O celular tocou as 5:30am, conforme havia
programado, para vermos os monges passando de manhã cedo. No entanto, a
preguiça bateu mais forte e a única reação que eu tive foi falar pra Thay:
“Acho que deixamos pra amanhã.”, que prontamente concordou, sem nem ter
acordado direito. Troquei o horário do despertador e voltei a dormir.
Acordamos um pouco mais tarde, por volta das 7am,
antes mesmo do novo horário do despertador, que seria as 8:30am. Aproveitamos
para falar com as duas famílias no Brasil. Já era quase 9am quando saímos para
tomar o nosso breakfast.
Em uma parte onde ontem havia o Night Market, hoje
havia o que deve ser chamado de Morning Market, com outras barraquinhas de
souvenirs. Pelo que andei pesquisando, há diversos markets em Luang Prabang. E
na frente desse market fomos tomar o nosso breakfast, naquele único restaurante
que havíamos achado ontem, o Ancient Bon Cafe & Bakery. Pegamos a opção
Continental, com suco, café, 2 baguetes com jam e butter e frutas, por 35.000
Kip cada. Se quiser, também há diversas opções interessantes na banquinha deles
que fica na rua.
Tomamos o nosso café e voltamos para guesthouse, aproveitar
para usar a internet e organizar um pouco as coisas, pois ontem estávamos muito
cansados para fazer isso. Um pouco antes das 11am saímos para ir em outra
bakery, a JoMa Bakery Cafe, que tem próxima a guesthouse. Um ponto interessante
é que a colonização de Luang Prabang é francesa, por isso diversas padarias
nesse estilo. Croissant de chocolate e um milkshake de chocolate e banana pra
Thay e pra mim um milkshake de chocolate apenas, um croissant de chocolate
também e mais um de maçã. E tudo por menos de 90.000 Kip. Encontramos por lá a
Su, a guria da Alemanhã que estava morando em Seul, a qual conhecemos na viagem
do barco. Em seguida chegou o nosso pedido, que realmente é uma delícia.
Viva a colonização francesa! |
De lá fomos direto para a agência onde bookamos as
coisas para esperar o transporte até a Kuang Si Waterfall. Chegou a van e
seguimos caminho. Fomos os últimos a ser pegos e sentamos na frente, ao lado do
motorista. Assim que ele começou a andar, uma sensação estranha, que ele estava
andando na contramão. No entanto, nos demos conta que aqui no Laos não é mão
inglesa. Devo confessar que continuei ao longo do caminho com a sensação de que
algo estava errado. Depois de quase 11 meses com carros e todo o transito na
mão inglesa, é um pouco difícil se reacostumar com a mão “contrária”. Um pouco
depois, uma paradinha rápida pra abastecer. Para abrir a tampa do tanque, uma
chave de fenda. E pra melhorar, enquanto o carro era abastecido o motorista nem
desligou o motor. Segurança em primeiro lugar!
O caminho até as waterfalls levou cerca de meia
hora. A entrada é 20.000 Kip por pessoa. E logo que entra há um conservation
center para ursos. No Laos tem dois tipos de ursos: Asiatic Black bear e o
Malayan Sun bear. Aos poucos fomos avistando os diversos ursos que tem por ali.
Uns brincando, outros dormindo, outros comendo. Ficamos uns bons minutos ali
entretidos com eles.
Continuamos a trilha e chegamos na cachoeria, que é
toda em um tom de verde claro. Ao longo do caminho, diversas quedas que chamam
bastante atenção. Continuamos subindo mais um pouco e chegamos na grande queda,
que é bem bonita.
Após tirar algumas fotos voltamos para uma parte
onde era possível entrar no rio. Por ali encontramos o casal de alemães que
também começaram a viagem com a gente em Chiang Mai. Apesar de até então estar
muito abafado, a Thayane achou a água muito fria e acabou não entrando no rio.
Eu entrei, nadei um pouco e curti a queda da água massageando os meus ombros.
Pra galera que quiser, tem uma corda onde pode se pendurar para se jogar na
água. Confesso que queria muito ter me jogado, mas prometi pra minha mãe que
não faria. E mantive minha palavra pra ela confiar em mim e ficar tranquila
nesse pouco mais de um mês que ainda resta de viagem.
Continuamos por ali até por volta das 2:30pm e
depois voltamos para ver os ursos. Aproveitamos e demos a volta no espaço deles
e encontramos uma divisão onde haviam alguns ursos muito sapecas, que ficavam
brincando entre eles, entravam na água e chegavam próximo a grade. Ficamos mais
alguns minutos por ali.
Sleeping like a boss! |
Voltamos então para área do estacionamento, demos
uma olhada nas lojinhas e comemos uns crepes de banana e nutella para Thay e
banana e chocolate para mim. Ficamos por ali, até as 4pm, conforme horário que
o motorista da van tinha passado.
Wel Come to Laos! |
No caminho, havia outra parada, em uma vila local.
Confesso que foi horrível. Nada de cultural e atraente. Apenas um carreiro, com
diversas banquinhas com umas pulserinhas e bolsas feitas pelas mulheres da vila
onde crianças bem pequenas ficam tentando vender. Elas decoraram de uma maneira musical a frase:
“You can buy five thousand!”. Acredito que elas não tem idéia do que
estão falando, pois não falam nada de inglês. A única coisa que queríamos era
sair logo dali. Apesar de ser uma miséria, não compramos nada pois é a mesma
sensação de dar uma esmola para uma criança. O que somos contra. Na realidade,
no final, um gurizinho de menos de 10 anos veio com uma bebê no colo pedindo
1.000 Kip, que não demos. Infelizmente não tínhamos nenhum chocolate, salgadinho
ou qualquer coisa que seria muito mais interessante para dar para as crianças
do que dinheiro.
Seguimos nossa volta e chegamos em Luang Prabang
por volta das 5pm. Logo que descemos da van encontramos o casal que mora em
Taiwan. Seguimos para o hotel e enquanto a Thayane foi tirar um cochilo, eu
aproveitei para acabar de atualizar o blog.
A Thay acordou já era quase 8pm, tirou um bom de um
cochilo. Em seguida foi tomar banho e depois fui eu. Na maioria dos lugares da
Tailândia, assim como aqui no Laos, o chuveiro na realidade é aqueles chuveiros
de mão, que são colocados em um suporte. Nessa guesthouse o chuveiro no suporte
jorra água acima da cabeça e por esse motivo temos que tomar banho segurando na
mão mesmo.
Depois do banho seguimos para nossa janta. Primeiro
fomos dar uma conferida nos restaurantes na beira do Mekong, mas nada bateu as
comidas do beco. Fomos novamente lá pegar o peixe pra Thay e o buffet pra mim,
mas antes a parada para pegar o shake de frutas. Hoje a Thay foi no de abacaxi
e manga e eu fui no mix fruit, que não tenho certeza de todas as frutas que são
colocadas, mas são misturas que ficam realmente boas. Hoje achamos um peixe
5.000 Kip ainda mais barato que o de ontem. E enquanto almoçavamos encontramos
e avistamos muita gente que estava no barco.
Depois fomos dar uma volta e encontramos novamente
a Su e o casal da Polônia que também havíamos conhecido na trip do barco.
Ficamos conversando um pouco com eles e depois seguimos nossa volta pelo night
market. A Thayane viu o lenço que ela achou mais bonito até agora na viagem e
resolveu pedir o preço: 60.000 Kip. Demos uma olhada de uns 20 segundos e a
mulher já baixou para 50.000 Kip. Agradecemos e falamos que estávamos apenas
olhando nessa noite, nisso ela baixou para 40.000 Kip. Quando viramos as costas
ela falou 30.000 Kip. Íamos deixar para comprar amanhã, mas depois dessa
voltamos e compramos dois, um para cada uma das mães.
O engraçado é que o Laos é um país comunista, porém
fica um pouco complicado de entender até que ponto, pois tudo rola em torno do
dinheiro. Pelo menos é assim com os turistas, todo mundo (agências, bancas,
lojas, etc) faz de tudo para que compre com eles. De repente o comunismo está
na relação governo – população, mas ainda assim, pelos poucos dias que estamos
aqui, ainda não conseguimos entender muito bem.
Em seguida voltamos para o hotel e fizemos o
Evangelho no Lar. Após demos uma conferida nas opções de acomodação em Vang
Vieng pelo Agoda. Eu estava bem cansado e acabei capotando. A Thayane continuou
até meia noite na internet.
Um ponto importante e interessante de Luang Prabang
é que o máximo que podemos ficar na rua é até meia noite. É uma espécie de
toque de recolher. Tudo que fica aberto na cidade, fecha por volta das 11:30pm
devido a isso.
103 Dias na Telinha...
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