Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.

Enjoy it!

domingo, 2 de setembro de 2012

Day # 93 - Tailândia

A noite foi dividida por uma série de longos cochilos. Não posso dizer que chegamos a dormir propriamente dito. Se tínhamos a impressão de que seria bem apertado os lugares para dormir, comprovamos na prática que realmente é. O mais difícil é achar uma posição, que seja o mínimo confortável, e que não interfira o espaço da pessoa ao lado. O bom é que eu e a Thay ainda ficávamos mais perto um do outro, não muito porque fazia bastante calor (apesar da Thayane ter falado que passou frio quase toda a noite, pois o barco vai com as janelas abertas). Mas eu fico imaginando alguém sozinho, com 2 estranhos de cada lado, que faz o espaço se reduzir ainda mais. Em relação a segurança, é bem de boa. Apenar uma hora no meio da noite, entre um cochilo e outro, senti o barco balançando bastante e deu uns frios na barriga. Porém, não tenho certeza o quanto realmente estava balançando, pois estava deitado e meio dormindo.

Um pouco mais das 5am chegamos no pier, não tenho certeza qual pier chegamos, mas não foi o mesmo que havíamos pego o ferry pra Koh Phangan. Logo que descemos do barco já vimos uma mulher com a placa da agência que cuidará do nosso transporte até Koh Phi Phi. De lá pegamos um tuk tuk até a agência.

Pier na madruga.
 

Na agência ficamos esperando até por volta das 6:30am, quando uma van levou a gente pra outro lugar, onde pegaríamos o ônibus. Ficamos ali esperando mais um pouco e logo chegou a mini van, pra nos levar até Krabi. Estávamos esperando um ônibus, mas por ser uma mini van, quase não teve espaço pras malas e fomos bem apertados.

 Pega o ticket.

 Da agência para outro lugar, pegar o ônibus.

O ônibus que na verdade era uma mini van.

Era 8 e pouco quando chegamos em outro lugar, que ainda não era um píer. Descemos da mini van e ficamos esperando, pois ali eles distribuem quem vai pra Phi Phi, quem vai pras praias de Krabi, ou Phuket. Chegou então uma camionete. Carregamos a carroceria com as malas. Ali seria a gente e mais 3 gurias. Elas foram na frente da camionete. Para não ficar apertado optamos por ir na caçamba, junto com as malas. Alguns minutinhos e chegamos em outro lugar, onde parecia ser a agência responsável pelo barco até Phi Phi. É engraçado que é tudo terceirizado, quarteirizado, quinterizado e assim vai. Realmente não faço idéia se existia uma agência responsável pela ida toda e se ela contrata outras pra fazer cada trecho, ou se é um pacote com várias agências. Enfim, chegamos nesse lugar. Precisei apresentar um dos vários comprovantes que fui ganhando ao longo de cada parada. Entrei em uma salinha pra pegar os tickets do barco. Uma situação um tanto quanto tensa. Uma mulher, bem grossa, pediu quantos dias eu ia ficar em Phi Phi. Queria me vender o barco de volta da ilha. Ofereceu uma passagem com data aberta. Ela disse que na ilha é BTH 650,00 e ela vende por THB 400,00. No entanto eu já tava ligado, pois o Daniel já tinha alertado no grupo do Facebook que é mais barato comprar na ilha, que é THB 250,00 a THB 350,00.  Foi uma pressão violenta pra comprar, e eu fui me esquivando. Confesso que quase comprei de medo da carada mulher. Fiquei ali esperando o tickets chegarem. Apenas eu e a moça mal encarada na salinha. Um silêncio e ela meio braba porque não comprei o ticket de volta. Fiquei me fazendo de salame e olhando tudo e qualquer foto que tinha ao redor pra evitar olhar pra ela. Chegaram os tickets, ela me entregou, agradeci e sai da sala. Quando sai a Thay já tava preocupada com a demora que foi pra apenas pegar os tickets.

Depois de um bom tempo na van, chegada em algum outro lugar qualquer.
 
 Camionete para outra agência.

Depois da pressão da senhora mal encarada, só esperar.

Ficamos ali esperando mais um pouco e usando a WiFi do local, que pelo visto também é uma guest house e restaurante. De repente chegou um tuk tuk gigante, um caminhão tuk tuk. Pelo menos tinha bastante espaço para as malas. Entramos, mais alguns minutos e chegamos no pier. O pier é bem organizado e com uma estrutura bem melhor do que os anteriores. Entramos e logo vimos alguns lugares para bookar acomodação em Phi Phi. Achamos melhor seguir com a nossa idéia e deixar pra pegar algo na chegada.

O pai dos tuk tuks.
Chegando no pier, finalmente.

Seguimos pro barco, entramos e seguimos viagem. O barco sai de dentro de um largo rio, que desemboca no mar. O barco é bem de boa e vai bem tranquilo. Havíamos lido que as vezes é um pouco tensa a ida, mas até que foi bem de boa, nem um pouco turbulenta (se é que esse termo também deve ser usado para barcos).

O barco.
 

Lado de dentro. Algo me diz, que assim como em alguns aviões, os assentos são flutuantes.
Malas protegidas para o caso de chuva.
Phi Phi.

Pouco mais de 2 horas de viagem e chegamos em Phi Phi Island. Descemos do barco e pagamos os THB 20,00 por pessoa pra entrar na ilha. Ao longo do pier diversos caras oferecendo hotel, achamos melhor não pegar ali e seguimos caminhando com as nossas malas.

Quase lá!
Ton Sai Pier.
Pagando os THB 20,00.

Seguimos caminhando para dentro da ilha, que é virada em beco com lojas de roupa, lojas de souvenirs, restaurantes e lojas de mergulho. Continuamos caminhando e quando nos demos conta saímos do outro lado da ilha. Na chegada já vimos que não é a toa que esse lugar é tão popular entre os turistas de todo o mundo. Do outro lado é ainda mais bonito. Beleza a parte, estávamos sem lugar pra ficar. Achamos um mapinha da ilha e fomos ver dois hotéis, que o Thiago Alemão e o Tiago Burgardt nos indicaram. Um se chama Kinnaree e o outro HC Andersen. Tem basicamente as mesmas coisas: ar condicionado, tv, sem breakfast. O valor também é o mesmo: THB 700,00 por noite. Acabamos ficando no Kinnaree, mas pegamos apenas uma noite, pra poder dar uma conferida em mais algumas opções com calma e sem as malas.



Fizemos o check in e fomos atrás de algum lugar pra comer. A essa altura a fome já estava nas orelhas. Nem procuramos muito e logo vi um restaurante com massa a bolognesa, frango frito e pão com alho por THB 170,00 e resolvemos ficar por lá. A Thay optou por uma massa com molho branco, por THB 150,00. A Thay não gostou muito. Eu nem gostei nem desgostei do meu pedido, matou a fome.

Depois do almoço voltamos pro hotel, entramos na internet e fomos ver algumas outras opções de lugar pra ficarmos. Procuramos e são basicamente tudo a mesma coisa, pelo mesmo preço. Ficava mais complicado ainda pois querendo ou não comparávamos com o hotel de Koh Tao, que era um muito bom por um preço bem justo. Resolvemos ir olhar o quarto no PP Princess, que é junto do PP Charlie Resort. O quarto é basicamente igual ao que estamos, mas é um pouco maior. Além disso o hotel tem uma piscina na beira da praia. O valor: THB 900,00. Achamos que valeria a pena pagar um pouco mais e realizar a troca. Aproveitei e já bookamos por 2 noites, com a intenção de ficar as últimas 3 também.

Ao Lo Dalam.
Praticamente em cada esquina.

Depois do hotel fomos conhecer a Marcella, que o Marlon e o Doug nos passaram o contato. Ela é da Holanda, mas mora em Phi Phi fazem 10 anos. Fomos no bar dela, o Deco Bar. Ela é bem gente boa e já deu umas dicas de coisas pra fazer e combinamos de ir jantas juntos hoje.

Em seguida resolvemos ir no View Point, onde tem uma vista muito legal dos dois lados dessa parte da ilha. No caminho resolvemos pegar uma banana pancake, que aqui são um pouco mais caras: THB 50,00. Estávamos seguindo para o view point, mas desistimos. Já era mais de 4pm e não tínhamos tanto tempo.

Seguimos para a beira da praia, no lado oposto do pier, em Ao Lo Dalam. Quando chegamos lá tivemos uma surpresa. Onde estava o mar? Era hora da maré baixa e o mar estava muito recuado, quase na metade da baía. Resolvemos então ir para o lado do pier, Ton Sai Bay. A maré também estava baixa, com muitos barcos na areia, mas tinha um lugar que dava pra entrar na água.

Cadê o mar? Em Ao Lo Dalam.
Ton Sai Bay.

Entramos na água e ficamos curtindo um pouco da paisagem. A água é transparente e o visual das montanhas ao redor é realmente muito bonito. Depois de um tempinho voltamos pro hotel, dando uma olhada nas diversas lojinhas da ilha. De início é um pouco complicado de se achar, frente a tanto beco. Quando menos se espera, dá de frente com o outro lado da ilha. Além disso, tem que ficar ligado nas bicicletas, que a galera local usa pra se locomover. Sempre que ouvir uma buzina, ou uns gritos, dê um passo pro lado pra eles poderem passar.




Chegamos no hotel, tomamos um banho e as 7pm fomos em um restaurante chamado La Mamita, onde combinamos de encontrar a Marcella. Ela convidou outros amigos dela, que trabalham no bar que ela é gerente, o Douglas e o Pedro. O Douglas é da Florida e o Pedro é brasileiro, mas só fomos descobrir isso bem depois. Eu pedi um risotto ao funghi e a Thay um risotto salmão, THB 150,00. A comida é muito boa. Pelo jeito encontramos o restaurante que iremos frequentar por aqui. Também pegamos uma caipirinha, que era igual a feita no Brasil.

Depois da janta fomos com a Marcella no bar que ela é gerente. Um dos maiores bar da ilha, na beira da praia. O nome do bar é Slinky. Lá descobrimos que o Pedro era brasileiro e conhecemos outros dois brazucas que trabalham no bar, o Tucano e o Rafael. Além deles, tem mais uma galera que trabalha por ali. O trabalho da galera é ir entregar flyer antes da festa começar e depois é basicamente fazer a festa bombar. Participando das brincadeiras e dançando. É um trabalho interessante que deixo a dica pra galera que tiver um tempo livre e quer curtir um pouco a vida em Koh Phi Phi, fazendo festa toda noite e ainda ganhar pra isso, ou pelo menos beber de graça.
Em seguida demos uma passada no bar dela, que é mais de boa, frequentado na maior parte pela galera que trabalha na ilha, o pessoal das escolas de mergulho, por exemplo. Ficamos lá um pouco e voltamos pro Slinky. Estava rolando o Fire Show. Realmente a galera tem bastante habilidade pra fazer tudo o que fazem com os bastões e cordas com fogo. A Marcella pegou um baldinho pra gente. Esses são os famosos baldinhos da Tailândia. Aproveito pra deixar um aviso, porque a maioria da galera pega um baldinho pra tomar sozinho. Eles são baratos, cerca de THB 250,00, mas a dica é pegar e dividir em 2 ou 3, pois são bem fortes. Cada pessoa tem um limite pra bebida, mas é bom começar dividindo um com os amigos e não correr risco.



No final do show de fogo rolava uma corda com fogo, onde a galera pode ir pular. Tem que saber a hora de entrar, mas não chega a ser algo perigoso. Muito turista se aventura e se erra, a corda não chega a queimar muito. Mas lógico, tem que ter certo cuidado.



 Marcella dando show!

Slinky!!!!
 

Fire Rope!
 

Depois da corda rolou o limbo e em seguida virou balada. Nos divertimos bastante e ficamos por lá dançando. Estávamos muito cansados, pois tínhamos dormido muito pouco na noite anterior. Resolvemos voltar pro hotel e pra nossa surpresa era apenas 11:30pm. Na volta percebemos que tem muitas opções de festa pela ilha. Quem quer algo mais tranquilo, sem barulho de noite, não indico ficar nessa região.

Meu limite.
Sim, passou nessa altura.


103 Dias na Telinha...




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