Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.

Enjoy it!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Namore Um Cara Que Viaja (Date A Boy Who Travels)

Nos últimos dias vi algumas pessoas divulgando um texto o qual poderia ser um resumo da nossa história, desse blog. Por esse motivo achei interessante compartilhar também!


Texto originalmente publicado em inglês no blog Where Are My Heels no dia 12 de Maio de 2012.
Tradução: Yasmim Ribeiro


Namore um cara que viaja


Namore um garoto que tenha mais experiências ricas que brinquedos caros, uma pulseira hippie feita a mão ao invés de um Rolex. Namore um garoto que dê risada quando ouve as palavras “férias”, “all-inclusive” ou “resort”. Namore um garoto que viaja não porque está cego por um único objetivo, mas motivado por vários.

Você encontra esse cara num aeroporto, ou numa livraria procurando guias de viagem, os quais ele “só os usa como referência”.

Você vai saber que é ele porque quando espiar a tela de seu computador, o plano de fundo vai ser uma cena de esplêndidas montanhas rochosas, vales ou bandeiras de oração. O Facebook dele vai ser lotado, e seu mural terá mensagens num inglês-meia-boca “Miss-you” de amigos que ele fez ao longo do caminho. Quando ele viaja, ele faz “amigos-pra-vida-toda” em uma hora. E os quais o contato com esses amigos é esporádico e talvez espaçado, porém fortes e inquebráveis e, se ele quisesse, poderia ter um sofá para dormir no mundo inteiro… de novo!

Compre pra ele uma cerveja, talvez a mesma do slogan da camiseta que ele está vestindo por debaixo de uma camisa xadrez, impedindo-o de ir embora. Uma vez que um viajante volta pra casa, raramente as pessoas escutam suas histórias. Então escute-o, deixe que ele pinte um quadro que te traga para dentro do seu mundo. Ele pode falar rápido e deixar passar alguns detalhes, mas é por que ele estará muito empolgado por ser ouvido. Incentive o entusiasmo dele. Deseje isso para você também.

Ele vai vibrar que nem criança quando a última edição da National Geografic chegar pelo correio, para logo em seguida crescer e ser adulto de novo enquanto analisa todas as fotos, todas as aventuras. Na sua cabeça, ele está naquelas fotos. Ele vai te questionar sobre seus sonhos, e com competitivamente sobre a coisa mais louca que já fez na vida. Diga a ele. E saiba que provavelmente ele vencerá. E se você tiver alguma chance de vencer, saiba que o próximo objetivo da vida dele será te superar. Mas então ele dirá “talvez a gente possa fazer isso juntos!”.

Namore um garoto que vive bem apenas com uma mochila porque ele é feliz com menos. Um menino que viajou, viu pobreza e jantou com aqueles que vivem na favela, sem água corrente, e ainda recebem bem os estrangeiros, com maior hospitalidade que os ricos. E por conta disso, ele vê como a vida sem luxuria pode significar uma vida alimentada por relacionamentos e família, muito melhor que uma vida alimentada de carros, diversão e ego. Ele experimentou várias maneiras de ser, respeita religiões alternativas e vê a o mundo com os olhos de uma criança de 5 anos, curioso e faminto por conhecimento. Seu pai também vai ficar contente porque ele é bom com dinheiro e sabe economizá-lo.

Esse garoto saboreia a casa, o conforto de um edredom, a segurança da comida da mãe dele, jogar papo fora com os amigos de infância e a glória de se sentir a vontade em seu banheiro. Embora ele seja ferozmente independente, teve tempo para refletir sobre si mesmo e seus relacionamentos. Apesar de seu desejo de viajar, ele conhece e valoriza seus laços familiares.

Ele teve muitas vezes que perder e perder. Devido a isso, ele também sabe uma coisa ou outra sobre despedidas. Ele sabe da imensa incerteza de sair do conforto de casa, o indefinido “até logo” nos portões de embarque, e ainda assim ele vai sem medo para o desconhecido, porque ele sabe o sentimento de retorno. E que o abraço “que saudade” é o melhor tipo de abraço em todo o mundo. Ele também sabe que despedidas não são mais que “até-logos” e que “Olá” é apenas tão distante quanto o cyber café mais próximo.

Não segure este menino. Deixe-o ir e vá com ele. Se você não viajou, ele vai abrir seus olhos para um mundo além das notícias e da percepção popular. Ele vai trazer seus sonhos para realidade. Ele vai acalmar seus nervos quando você está prestes a perder um voo ou suas reservas de hotel não forem confirmadas, porque ele sabe que a viagem é uma aventura. Ele vai fazer graça dos ruídos desagradáveis que você faz quando você tiver uma intoxicação alimentar. Ele vai fazer você rir através do desconforto ao mesmo tempo enxugando a testa com um pano frio e cuidando de você com água engarrafada. Ele vai fazer você se sentir como se estivesse em casa.

Quando vocês virem algo maravilhoso, ele vai segurar forte a sua mão em silêncio, vai olhar para o chão onde está pisando no momento, e sorrir porque você está ao lado dele.

Ele vai viver em cada momento com você, porque esta é a forma como ele vive sua vida. Ele entende que a felicidade não é mais do que uma série de momentos que deslocam a neutralidade, e ele está determinado a amarrar como muitas dessas cordas juntas como ele pode. Ele também entende sua necessidade de viver para si mesmo e que você tem um bucket list – coisas para fazer antes de morrer – de seu próprio país. Entenda o dele. Entenda que seus objetivos podem diferir em alguns pontos, mas que a independência é a base de um relacionamento saudável quando é mutuamente respeitado. Você pode perdê-lo um pouco, mas ele sempre vai voltar para casa trazendo uma nova história e uma lembrança que ele pegou porque lembrou de você, como se fosse feito para você, e porque sente sua falta. Você pode ser obrigada a fazer o mesmo. Certifique-se de que a independência está em seu bucket list, e certifique-se que está destacada. A independência vai manter seu relacionamento renovado e empolgante, e quando estiverem juntos novamente ele irá forjar um vínculo de confiança inquebrável.

Ele vai propor que você viole sua zona de conforto, quer se trate de um medo, como paraquedismo ou nadar com tubarões, ou sentar ao lado da pessoa fedorenta em um ônibus superlotado. Não vai ser com um anel de diamantes, mas com um símbolo de uma cultura nativa ou inspirados pela natureza, como um pinguim gravado numa pedra.

Vocês vão se casar em algum lugar incomum, cercado por um grupo seleto, em um momento construído para celebrar a aventura do desconhecido juntos novamente. Case-se com o rapaz que viajou e, juntos, vocês vão fazer do mundo inteiro sua casa. Sua lua de mel não será perdida num jantar com buffet e open-bar de praia, mas será lembrado nas fotografias triunfantes no topo do Kilimanjaro e imortalizado na dor gratificante dos músculos no final de um longo dia de caminhada .

Quando estiverem prontos, você vai ter filhos que têm os nomes dos personagens que você conheceu em suas viagens, os nomes estranhos de pessoas que cavaram um lugar especial em seu coração mesmo que apenas por alguns dias. Talvez você vai viver em outro país, e seus filhos vão aprender de língua e costumes que abrem suas mentes desde o início, não deixando espaço para o preconceito. Ele vai apresentá-los para a vida de Hemingway, o Caminho de Santiago, e capacitá-los a viver ainda mais grandiosamente do que vocês dois.

Case com um cara que viaja, e ele irá ensinar seus filhos a beleza de uma singela pedra, a história dos Incas e irá encorajá-los a um mundo de possibilidades. Ele vai explicar-lhes que agarrando oportunidades certas, não há medo. Ele vai ensiná-los a se arriscar.

E quando você envelhecer, você vai sentar-se com seus netos derramando sobre seus álbuns de fotos as lembranças de tesouros do mundo, enquanto eles também se colocam em suas fotografias, provocada pela beleza do mundo e inspirado por sua vida nele.

Encontre um menino que viaja, porque você merece uma vida de aventuras e possibilidades. Você merece viver leve e abraçar a simplicidade. Você merece olhar a vida através dos olhos de jovens e com os braços bem abertos. Porque este é o lugar onde você vai encontrar alegria. E melhor, você vai encontrar a alegria juntos. E se você não consegue encontrá-lo, viaje. Vá. Adote-o. Explore o mundo para si mesmo, porque os sonhos são o material de onde a realidade é criada.



 













 



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Date A Boy Who Travels

In the last few days some friends shared a text that could be the history of this blog. That’s the reason why we have to share here as well!

That’s originally from the blog: Where Are My Heels


Date A Boy Who Travels


Date a boy who travels. Date a boy who treasures experience over toys, a hand-woven bracelet over a Rolex. Date the boy who scoffs when he hears the words, “vacation”, “all-inclusive” or “resort”. Date a boy who travels because he’s not blinded by a single goal but enlivened by many.

You might find him in an airport or at a book store browsing the travel guides – although he “only uses them for reference.”

You’ll know it’s him because when you peek at his computer screen his background will be a scenic splendor of rolling hills, mountains, or prayer flags. His Facebook friend count will be over-the-roof and his wall will be plastered with the broken English ‘miss-you’ of friends he met along the way. When he travels he makes lifelong friends in an hour. And although contact with these friends is sporadic and may be far-between his bonds are unmessable and if he wanted he could couch surf the world… again.

Buy him a beer. Maybe the same brand that he wears on the singlet under his plaid shirt, unable to truly let go. Once a traveller gets home people rarely listen to their stories. So listen to him. Allow him to paint a picture that brings you into his world. He might talk fast and miss small details because he’s so excited to be heard. Bask in his enthusiasm. Want it for yourself.

He’ll squeak like an excited toddler when his latest issue of National Geographic arrives in the mail. Then he’ll grow quiet, engrossed, until he finishes his analysis of every photo, every adventure. In his mind he’ll insert himself in these pictures. He’ll pass the issue on to you and grill you about your dreams and competitively ask about the craziest thing you’ve ever done. Tell him. And know that he’ll probably win. And if by chance you win, know that his next lot in life will be to out do you. But then he’ll say, “Maybe we can do it together.”

Date the boy who talks of distant places and whose hands have explored the stone relics of ancient civilizations and whose mind has imagined those hands carving, chiseling, painting the wonders of the world. And when he talks it’s as if he’s reliving it with you. You can almost hear his heart racing. You can almost feel the adrenaline ramped up by the moment. You feel it passing through his synapsis, a feast to his eyes entering through those tiny oracles of experience that we call pupils, digesting rapidly through his veins, manifesting into his nervous system, transforming and altering his worldview like a reverse trauma and finally passing but forever changing the colors of his sight. (Unless he’s Karl Pilkington.) You will want this too.

Date a boy who’s lived out of a backpack because he lives happily with less. A boy who’s travelled has seen poverty and dined with those who live in small shanties with no running water, and yet welcome strangers with greater hospitality than the rich. And because he’s seen this he’s seen how a life without luxury can mean a life fueled by relationships and family rather than a life that fuels fancy cars and ego. He’s experienced different ways of being, respects alternative religions and he looks at the world with the eyes of a five-year-old, curious and hungry. Your dad will be happy too because he’s good with money and knows how to budget.

This boy relishes home; the comfort of a duvet, the safety stirred in a mom-cooked meal, the easy conversation of childhood friends and the immaculate glory of the flush-toilet. Although fiercely independent, he has had time to reflect on himself and his relationships. Despite his wanderlust he knows and appreciates his ties to home. He has had a chance to miss and be missed. Because of this he also knows a thing or two about goodbyes. He knows the overwhelming uncertainty of leaving the comforts of home, the indefinite see-you-laters at the departure gates and yet he fearlessly goes into the unknown because he knows the feeling of return. And that the I’ve-missed-you-hug is the best type of hug in the whole world. He also knows that goodbyes are just prolonged see-you-laters and that ‘hello’ is only as far away as the nearest internet cafe.

Don’t hold onto this boy. Let this boy go and go with him. If you haven’t travelled, he will open your eyes to a world beyond the news and popular perception. He will open your dreams to possibility and reality. He will calm your nerves when you’re about to miss a flight or when your rental blows a flat, because he knows the journey is the adventure. He will make light of the unsavory noises you make when you – and you will – get food poisoning. He will make you laugh through the discomfort all while dabbing your forehead with a cold cloth and nursing you with bottled water. He will make you feel like you’re home.

When you see something beautiful he will hold your hand in silence, in awe the history of where his feet stand and the fact that you’re with him.

He will live in every moment with you because this is how he lives his life. He understands that happiness is no more than a string of moments that displace neutrality and he is determined to tie as many of these strings together as he can. He also understands your need to live for yourself and that you have a bucketlist of your own. Understand his. Understand that your goals may at some points differ but that independence is the cornerstone of a healthy relationship when it’s mutually respected. You may lose him for a bit but he will always come home bearing a new story and a souvenir he picked up because it reminded him of you, like it was made for you and because he missed you. You might be compelled to do the same. Make sure that independence is on your bucketlist and make sure it’s checked. Independence will keep your relationship fresh and exciting and when you’re together again it will forge a bond of unbreakable trust.

He’ll propose when you’ve breached your comfort-zone, whether it be a fear like skydiving or swimming with sharks or sitting next to the smelly person on an overcrowded bus. It won’t be with a diamond ring but with a token from a native culture or inspired by nature, like the penguin and the pebble.

You will get married somewhere unassumed, surrounded by a select few in a moment constructed to celebrate venturing into the unknown together again. Marry the boy who’s travelled and together you will make the whole world your home. Your honeymoon will not be forgotten to a buffet dinner and all-you-can-drink beach bars, but will be remembered in the triumphant photographs at the top of Kilimanjaro and memorialized in the rewarding ache of muscles at the end of a long days hike.

When you’re ready you will have children that have the names of the characters you met on your journeys, the foreign names of people who dug a special place in your heart if only for a few days. Perhaps you will live in another country and your children will learn of language and customs that open their minds from the very start, leaving no room for prejudice. He will introduce them to the life of Hemingway, the journey of Santiago, and empower them to live even bigger than both of you.

Marry a boy who travels and he’ll teach your children the beauty of a single stone, the history of the Incas and he will instill in them the bravery of possibility. He will explain to them that masking opportunity there is fear. He will teach them to concur it.

And when you’re old you’ll sit with your grandchildren pouring over your photo albums and chest of worldly treasures while they too insert themselves into your photographs, sparked by the beauty of the world and inspired by your life in it.

Find a boy who travels because you deserve a life of adventure and possibility. You deserve to live light and embrace simplicity. You deserve to look at life through the eyes of youth and with your arms wide open. Because this is where you will find joy. And better, you will find joy together. And if you can’t find him, travel. Go. Embrace it. Explore the world for yourself because dreams are the stuff reality is made from.




 













 



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