser antes do horário que estava na folhinha com as informações. Aproveitei e me deliciei com algumas pancakes com geléia, peanut butter e calda de chocolate. Além disso também tinha pão e mais algumas coisas pra passar nas pancakes ou no pão, além de leite, café e chá. Eu acabei antes, me arrumei e desci pra esperar o micro ônibus da Autopia. A Thay demorou um pouco mais e desceu em seguida. Logo que eu cheguei na rua o ônibus apareceu e quase que a Thay fica pra trás.

Minhas pancakes.

O micro ônibus pegou mais algumas pessoas por Melbourne e seguimos caminho rumo a Great Ocean Road. Aproximadamente 1 hora depois de sairmos chegamos em Torquay. Além de ser a cidade onde começa a Great Ocean Road, ela também é conhecida como a Cidade do Surf na Austrália. É de lá que saíram as marcas Quiksilver e Rip Curl. Além disso, é lá que fica Bells Beach, onde rola uma das etapas do Mundial de Surf.

Quiksilver.

Rip Curl.

A nossa primeira parada era em Bells Beach. Um pouco antes de chegar na praia fizemos uma paradinha rápida pra observar um grupo de kangaroos (red), que estavam tomando sol próximo a estrada. Foi a primeira vez que observamos kangaroos selvagens, apesar de não muito perto. Seguimos e logo chegamos em Bells Beach para tomar um café, chá e comer uns biscoitos. Infelizmente não tava rolando as famosas ondas que geralmente rola na etapa do Mundial de Surf.

Grupo de red kangaroos.

Maior que uma pessoa.

Thay super feliz.

Bells Beach.

Continuamos caminho pela Surf Coast, uma das partes da Great Ocean Road. A Great Ocean Road é dividida em 3 partes:

Surf Coast: devido as inúmeras praias pelo caminho.
Green Coast: pois é uma parte onde possui uma reserva nacional.
Ship Break Coast: uma região onde diversos navios acabaram naufragando.

Passamos por algumas cidadezinhas. Uma inclusive foi totalmente destruída durante um incêndio que aconteceu a mais de 100 anos atrás. O incêndio tinha uma extensão de 10 horas dirigindo. Da cidade 177 casas foram totalmente destruídas, permanecendo apenas 2.

Uma das duas casas que não foram queimada. 1 bedroom e o valor de mais de AU$ 1 milhão.

A segunda parada foi no Memorial Arch. Uma homenagem aos soldados que contruíram a estrada. Seguimos caminho, com a maior parte da estrada costeando o mar. Além de diversas cursas, leves subidas e descidas. Paramos rapidamente em Lorne pra curtir a paisagem.

Assim como a Great Barrier Reef, mais do que merecido o nome de GREAT, na Great Ocean Road.

Ops! Alguém se perdeu nas curvas pelo caminho.

Um pouco da Surf Coast.

Lorne.

No caminho paramos uma vez no meio da estrada e logo depois em Kennet River. Um local conhecido por ter diversos koalas “selvagens”. Logo que chegamos a atração não foram os koalas, mas os passaros, que simplesmente pousam nas pessoas. A Thayane estava triste que nenhum deles pousava nela. Uma mulher passou e disse que ficava mais fácil com um biscoitinho na mão. 1 segundo depois diversos pássaros passando pelos braços e cabeça dela, que ficou levemente apavorada. Peguei o biscoito pros pássaros saírem dela e logo eu tinha 5 passaros pendurados.

Thayane sendo disputada.

Chega dessa brincadeira.

The Lord of the Birds.

Logo no início o Ash, o motorista do ônibus que é super gente boa, avistou um koala. Continuamos caminhando e vimos mais 2 deles. Os koalas vivem apenas das folhas de algumas espécies de eucalipto. Eles dormem aproximadamente 20 horas por dia (não necessariamente seguidas). E diferentemente da lenda urbana que você com certeza ouvira na Austrália, eles não passam 20 horas dormindo pois ficam locão comendo eucalipto, mas sim porque o eucalipto quase não tem proteína.

Mais um pouco de viagem e paramos em Apollo Bay para o almoço. O almoço (sanduíche) é providenciado pela Autopia. Ali na cidade já começamos a sentir o vento frio. Apesar do frio o dia estava ensolarado, nada de chuva, o que é bastante sorte para essa época do ano. Seguimos caminho e paramos e uma reserva pra fazer uma pequena trilha pela rain forest. Nada muito interessante para nós que somos do Brasil. Um dado interessante é que na floresta foi encontrado uma espécie de Eucalipto que só é encontrado na Tasmania, o que comprova ainda mais que a milhares e milhares de anos a Tasmania era junto da ilha principal.

Mais uma parada pelo caminho.

As curvas da Great Ocean Road.

Literalmente vesgo de fome.

Apollo Bay.

Nosso bus.

Rain Forest.

Seguimos por essa parte da Great Ocen Road, a Green Coast, em meio a fazendas e floresta que costeiam o mar. Algum tempo depois chegamos na Break Ship Coast, em um dos lugares mais esperado, os Twelve Apostles. Na realidade há diversas formações dessas pela costa e 12 foram selecionados para fins turísticos. Dos 12 apóstolos, restam apenas 8, pois 4 deles já caíram devido a erosão do mar nas pedras. O último deles em 2005. O lugar é realmente lindo!

Quase em Lajeado Grande.

12 Apóstolos.

Após os 12 Apostles seguimos para o Loch and Gorge. Na nossa opinião o lugar mais bonito dentre todos os cenários que vimos pelo caminho. Vocês podem conferir melhor pelas fotos.

Os 2 sobreviventes de um navio que tinha 58 pessoas.

A última parada antes de começar a volta foi na London Bridge. Uma formação rochosa que era ligada ao continente, mas que caiu a ponte a alguns anos atrás. Quando a ligação caiu haviam 2 pessoas na ilha. A polícia demorou 3 horas para finalizar o resgate, mas logo a imprensa já estava no local. Azarado do cara que estava na ilha junto com outra mulher que não era a sua esposa.

London Bridge antes de cair a passagem.

Começamos o caminho de volta, dessa vez não pela costa. O caminho pela costa demoraria 4 horas e meia, enquanto o caminho que fizemos era apenas 2 horas e meia. No meio do caminho teve uma parada para a janta. Mais uma vez Mc Donalds, apesar do Value Menu não ser tão bom quanto os outros. Chegamos no hostel por volta das 8:30pm da noite. Arrumamos as malas, tomamos os banhos e fomos no bar que tem em baixo do hostel encontrar com o Rafa, um amigo que mora em Melbourne que eu conheci a 2 anos atrás em Santa Monica, nos EUA. Ficamos conversando até uma meia noite e em seguida fomos pra cama.