Nosso último dia em Bali. Acordamos e fomos naquele
restaurante que escolhemos como o favorito, o Warung Baku Dapa. Comida boa e, melhor ainda, barata.
Pegamos o café continental mais pancakes de banana com chocolate syrup e a
conta ficou abaixo das IDR 80.000,00.
Breakfast Menu. |
Thay esperando pra pagar, afinal não dá pra ter pressa por aqui. |
Voltamos para o hotel e encontramos novamente o
Sandy. O dia de hoje tinha dois destinos principais. Os templos Ulun Danu, no
lago, e o templo Tanah Lot, no mar. A nossa primeira parada foi um outro
templo. Conhecido como Royal Temple. É o templo onde a família real frequenta.
Hoje ainda existe a família real em Bali, mas não exerce poder algum, como
acontecia antigamente.
O gato comendo as oferendas do templo. |
Ressaltando: mulher mestruada não pode entrar. |
O Sandy explicou que o hinduísmo chegou em Bali no
século 4, através da Índia. No entanto, hoje o hinduísmo de Bali e da Índia são
um pouco diferentes. Em Bali, eles tem especialmente diversas cerimônias.
Estávamos seguindo caminho, rumo ao Ulun Danu
quando eu vi um lugar escrito Crocodile Farm. Pedi pro Sandy se teríamos como
parar. Voltamos para verificar o preço. IDR 150.000,00 por pessoa, resolvemos
dar uma conferida. Se tem um lugar que eu não aconselho a ir de todos os
lugares que nós visitamos é a Crocodile Farm. É um lugar bem precário, com
muitos crocodilos em um lugar que parece não ser muito grande pra todos eles.
No total: 100 crocodilos. E o mais apavorante é a cerca ao redor da onde eles
estão, a mulher garantiu que era forte o suficiente, mas por via das duvidas eu
ficava sempre atrás da parte de concreto.
Perdeu uma parte da boca brigando com outro crocodilo. |
Se quiser, dá pra comprar um pato pra ver os crocodilos se alimentando deles. |
Bebê crocodilo. |
Eu e um senhor de 60 anos. |
As 10:45 teve um show. Uma espécie de artes
marciais onde os caras ficam passando uma faca na pele, até mesmo na língua, e
não se cortam. Isso tudo em meio a alguns crocodilos. Depois disso, hora de
subir no crocodilo, beijar e ainda enfiar a cabeça dentro da boca de um deles.
Isso sim é coragem! |
Depois do show seguimos rumo ao templo. Chegamos lá
e realmente é muito bonito, na beira do lago, com as montanhas ao fundo. Uma
cena engraçada é que um grupo de turistas da Malásia parou a gente e pediu se
poderiam tirar fotos com nós. Disseram que éramos muito bonitos, que parecíamos
ser de Hollywood. Um tanto quanto engraçada a situação, mas porque não? Logo
eles puxaram umas 5 máquinas e ficamos tirando fotos com eles. Até com a nossa
máquina aproveitamos para tirar uma. Momento celebridade do dia.
A vista um pouco antes de chegar no templo. |
Nossos "fãs" da Malásia. |
No caminho do templo tem o Botanic Garden e ao
fruit market, mas preferimos pular esse lugares. Seguimos rumo a Jatiluwih, o
lugar com maior plantação de arroz de Bali. Almoçamos por lá e depois seguimos
para mais próximo da plantação. É realmente muito grande. Brinquei com o Sandy
que é tanta plantação de arroz em Bali, mas que era necessário diante de tanto
que eles comem. E o mais engraçado é que ele me disse que as vezes eles até
precisam importar de outras ilhas.
Arroz integral em homenagem a Thaís, que foi modificando nossos hábitos alimentares ao longo desses 9 meses de Austrália. |
Foi interessante ver a plantação. Nessa aproveitei
pra descer um pouco mais perto com o Sandy e foi interessante intender um pouco
melhor como funciona. Na realidade as partes são divididas por famílias e até
mesmo a irrigação tem um sistema de níveis em que o espaço onde a água passa é
definido conforme o número de locais por família. Tudo para a divisão da água
ser o mais justo possível.
Deois da plantação fomos na village onde o Sandy
mora. Na realidade ele mora em Denpasar para ficar mais próximo ao trabalho
dele e da esposa, mas a casa dele de verdade é ali. Isso se dá pois é onde a
família dele mora. Para os balineses você deve viver próximo aos seus
ancestrais. Onde ele mora tem 18 famílias, aproximadamente 70 pessoas. Ele
explicou também como é a arquitetura balinesa. O local deve ter o templo da
família, que deve ficar a oeste. O outro local é a caremony room, que é onde
acontece as cermônias, como casamento e cremação, por exemplo. Além disso há a
cozinha, numa família típica balinesa não existe fogão, a comida é feita a
lenha. E o último lugar é a main room, que é onde eles dormem. Diferentemente
das nossas casas onde todas as peças são juntas, na casa balinesa são peças
diferentes, como se fossem casas separadas. Ele explicou que sempre que tem
cerimônia ele volta pra lá com a família dele e mais toda a grande família.
Todo mundo reunido.
Foi muito legal poder conhecer uma família e uma
casa típica balinesa. E a família dele foi super simpática. Quando chegamos
estavam preparando um bolo, de arroz, coco e açúcar. Ainda não estava pronto,
mas nos deram para experimentar um pouco. É diferente do que estamos
acostumados, mas é bom!
Seguimos então rumo ao Tanah Lot. No caminho
reparei diversas bandeiras brancas e vermelhas e pedi se era a bandeira da
Indonésia. Ele disse que sim e que as bandeiras estão expostas pois dia 17 de
Agosto é comemorado a indepencia da Indonésia, que se libertou do domínio
holandês e japonês, que ficaram no comando do país por 350 e 3,5 anos
respectivamente.
Chegamos em Tanah Lot por volta das 4pm. Esse é
considerado o templo mais famoso de Bali. A gente tem que descer no
estacionamento e depois atravessar um local com diversas lojas de souvenirs,
dessas abertas que dá pra barganhar. O templo é dentro do mar. Quando a maré
está alta, não tem como ter acesso caminhando do templo até a praia. Um ponto ruim desse templo é que tem
muita gente. As vezes fica um pouco complicado conseguir uma boa foto. Falando
em foto, momento celebridade do dia nº 2. Outros caras, de Java, pediram se
podiam tirar foto com a gente. Tiramos com um, depois tiramos com o outro, umas
4 câmeras diferentes. Acredito que a gente é parecido com alguém famoso aqui na
Ásia.
Lojinhas até chegar no templo. |
Tanah Lot. |
Depois fomos descobrir que hoje é um dia especial,
uma espécie de feriado, em Bali. Devido a isso haviam muitas pessoas com as
roupas típicas de cerimônia pelas ruas, próximo aos templos. Um pouco depois de
chegarmos no templo o pessoal diversas pessoas subiram no templo para realizar
uma cerimônia.
E a cerimônia começando lá atrás. |
Ficamos mais um tempo por ali e depois voltamos ao
carro. Como era muito cedo resolvemos não ficar para ver o por do sol ali, que
também é bem famoso.
Foto com a cobra por alguns Bath. Resolvi poupar essa.
Quando chegamos no estacionamento foi até um pouco
difícil de achar logo o Sandy, diante de tantos motoristas que estavam por ali
esperando. Quando chegamos no carro o Sandy havia comprado um bolo típico
balinês pra gente. São bolinhos de arroz, com açúcar dentro e coco ao redor.
Realmente não parece que é de arroz e também é muito bom!
Antes de voltarmos para o hotel, demos uma passada
na villa onde o Hermann e a Joanna ficaram, que é onde a mulher do Sandy
trabalha e onde ele também geralmente pega os clientes. As villas são espécies
de pousadas, mais confortáveis que os hotéis.
De lá seguimos para o hotel. Aproveitamos para
calcular quanto de dinheiro ainda precisaríamos, para realizar a última
conversão e não correr o risco de ficar com IDR sobrando na mão. Voltamos para
o hotel e em seguida fomos jantar. Dessa vez a Thay que mudou para o Nasi
Goreng e eu aproveitei para comer meu último Mie Goreng.
Voltamos para o hotel e acabamos de arrumar as
nossas malas. Essa é apenas a primeira parada e as malas já encheram novamente.
103 Dias na Telinha...
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