A Thay acordou bem cedo, as 6am, pra ir com a Thaís
passear com a Kimura na praia. Eu acordei um pouco depois e comecei a arrumar
todas as coisas. É um pouco complicado saber por onde começar: mochila, mala da
viagem, mala que vai levar para o Brasil, tirar o que fica, separar o que
levaremos e etc. Um alívio foi deixar todas as coisas da Nova Zelândia:
casacos, blusões, calças e cobertores. Tanto a minha mala como a da Thay
ficaram pela metade para levarmos na viagem daqui pra frente. Felizmente será
bastante calor e necessidade de levar pouca roupa. Em relação as malas que
levaremos de volta para o Brasil, eu estou com uma cheia, além das pranchas.
Basicamente a minha cota já era. A Thay encheu apenas uma mala e ainda tem mais
uma para encher. No momento, todas as coisas que temos não encheria uma segunda
mala. De repente nem precisaremos comprar uma mala extra.
Subimos de manhã cedo com a Thaís pra City. Enquanto
a Thay foi ver o pessoal do café que ela trabalhava, eu fui na Harvey &
Norman tentar trocar a câmera a prova d’água que não liga mais. Infelizmente
eles vão mandar a câmera para concerto e só fica pronto daqui 3 semanas. Eu ia
comprar outra baratinha pra levar pro resto da viagem, mas achamos melhor
deixar pra comprar na Indonésia.
Em seguida fui lá no café da Thay esperar ela e
depois seguimos com a Thaís até a Egali. Vou confessar que foi mais fácil do
que eu pensava me desligar do trabalho e apenas curtir a viagem. Como diz a
Thayane, acho que agora o blog pegou o lugar e faz com que eu use meu tempo
livre para isso. Afinal, ficar sem fazer nada pra mim é bem complicado. Algo
que herdei da minha infância, onde sempre precisei do pai e da mãe em alerta,
frente aos cortes, machucados, dentes e braço quebrado que vinham como
consequência de não saber ficar sem fazer nada. Mas no final até que bateu uma
saudade do trabalho e da vida de Sydney.
Depois fomos no banco, verificar qual a opção para
perdermos menos dinheiro em taxas de transação internacional, saque e etc. Nosso
banco é o Commonwealth e confirmamos as taxas. Para qualquer uso do cartão do
banco no exterior é aplicado uma taxa de 2,5%. Para saque, mantem a taxa de
2,5% + $ 5,00 (flat fee). Nessa situação o melhor é usar o cartão de crédito e
evitar a taxa do saque. Mas na realidade a melhor opção foi fazermos um Travel
Money no meu nome e carregá-lo em dólar australiano. Para usar o Travel Money
no exterior não há nenhuma taxa, apenas é realizada a conversão do dólar
australiano para moeda local, conforme a taxa de conversão do banco (que pode
ser verificada através do net banking ou então baixando um app no celular). Decidimos
então deixar uma grana de emergências nas nossas contas e colocar a maioria do
valor no VTM. Para a primeira recarga
não há taxa nenhuma. Para futuras recargas, uma taxa de 1% sobre o valor
colocado. Outra decisão foi a de levarmos uma certa quantidade em dólar
australiano, para trocarmos nas casas de câmbio locais. Principalmente porque
nem tudo pode ser pago no cartão, sempre é necessário ter cash em mãos. Dessa
maneira evitamos a taxa do saque. Eu sei, um pouco complicado todas essas taxas
e valores, mas esse é o resumo de meia hora de conversa em apenas um parágrafo.
Do banco passamos na farmácia. Protetor solar,
repelente, shampoo e condicionador em potes menores, além de gaze e band aid
pro machucado da Thayane. Já era quase meio dia quando pegamos o ônibus de
volta pra casa do Silveira e da Thaís. Chegamos, arrumamos tudo, checamos se
não faltava nada, principalmente: passaportes, carteiras, celulares e netbook.
Dando tchau pra Kimura, que tá cada vez maior. |
Pegamos o ônibus até Maroubra Junction e
reencontramos um conhecido da viagem: Mc Donalds e o seu “Loose Change Menu”. Poucos
minutos depois pegamos o ônibus até o aeroporto. Fizemos o check in e ainda
consegui trocar os NZ$ 9,00 em moeda que eu achei que não teria mais jeito de
trocar. Fomos na Travelex e reavemos em AU$. Já em seguida seguimos para área
de embarque. Dessa vez, bem diferente da anterior, sem nada de fila. Entregamos
o formulário de saída, recebemos o carimbo no passaporte e seguimos rumo ao
portão 33 para o voo JQ37. No entanto, após passar no raio-x de saída, mais uma
vez fui parado para fazer um segundo check. Já está virando padrão eu ser
parado na Austrália para uma segunda revista. Mas é bem de boa e eles são super
educados enquanto passam o detector de metais e revistam a bagagem de mão.
Por garantia, foto das malas pra mostrar como elas entraram no check in.
No caminho achamos em uma das lojas Duty Free 3
barras grandes de Toblerone por apenas AU$ 20,00 e garantimos o snack para o
próximo voo. Na realidade, tem chocolate para os próximos 9 voos que ainda
temos pela frente nessa trip.
Ainda havia bastante tempo para o embarque das
5:20pm. Felizmente o aeroporto de Sydney tem internet de graça. Basta fazer um
cadastro e tá tudo liberado, pelo menos durante a mais de uma hora que ficamos
usando.
Seguimos para o embarque. Finalmente um avião
maior. Um Airbus A330-200 com 8 fileiras e até business class tem. Infelizmente
nem água e café é de graça. Em um voo de 6 horas e meia fica um pouco
complicado de não tomar nada. Nos obrigamos a pegar um suco de laranja (AU$
3,00). Aproveitamos e zeramos os NZ$ 3,80 que ainda havia no Travel Money de
dólar neo zelandês.
Chegamos em Bali por volta das 10:15. Descemos do
avião e seguimos para o guichê para pegar o visto. Melhor, para pagar o visto.
O valor para até um mês de visto é U$ 25,00 e pode ser pago tanto em cash, como
em cartão de crédito. Após o pagamento do visto, seguimos para imigração. Na
imigração foi tudo tranquilo, apenas pediram pra Thay para verem o nosso voo de
saída da Indonésia. No mais, tudo de boa, colaram o visto e seguimos pegar as
malas.
Mais um visto nos passaportes. |
Na hora de pegar as malas uma situação um pouco
estranha. Haviam diversos caras com um uniforme escrito “Porter”. Um deles
pediu qual era a minha mala, pegou ela da esteira, o outro pegou a mochila das
minhas costas e levaram comigo pra fila para passar no raio-x da alfândega. E o
mesmo aconteceu com a Thay. De primeira achei que eram agentes da alfândega que
iriam revistar as nossas coisas, mas depois vimos que ninguém deixava eles
pegarem as malas, uma pequena minoria. Então em seguida pegamos as malas de
volta e carregamos nós mesmos. Pelo que vimos deveriam ser taxistas em busca de
clientes.
Passamos pelo raio-x e seguimos para a área de
desembarque. Antes trocamos AU$ 100,00. No aerporto há diversas bancas pra
trocar moeda, uma do lado da outra, o valor pago foi IRP 9.400,00 para cada
dólar australiano. O Sandy estava por lá com a placa com o meu nome. O Sandy
foi o motorista que o Hermann e a Joanna nos indicaram para nos levar conhecer
Bali. Pedimos pro Sandy quem eram aqueles caras da mala e ele explicou que são
caras que levam as malas do pessoal, mas que devem ser pagos no final.
Logo que saímos na rua do aeroporto já sentimos um
bafo quente, mesmo sendo 11pm. Como estávamos chegando de Sydney, estávamos com
blusão e tudo mais, que me obriguei a tirar na hora. O Sandy explicou que Bali
tem duas estações no ano: a dry e a wet. E ainda estamos na dry season. Era de
noite mas já conseguimos ter uma noção de como é Bali. Ficamos apavorados com a
quantidade de motos 50 e 100 cilindradas que rodam por aqui.
O trânsito é um pouco difícil de entender, mas está
longe de ser caótico. As diversas motos surgem de todos os lados e nos
cruzamentos que não tem sinaleira não há muito uma lógica com preferencial.
Basicamente os carros vem, dai o carro que quer dobrar vai se enfiando, os outros
param, ele passa, os outros continuam e assim eles se entendem.
O Sandy nos deixou no hotel e já progamamos basicamente
o que faremos por aqui e combinamos um horário para ele pegar a gente amanhã de
manhã. Estamos no Fave Hotel. Achei
esse hotel através do site que o Alemão me passou: Agoda. Esse site é uma ótima opção pra
conseguir hotéis conforme o budget que você deseja. Basta selecionar a cidade e
verificar o valor do hotel, todos com desconto. Além das facilidades, fotos e
mais informações sobre o hotel, você também pode verificar a avaliação de
pessoas que já ficaram hospedadas.
Estamos pagando AU$ 32,00 pela diária no hotel. O
hotel é bom, quarto confortável. O melhor até agora. O staff é bem simpático.
Possui piscina, spa, entre outras facilidades. O hotel está localizado em Seminyak,
a 10 minutos caminhando da praia. Basicamente tem Kuta, Legian e Seminyak é a
próxima. Conversei com o Sandy e ele disse que a região era boa para ficarmos.
Aproveitei e já bookei por mais 3 noites. Conversei com o pessoal da recepção e
eles falaram que para pagar o mesmo preço eu precisava bookar de novo pelo
Agoda, pois diretamente com eles o valor seria o normal. O valor no site estava
ainda mais barato: AU$ 26,00 por noite, isso equivale a mais do que 50% de
desconto sobre o valor normal do quarto.
Já era mais de meia noite quando saímos para achar
um lugar para jantar. Demos uma olhada ali na volta do hotel e achamos um
restaurante bem simples, quase ao lado. Complicado foi entender o menu. Apesar
do nome da comida ser na língua local e inglês também, não entendia como era
preparado, molho e etc. No final achei uma massa chamada Mie Goreng. É uma
massa frita com vegetais e um tipo de carne (frango ou gado) ou frutos do mar.
Aproveitei e já anotei o nome pois foi uma boa escolha. Uma grande surpresa foi
o valor que pagamos, com mais 2 sucos de laranja, IRP 81.400,00, aproximadamente
AU$ 9,00.
No início é bem complicado se achar em meio a
tantos zeros. A maneira mais fácil de pensar é: IDR 10.000,00 = pouco mais de
AU$ 1,00. Mas para não me perder em tantos zeros e números resolvi fazer uma
colinha. Fiz uma tabela de 20 em 20 dólares, mais 10 e 1 com os respectivos
valores em IDR. Assim posso dar uma olhada pra ter uma noção de quanto fica em
AU$.
Hora de dormir, quase 2am, estamos bem cansado da
viagem e amanhã temos que acordar cedo pra começar a explorar Bali.
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