Acordamos e fomos tomar café no mesmo restaurante
que jantamos ontem. Na ida vimos dois caminhões levando muitas pessoas na
carroceria. Parece uma enorme lata de sardinhas. Para o café pegamos a opçãoo
com suco, café, croissante ou chocolatine, baguete, manteiga e geléia por IDR 90.000,00.
Na hora de pagar, como era menos do que IDR 100.000,00 não conseguimos pagar
com o cartão. Outro ponto importante é que além do valor das refeições confore
está no menu, há mais as taxas do goveno e taxas de serviço, que variam de 15 a
25%. E se for pagar no cartão, algumas lugares cobram mais uma porcentagem, de
aproximadamente 3%.
Voltamos para o hotel para encontrar o Sandy.
Confome marcamos, 9pm estávamos começando a explorar o nosso dia. Nessa hora um
caminhão passa na rua do hotel, em vez de muitas pessoas, um elefante na
carroceria. A primeira parada foi mais uma troca de dinheiro. Câmbio do dia: 9.740,00.
Depois demos uma passada em um shopping pra eu comprar outra câmera a prova
d’água, mas a única que tinha era muito cara. No shopping, assim como hotéis, e
alguns outros lugares públicos, na entrada eles dão uma olhada dentro dos
carros devido ao atentado da bomba em 2002.
Depois do shopping seguimos nosso caminho até Tanjung
Benoa. Nas ruas de Bali os carros são bem novos, o Sandy me explicou que são
todos para os turistas. Por aqui há umas espécies de mini van, que cabem até 7
pessoas, que são utilizadas para levar os turistas. Funciona exatamente da
maneira que estamos fazendo com o Sandy. A maioria das vans não tem mais do que
6 anos, são bem confortáveis, espaçosas e com ar condicionado. O transporte dos
balineses fica mais por conta das motos mesmo.
Outro ponto interessante é que a cidade não tem prédios muito altos. Na realidade o
máximo que pode ser construído são 10 andares. Nenhuma construção pode passar
da altura do Besakih Temple, conhecido como templo mãe,
localizado no Mt Agung.
Chegamos em Tanjung Benoa, uma península no sudeste
de Bali. Esse local é bem movimentado para a prática de esportes aquáticos:
parasailing, jet ski, snorkelling, scuba diving, Turtle Island, entre diversas
outras opções. Logo que chega o pessoal já abre a porta do carro e nos leva
para sentar e ver o que queremos fazer. Pensei em fazer jet ski e parasailing,
assim como a Thay. Porém estava um pouco ventoso e a Thay decidiu não fazer
nada. Eu acabei optando apenas pelo parasailing. Preço inicial: U$ 30,00. Como
tudo em Bali, tem que barganhar. Nem choramos muito desconto e fechamos por U$
25,00. Se quiser pegar mais coisas, dá pra cada vez mais baixar o preço.
O parasailing é um paraquedas puxado por um barco.
Dura aproximadamente 2 minutos. Sai da areia e, se seguir as instruções, volta
na areia. É bem simples! Na saída, o barco sai e o paraquedas sobe. Daí é só
curtir a vista enquando o barco da a volta dele. Na chegada o cara fala no
microfone pra puxar com as duas mãos no lado direito pra poder descer bem certo
na areia. Sem mistério e pouca adrenalina. Indicado para qualquer pessoa.
Tentei convencer a Thay a fazer, mas ela não quis.
Seguimos para Nusa Dua. Essa é uma região de
resorts, um hotel mais caro que o outro. Fomos dar uma volta ali na praia e
depois seguimos por um caminho que não sabíamos certo onde ia dar, mas conforme
nos aproximávamos do lugar ouvíamos uma barulho e em seguida o pessoal gritando.
O local se chama Water Blow. É um lugar onde a água do mar segue no meio das
pedras e por alguma razão jorra a alguns metros de altura. Tem que se cuidar
para não ficar molhado.
Depois de Nusa Dua seguimos para Dreamland Beach.
Na chegada passamos por uma estátua de um dos Deuses. Na realidade há apenas um
Deus, mas que exerce 3 funções principais: protetor, criador e destruidor. A
estátua é referente ao protetor. O local onde fica a praia é do filho do
segundo presidente, que ficou durante 32 anos no poder. No moento é o 6º
presidente, mas o máximo que pode ficar agora são 2 mandatos de 5 anos cada.
The Protector. |
Em quase toda praia tem que pagar um valor, as
vezes pelo estacionamento, as vezes apenas para ir lá mesmo. O valor geralmente
é bem baixo, cerca de IDR 5.000,00 ou menos. O mesmo valor é para
estacionamentos de shoppings, por exemplo. O bom ali de Dreamland Beach é que
esse valor de certa forma é utilizado para pegar o bondinho que leva do
estacionamento até a praia, que é uma descida e tanto. Chegamos por lá já era
quase 2pm. Estávamos loucos de fome. No restaurante pegamos uma massa carbonara
pra cada um. Eu gostei, a Thay não. Fiquei observando que tinha uns surfistas
na água e que tinha algumas pranchas pra alugar. Logo um cara veio me oferecer
e confirmei o que eu desconfiava, ali era fundo de areia. Depois do almoço
resolvi cair na água. O valor da prancha para um dia inteiro: IDR 20.000,00.
Como ia ficar apenas 45 minutos, negociei por IDR 10.200,00. Cai na água, mas
não fui muito feliz. Além de longas esperas para entrar as séries, minhas
habilidades não foram o suficiente para pegar nenhuma onda. Pelo menos valeu a
tentativa!
"Dindinho" que leva até a praia. |
Welcome! |
Bintang. |
Carbonara. |
Voltamos e no caminho uma cena engraçada. Na ida
pra praia o cara ofereceu um sorvete e eu disse que talvez pegaria um na volta.
Não tinha nem visto ele ainda e ele já estava me chamando com um sorriso enorme
na boca. Acabamos comprando um sorvete. Conforme o Sandy falou, se falar que “talves
depois”, ou “no caminho da volta de repente”, eles estarão esperando. Assim
como ontem nas lojas, eu falei que ia jantar e depois passava lá, eles chegavam
a pedir que horas eu voltaria. Hoje o Sandy também deu outra dica pra negociar.
Se eles pedirem se é a primeira vez nossa em Bali, tem que dizer que não, que
já é a quarta ou quinta. Como ele mesmo disse, temos que praticamente falar:
“Bali is my second home!”.
Seguimos de Dreamland para Padang Padang.
Conversando com o Sandy ele explicou que o ano deles é conforme o calendário da
lua e que em um ano eles fazem aniversário 2 vezes, pois depois de 210 dias, os
dias se repetem. Diferentemente do nosso aniversário que é com festa, para eles
é um momento de parar, agradecer e rezar. No ano novo a mesma coisa, não tem
fogos e nem festa, é um dia de silêncio. Tudo para em Bali, ninguém trabalha,
não pode cozinhar, nem fumar, não pode andar de carro na rua, nem no aeroporto
chega voos. O dia do ano novo muda todos os anos, então é bom se programar para
verificar se a vinda não vai ser nesses dias, pois nesse dia resta aos turistas
apenas ficarem no hotel.
Chegamos em Padang Padang. Para chegar na praia tem
que descer umas escadas, que em certa parte fica um pouco estreita entre as
pedras. A praia é bem bonita, com água clara. Só que é cheia. Bastante
turistas, mas fundo de coral. Além de ter que saber surfar, as botinhas são
quase que essenciais. Estava muito quente, precisávamos cada pouco ir molhar os
pés no mar pra refrescar um pouco. Pegamos uma água pra ajudar a refrescar,
valor: IDR 5.000,00.
A próxima praia foi Uluwatu, uma rápida parada
antes de ir no templo. No caminho de Padang Padang pra lá vimos uma colisão de
moto, onde duas mulheres acabaram de batendo e caindo, mas nada muito sério. Em
Uluwatu, para chegar na praia é uma descida e tanto, com muitas lojinhas e
restaurantes. A Thay não foi até o final. A praia é bem pequena. Fica bastante
água empoçada, onde muita gente faz snorkelling. Mas o foco é novamente o surf.
Após um caminho nos corais, as ondas já quebram alto em seguida. Por ali
ninguém surfando, pois quebra direto no coral. A galera fica um pouco mais pra
trás, que é mais fundo.
Passagem rápida por ali e seguimos ao templo,
famoso pelos macacos. Na hora de descer, deixamos tudo no carro: óculos,
correntes, carteira, relógio e boné. Separei apenas o dinheiro necessário pra
levar no bolso. Um pouco de exagero talvez, mas melhor não arriscar algum
macaco levar. Para entrar: IDR 20.000,00 cada. Colocamos os nossos sarongs e
fomos ver o templo. O templo em si não é tão bonito, bem longe da beleza daquele
que vimos ontem com a água. No entanto o lugar é incrível, na beira das
colinas. E pelo templo: macacos grandes, outros pequenos, de um lado para o
outro.
Compramos nossos ingressos pra ver um show de dança
típica balinesa. Ao fundo: o templo e o por do sol. O valor por pessoa: IDR:
70.000,00. Nas arquibancadas, eles apertam o máximo que dá para caber mais e
mais pessoas.
A dança é a Kecak & Fire Dace. Essa é uma dança
típica balinesa porque não é acompanhada por qualquer instrumento musical. No lugar
da música, um coro de aproximadamente 70 homens. O nome Kecak vem do som
emitido pelo coro: cak-cak. O Kecak é uma adaptação de um antigo ritual chamado
Sanghyang que foi usado para purificar o vilarejo durante uma epidemia. Nessa
cerimônia duas garotas entram em transe e se comunicam com os espíritos para
encontrar a causa e a cura do problema. O Kecak também incorpora alguns
episódios da tradicional cerimônia Wayang Wong, que faz parte do Ramayana. Essa
é uma longa história, mas apenas algumas principais cenas são representadas.
Na volta conversando com o Sandy aprendemos mais
coisas sobre os costumes deles. Uma coisa interessante é que existe duas
línguas: o balines e o indonésio. E a língua balinesa ainda é dividida em 4
levels, conforme as 4 castas. Mas ele também explicou que é fácil aprender a
língua, pois eles não tem tempo verbal, é a mesma palavra para passado,
presente e futuro, só é necessário falar antes quando é, foi ou será a ação.
Chegamos no hotel e acabamos jantando no
restaurante que tem ali mesmo. Com as idas nos restaurantes eu já aprendi que
”mie” significa massa, “goreng” significa frito e “nasi” arroz. Em seguida
subimos pro quarto para nos preparar pra ir pra cama pois já era tarde.
103 Dias na Telinha...
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