Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.

Enjoy it!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Day # 34 - Nova Zelândia

Nossos dias sem hora pra acordar não são muito bem aproveitados pois estamos indo dormir muito cedo nas noites anteriores. Como ontem fomos dormir pouco mais de 9pm, hoje acordamos pouco mais de 8am apenas, porém quase 12 horas de sono.

Acordamos e nem precisamos colocar os nossos casacos, pois o dia estava ensolarado e relativamente quente, se compararmos com algumas noites que pegamos. Aproveitei e estendi todas as nossas roupas e toalhas que estavam molhadas pela campervan para que pudessem pegar um sol. Tomamos o nosso café da manhã. Enquanto eu continuo acrescentando mais coisas ao menu do breakfast (pão, peanut butter, geléia, margarina, sucrilhos, leite e nescau), a Thayane vai reduzindo do dela pra se adequar a nova dieta: sucrilhos, leite e banana.

Maior parte do tempo: uma campervan. Nas horas vagas: varal.

Alimentação a parte, arrumamos toda campervan para seguir a nossa trip. Na hora de ligar a campervan, uma surpresa nada agradável já conhecida: sem bateria! Isso que dá deixar o ar ligado antes de dormir pra secar as roupas e mais o rádio. E como não estava frio, nem liguei o motor pro ar ficar quente. Mas felizmente o pessoal do camping tinha a maleta pra conectar na bateria e ligar o carro.

Bateria funcionando, seguimos nosso rumo. Antes de seguir fizemos uma paradinha (mas deixamos o carro ligado pra carregar a bateria) na outro lado de Mt Maunganui, onde tem vista pro porto e Tauranga.



Mt Maunganui.
Depois de abastecer o carro, abastecendo o motorista.

Próximo destino: Coromandel! Objetivo: Cathedral Cove. Seguimos pela Highway 2 e depois pegamos a 25. Do nada no meio do caminho um monte de fumaça. Melhor dizendo: névoa, que aos poucos foi se intensificando e trocou o dia ensolarado por uma estrada no meio das nuvens.

E do nada, muita neblina.

O sol reapareceu e com ele as milhares de curva pelo caminho. A partir de Whangamata muita serra e muita curva. Diversas curvas de 25 e 35 km/h. A média da velocidade não passava muito de 40. Subia e descia e assim foi por uma longa parte.

Em meio as curvas, o visual da praia.
 

 
Passamos por Whitianga, mas antes quase pegamos o caminho errado, a 309 Road. Seguimos pela Highway 25 até Coromandel Town. Muito mais curvas pelo caminho. Os últimos 10km basicamente só curva. E no final, uma vista e tanto na estrada!


Recorde: 15km/h

Chegando na cidade fomos direto no I Site. E mais uma das surpresas da nossa trip: Cathedral Cove era a 2 horas atrás, lá pelas bandas de Whitianga. O que fazer em Coromandel City? Pelo que a guria do I Site nos passou, nada de muito interessante, pelo menos nada que convenceu a gente a fica por lá. Depois que nos demos conta que Cathedral Cove fica na Península de Coromandel, não necessariamente em Coromandel Town.

I Site de Coromandel Town.
 
Resolvemos voltar, pois ainda era 2pm. Pra volta resolvemos pegar a 309, pois verificamos no mapa e era bem mais curta que o caminho que viemos. Até porque não estávamos afim de pegar todas as curvas de novo.

Partimos de volta pra Whitianga, pegamos a 309 e mais uma surpresa, grande surpresa! Era estrada de chão! Depois de todas as estradas, praticamente impecáveis, quase não deu pra acreditar que pegamos uma estrade de chão. Além de estrada de chão: 25km de curvas. E assim seguimos: curva pra lá, curva pra cá e presta atenção se vem carro da outra direção pois na estrada cabia pouco mais do que um carro. Mas felizmente logo após todos esses kilômetros de curva chegamos no nosso destino. 40 minutos no lugar de 2 horas.

Sim! Estrada de chão.

Fomos no I Site de Whitianga pra verificar algumas opções de camping naquela região. Cathedral Cove fica na praia de Hahei. Essa região é uma reserva marinha e tem diversos tours pelas ilhas e praias, além de passeios de kayak, snorkelling e scuba diving. Infelizmente nada muito atrativo para essa época do ano. Outro lugar interessante nessa região é a Hot Water Beach, onde o pessoal faz um buraco na areia até achar a água quente que vem do solo.

Descemos rumo a Hahei Beach para dar uma conferida nos campings. No caminho uma discordância de cooperação (traduzindo: briga) entre eu e a Thay nas questões: dirigir, ver mapas, qual estrada pega, em quanto tempo dobrar, qual mapa olhar e etc.

Chegamos em Hahei Beach e decidimos ficar no camping daqui mesmo. Havia outra opção de camping que poderia ser mais em conta, mas ainda mais pro sul. Por alguns dólares chegamos em um consenso (finalmente) de ficar em Hahei, pois é daqui que sai a trilha de aproximadamente 45 minutos para Cathedral Cove. Ficamos no Hahei Holiday Park, que fica na beira da praia.

Hahei é uma praia tranquila. Bem tranquila! Há algumas lojas, cafés e restaurantes, que podem ser contados em duas mãos. Estacionamos a campervan e fomos dar uma caminhada na praia. O lugar é realmente lindo! Diversas ilhas, água bem parada e clara. Algumas pessoas caminhando pela praia, com seus cachorros, sempre sorridentes quando passamos.

Acesso do camping.
Hahei Beach.
 

Já era mais de 5pm e fomos em um Pub chamado The Cove com free wi-fi. Um cappuccino pra mim e um hot chocolate pra Thay, NZ$ 10,00 e internet liberada. Finalmente uma internet boa, rápida e “free”. Ficamos 2 horas por lá. Adicionamos algums fotos no Facebook pras famílias acompanharem um pouco a nossa viagem enquanto eu não consigo atualizar o blog. Também enviei o material pro pessoal da Falamos Português, um dos apoiadores do blog, que terá um Thumbs Up sobre o blog na próxima edição.

The Cove.

A Thay já estava morrendo de vergonha na hora de sair por termos ficado tanto tempo e tomado apenas um café e um hot chocolate. Devido a isso achamos melhor deixar NZ$ 1,00 de gorjeta. Pouco, mas melhor que nada.

No camping de novo, 7pm e a dúvida que mais nos bate nas noites por aqui: o que fazer? Não que as cidades não tenham um restaurante ou um pub pra ficar. Mas para mochileiros poupadores como nós, preferimos evitar esse tipo de gasto. Afinal, ainda temos muitos dias pela frente mas pouca certeza de quanto cada um deles vai nos custar. O mais racional é economizar por enquanto, gastar no que realmente vale a pena, pra podermos aproveitar em todos os lugares.

Enfim, procuramos a sala da TV, mas não achamos. Solução: ir para cozinha. Enquanto eu me interto escrevendo para o blog a Thayane tenta bater o seu recorde no jogo de paciência do celular e depois prepara a janta. Menu de hoje: massa e molho vermelho. Na sequência: arrumar a campervan e dormir cedo novamente.

Uma observação interessante que acho legal fazer é que dá pra notar o quanto a Nova Zelândia em geral é preocupada com o meio ambiente. A questão de cuidar  e respeitar as florestas e animais. E principalmente a questão da reciclagem, que não se vê muito na Austrália. Praticamente todos os campings que ficamos o lixo precisava ser separado, assim como há diversos sinais ressaltando a importância da reciclagem. Esse em especial, além da separação do lixo, já tem containers para cada tipo de material reciclado: plástico, vidro (2 tipos), papel, latas e lixo orgânico.

Amanhã partimos para trilha até Cathedral Cove e depois seguiremos rumo a Auckland.


103 Dias na Telinha...



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