Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.

Enjoy it!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Day # 74 - Vietnam

Acordamos por volta das 7am, após uma noite bem dormida. Estávamos tão cansados do nosso dia que apagamos na cama. O melhor ainda foi acordar e estar no meio de Halong Bay, com uma paisagem incrível nos cercando, com o mar e os diversos morros formados pelas pedras.

Nos arrumamos e subimos para o breakfast. Na mesa havia banana, shoyo e sal, logo trouxeram pão e ovo frito. A Thayane já estava decepcionada que esse seria o café da manhã e ela passaria fome. No entanto, um pouco depois apareceu a geléia e a manteiga, pra salvar a nossa manhã.

Depois do café da manhã nó descemos para o nosso quarto para pegar as coisas e fazer o check out, era por volta das 8:30am. Entregamos a chave, pagamos a conta das bebidas e depois subimos no sun deck para seguirmos caminho até a floating village. Uma infelicidade é que tem muito lixo no mar e conforme o barco vai andando, a gente nota a grande quantidade de objetos espalhados na água.

Uma pena um lugar tão bonito com toda essa sujeira na água.

Como fizemos tudo ontem, hoje sobrou tempo para visitarmos esse local. É onde as pessoas moram, em casas que ficam boiando na água. Geralmente tem apenas um quarto com uma cama, onde dormem famílias de até 5 pessoas. Há também uma escola, mas apenas com 2 salas de aula. As crianças estudam por cerca de 5 anos e depois vão ajudar os pais no trabalho.

Floating Village.
Até cachorro tem.
Casas devidamente numeradas.
Escola.

Outra coisa interessante que notamos é que as mulheres que ficam nos barcos vendendo frutas, bebidas ou algumas outras coisas tapam o corpo o máximo possível. Chapéu, máscara para a boca, roupa comprida e as vezes até luva. Algumas ainda colocam óculos e ficam totalmente cobertas. Isso porque não querem ficar bronzeadas com o sol, pois geralmente quem tem a pele bronzeada são as pessoas que trabalham por longas horas em baixo do sol, como o pessoal das plantações de arroz, por exemplo.

Roupa comprida, chapéu, luvas e máscara. Em alguns casos, até óculos.

Havia um passeio para visitar umas caves, o valor por pessoa era U$ 6,00. A Thay ficou um pouco receosa por irmos nas caves de barco, mas como todo mundo ia ela resolveu encarar também. O passeio era em um bamboo boat e logo chegamos na entrada de uma caverna. Pra felicidade da Thayane era mais uma passagem do que uma caverna, pois logo já atravessávamos para o outro lado do morro e chegávamos em um lugar incrível, fechado pelos paredões de pedra.






Voltamos e seguimos para outra entrada, que também era apenas uma passagem por baixo do morro. O engraçado é que por mais parecido que Halong Bay seja, cada lugar é diferente e simplesmente maravilhoso.



Voltamos para o barco grande era aproximadamente 10am, quando começamos a nossa volta para o harbour. Felizmente uma brisa, devido a velocidade do barco, ajudava a refrescar um pouco frente ao calor que faz por aqui. Chegamos no pier um pouco antes das 11am e fomos direto para o restaurante. No menu, comida típica do Vietnam. Se as pessoas acham complicado aquelas jantas com mais de um prato e talheres, que tal um pires, duas tijelas (bowls), uma colher e um par de chop stick? Enfim, fiquei vendo a galera se servir antes. A bowl menor veio com a sopa, que era usada com a colher. Já a comida era colocada na bowl maior, que ficava em cima do pires. Para comer chop stick. Sim! Arroz, vegetais, frutos do mar, molho e assim vai, tudo no chop stick.

Ferrari!


Que tal um drink com cobra, lagarto e pássaro?

Próximo ao meio dia pegamos o ônibus de volta. E uma daquelas surpresa nada agradáveis: o ar condicionado não estava funcionando. Por sorte o vento que vinha nas janelas dava uma amenizada. Mas as janelas abertas me fez notar outra coisa interessante, que a buzina não para um segundo. As estradas do Vietnam podem ser um pouco complicadas de entender. Não existe exatamente as regras de trânsito, mas a regra dos motoristas. E o engraçado é que eles se entendem. É uma pista pra ir e outra pra voltar, mas geralmente há 3 carros, pois um dos lados está sempre ultrapassando. Sem contar com as motos que seguem os seus caminhos pelas laterais, nem sempre no mesmo sentido da pista. E a buzina serve como um sinal, basicamente um “estou passando”.

Bus com o ar condicionado quebrado.

Chegamos no Hanoi BP por volta das 4:30pm. Aproveitamos e ficarmos por lá, usando a internet. Como o nosso trem saía apenas as 11pm, tínhamos até lá pra ficar enrolando. A Thay reparou que tinha muita gente com o pé machucado, com faixas e mancango. Ela ficou pensando se seriam pessoas as quais as motos passaram por cima dos pés. Ficamos usando a internet e logo notamos que o Facebook é bloqueado, não intendi direito se isso se dá por ser no Vietnam, ou era com alguns computadores o problema. Depois de algum tempo fomos jantar. Enquanto a Thay foi na lasagna, que era garantido, eu arrisquei um peito de frango com espinafre, salada e purê de batata. Me dei um pouco mal, pois veio uma miséria de frango. Mas a Thay foi caridosa e me deu um pouco da lasagna dela.

Tomamos banho, pegamos as nossas malas na luggage store do hostel, demos uma ajeitada e por volta das 10pm pegamos um taxi rumo a estação de trem. O taxista foi com o taximetro ligado. Depois de todo esse tempo, nos demos conta que taxi na Ásia tem que ser assim.

Chegamos na estação de trem e seguimos sem saber muito o que fazer. Logo veio um gurizão, olhou o meu ticket e nos encaminhou para o nosso vagão e a nossa cabine. No meio do caminho eu me dei conta de que ele não trabalha na estação, mas que precisaríamos dar uma gorjeta. A gorjeta já tem até valor fixo: 1 dólar. Pelo menos nos ajudou a entender como achar os nossos lugares.

Estação.
Vagão 9.
Cabine 2. Camas 7, 8, 5 e 6.

A cabine é boa. Confortável na medida do possível. Pegamos a cabine com soft berth com 4 pessoas. São 2 camas de cada lado, level 1 e 2. As camas são estreitas, mas o suficiente. O colchão é estreito, mas confortável. Tem até travesseiro e cobertor. Na nossa cabine tinha mais um casal, mas que não conseguiram pegar a cabine juntos e estavam vendo se conseguiam trocar com alguém. Não conseguiram e ele ficou na nossa cabine. Além dele mais uma mulher do Vietnam e uma menininha de uns 2 anos, bem fofinha.



Level 1.
Level 2.

As 11pm o trem partiu. Nossa próxima parada: Da Nang!


103 Dias na Telinha...



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