O
dia começou cedão! Todo mundo se acordando, pra poder aproveitar o café da
manhã e depois seguir pro dia da aventura.
O navio já estava atracado no porto de Cozumel. Precisávamos nos encontras as
8:15, mas fomos no local da bookagem, só que o local de encontro era o teatro.
Estávamos atrasados e levamos um susto de que a excursão já havia saído. Fomos
ao teatro e na real demorou ainda uns minutos pra sairmos.
Todas
as excursões e atividades devem se encontrar no teatro e lá são divididas
conforme a programação de cada um. Saímos do navio e fomos no local de encontro
pro mergulho. De lá nos colocaram em um taxi pra ir até Sunset Beach, onde rola
o mergulho. Na real, dá uns 3 minutos do píer.
Ponto de encontro. |
Segue a placa. |
Partiu mergulho!
Confesso
que o mergulho ficou um pouco a quem do que eu estava esperando. Ele é
realizado na praia, quase ao lado do porto. Eu imaginava que iríamos de barco
até algum ponto em alto mar, pra explorar o tão famoso mergulho em Cozumel.
Como primeiro mergulho é uma opção muito boa, porque sai da praia, então toda
preparação é feita ali e vai um instrutor a cada 4 pessoas. Como a profundidade
não é muito grande, não há maiores riscos e meio que vai cada um por si, e caso
suba até a superfície não tem problema de despressurização.
Sunset Beach. |
A preparação. |
Distância pro navio. |
O local do mergulho é uma praia, bem comercial. Observa-se alguns peixes,
pouquíssimo coral. Por ter ouvido que era um dos melhores do mundo pra prática
de mergulho, fiquei bem decepcionado. Enfim, deve ter alguns spots que devem
ser muito massa na ilha, acredito que em alto mar, mas ali é realmente o mergulho mais comercial. O que
me chamou a atenção foi a visibilidade da água, que sem dúvida foi a melhor
dentre os mergulhos que eu já fiz, a água é extremamente límpida e da pra ver
numa distancia muito longe.
O mais legal do mergulho é que fomos todos nós. Então foi a galera toda e estava
uma vibe muito massa. Todo mundo compartilhando junto essa experiência.
Depois
do mergulho ficamos pensando no que fazer a partir de então. Peguei um mapa da
ilha e pedi umas dicas pro pessoal ali do mergulho, sobre as melhores praias e
a melhor maneira de irmos até os locais bacanas.
O
mais comum seria alugarmos um taxi e solicitar que nos levassem até o local,
que chutaríamos ser a melhor opção. Até que o Rafa deu a ideia de alugarmos um
carro e irmos por conta. Voltamos então pro porto, porque ali na volta tem um
monte de coisa: aluguel de carro, shopping, lojas, taxis e etc.
Na volta do píer:
Lojas de souvenir, DutyFree, Shopping, Taxi, etc.
No
porto tem algumas locadoras, fomos falar com a Target Car Rental. Surgiu a
opção de alugarmos uma van. Estávamos em 14 pessoas, os 12 da Egali e a Bárbara
e a Louise que conhecemos no cruzeiro e se juntaram a galera. Precisava ser uma
van grande pra alocar todo esse pessoal. O carro saía em torno de U$ 55,00 pra
5 pessoas sem as taxas, a van pra 14 pessoas saia U$ 140,00 já com as taxas. O
taxi ida e volta pro outro lado da ilha daria uns U$ 60,00 ida e volta, porque
precisa ser combinado a ida e a volta, já que no outro lado não tem taxi.
Enfim, a van foi sem duvida a melhor opção. Mais em conta e maior liberdade.
Enquanto
chegava a van fui conversando com o cara da locadora, pegando umas dicas de
lugares pra irmos, o que valia a pena, como eram as praias, o que era de graça
e o que era pago. Ele nos deu um voucher pra ir na VIP Ocean Beach, que seria
de graça a entrada, e outro pra ir em Punta Sur, que é 14 dólares e tem
bastante coisa pra fazer: shot de tequila, ruínas Mayas, crocodilos, praia,
farol e etc.
Como
estávamos no México eu procurava sempre falar em espanhol, afinal é a língua
local. Cada pouco o inglês vinha automático, mas ia enrolando com o meu
portunhol, afinal de espanhol eu não sei nada. Mas a comunicação ia rolando e
as informações iam surgindo.
O
motorista? Cristiano Martins, Diretor Operacional e Financeiro, fazendo bico de
motorista de van. Enquanto eu atacava de guia turístico, planejando os locais,
tempo, o que fazer, etc.
O motora. |
Taca-le pau nessa van! |
Seguimos rumo a VIP Ocean Beach. Abastecemos e taca-le pau! Na realidade, Cozumel é bem diferente do que todos estávamos imaginando. Acreditávamos ser uma ilha super estruturada e movimentada, mas na realidade é uma ilha bem rudimentar, a maior parte é mato, sem estrutura urbana, e uma rodovia que faz o entorno da ilha em uma circular na metade sul. Continuamos pela rodovia, afinal não há outras ruas e caminhos. Na ida até a praia que escolhemos já tivemos uma noção do que estava ao nosso aguardo: mar cristalino e parado.
As estradas de Cozumel. |
Opa, tá ficando bonito esse mar! |
Cada vez mais! |
No caminho, alguns pequenos hotéis e villas (pequenos condomínios com cômodos mais completos e maior individualidade) de pouco em pouco. Chegamos então na VIP Ocean Beach, que é na realidade um Beach Club, ao lado de outros que ficam localizados no meio da parte sul da ilha, no mesmo lado do porto, onde a água é mais calma. São locais mais estruturados, com cadeiras, guarda-sóis, restaurante, piscina, jet-ski, parasailing, entre outros atrativos.
Há
diversos Beach Clubs nessa região da ilha. Alguns pagos, outros gratuitos.
Acredito que isso depende muito da estrutura que cada um oferece.
Chegamos
na VIP Ocean Beach e fomos falar com o Manoel, contato que o cara da locadora
do carro havia nos passado. Segundo o cara da locadora teria que pagar, mas
indo com o voucher dele a nossa entrada seria gratuita e teríamos que pagar
apenas o consumo.
Chegamos
lá e logo veio ele com uma garrafa de Curaçau Blue com tequila e fez todo mundo
tomar um “shot”. E tentou nos convencer a pegar o pacote all inclusive de
bebida. Começou em U$ 70,00 comida e bebida liberado, mas negociando logo ele
podia fazer U$ 50,00 com direito a um prato de almoço (dentre alguns
selecionados) e bebida a vontade. Como não tínhamos muito tempo pra ficar lá, a
galera que bebe fez as contas e achou que não valeria muito a pena. Iríamos
pagar tudo individualmente mesmo.
Shot, shot, shot... |
Fomos
então pra beira da praia, curtir toda a vida boa a que tínhamos direito. O
garçom que nos atenderia era o Freddy, engraçado porque é o mesmo nome de um
dos garçons que nos atende na janta do cruzeiro.
GUACAMOLEEEEE! |
Estava
tudo muito tranquilo até que resolvemos ir brincar um pouco naqueles infláveis
enormes que ficam dentro do mar. A partir daí só posso dizer que todos curtimos
adiantado o Dia das Crianças. E como curtimos! Foi muito divertido. Escalamos,
pulamos, corremos, mergulhamos e tudo mais que tinha direito.
Sem
dúvidas que o mais divertido foi o Moon Walk, com o desafio de chegar até o
final da boia ainda em pé. Depois de muitas e muitas tentativas, ninguém
conseguiu atingir esse objetivo, mas a brincadeira gerou muita diversão e
gargalhadas a todos.
Depois
de muito brincar, voltamos pra praia, onde começou a rolar alguns desafios pra
que no próximo ano outras pessoas da empresa estejam presentes na trip!
Joãozinho desafiando a galera! |
Por
ali poderia ser contratado o jet-ski e o parasailing, que começava por U$ 65,00
o passeio no parasailing ou 30 minutos de jet-ski, podendo trocar de pessoa.
Um pouco mais da estrutura do Beach Club:
Em
seguida, hora de almoçar. As refeições variam entre U$ 10,00 e U$ 15,00. Era
bastante opção, mas eu acabei seguindo o pedido do Rafa: beef tortillas. Uma
ótima pedida! Já que estávamos no México, tinha que ser pelo menos uma comida
mexicana, mas ao mesmo tempo tinha que cuidar pra não ser nada tão extravagante,
afinal o dia era puxado, muita coisa pra fazer e o sol pegando forte.
Depois
do almoço levantamos acampamento e seguimos a programação do dia, rumo a Punta
Sur. O Cris continuou no volante e em uns 20 minutos estávamos no nosso novo
destino. Na realidade a estrada é praticamente uma reta, só seguir o caminho e
já era.
Galera da Van do Tio Cris! |
On the way. |
Chegando
em Punta Sur apresentamos novamente o voucher da locadora do carro, que daí
pagaríamos apenas U$ 14,00 cada um, com direito a um shot de tequila, kayak e
snorkelling. Enfim, optamos por dar mais uma negociada e fechamos U$ 150,00
pros 14, menos de U$ 11,00 por pessoa.
Welcome a Punta Sur! |
Punta
Sur é uma reserva, então o movimento é bem menos intenso (não que no resto da
ilha seja muito intenso). Lá dentro tem algumas praias bem bonitas, além do farol
bem na ponta da ilha, crocodilos e ruínas maias.
Mais uma da galera, só pra não perder o costume. A van mais irada do México! |
Entramos
e seguimos rumo a primeira atração: ruínas maias. Eu já havia pesquisado sobre
as ruínas de San Gervasio na internet, não eram essas ruínas que havia ali. Na
realidade eram duas construções, ou duas meias construções, nada de mais, bem
simples.
As grandes ruínas Maias. |
Na
frente da ruína tinham os crocodilos, ou “cocodrilos” como eles chamam. Segundo
o cara que fica por lá haviam cerca de 200 crocodilos, que podem ir e voltar da
praia, entrar na água salgada incluso, nada animar pra quem estava indo pra
praia na sequencia. Mas ele comentou que normalmente só fazem isso a noite. Chegamos
lá e tinha um pântano enorme, mas apenas um crocodilo, e treinado. Logo chegou
o cara que fica ali cuidando, assobiou e ele veio próximo da onde estávamos. No
final ele pediu “propina”, a famosa gorjeta. Ele foi bem cara de pau de pedir,
todos fomos cara de pau de não pagar.
A próxima parada seria o Farol, que daí já matávamos e depois poderíamos apenas
ficar curtindo a praia até a hora de ir embora. Porém um cara nos disse que a
entrada pra praia fecharia logo, e nos aconselhou ir pra lá e na volta parar no
farol, que fechava só mais tarde. Seguimos a dica e fomos pra praia.
O
nome da praia era “Papito”. Estrutura muito top! Ali sim, água calma e
cristalina. Pouquíssima gente por lá. A primeira parada valeu muito a pena pela
diversão nos brinquedos, mas aquela parada ali estava espetacular!
Adivinha
o nome do garçom que iria nos atender? Freddy! Sim, deve ser a tradução de
garçom na língua mexicana. Só pode! Dois garçons, dois Freddy. Mas
carinhosamente o apelidamos de Papito.
Eu
cheguei e logo fui dar uma banda de snorkelling, porque naquela água cristalina
dava pra perceber o fundo escuro. Eu tinha a esperança de ser coral, mas não
era, era apenas vegetação marinha. Fui mais pro fundo, mas desisti porque não
tinha coral. Voltei, uma bandinha de kayak.
Depois
fomos curtir um “colchão inflável” que tinha na água. Ideal pra uma competição
de corrida, com direito a tombos memoráveis. Se na primeira parada o Moonwalk foi épico, o colchão da corrida estava no mesmo nível!
Na
praia surgiu o Papito com uma garrafa de tequila com Curaçau Blue, pro shot que
tínhamos direito. Eu passei, um no dia já foi mais do que o suficiente.
Enquanto isso a galera meteu 2, 3, 4, 5 na sequencia. Até o Papito entrou na
brincadeira e teve que tomar uns shots.
Chegou
a hora novamente de levantar acampamento. Fui preparar as coisas e senti falta
do meu snorkelling, que havia emprestado pro pessoal. Não achava e a galera
comentou que haviam entregado sem querer pro cara dos snorkelling ali da praia.
Fui lá e ele disse que não estava, continuei procurando e nada. Voltei mais
duas vezes, até que ele olhou dentro do tanque que o snorkell gear estava de
molho e encontrou apenas o meu. Enfim, prefiro achar que ele não estava usando
de má-fé, mas fica complicado quando ele disse diversas vezes que sabia quais
eram o dele, que o meu não estava lá e se recusou a procurar no tanque nas
vezes anterior.
Snorkell
na mão, seguimos rumo ao Farol. O tempo estava curto, mas deu pra subir lá e
ter uma vista irada da ilha. Bastante escadaria, mas a vista compensa. Dá pra
ver bem certo os dois lados da ilha, um com a água bem tranquila e límpida e o
outro lado, do mar aberto, com muitas ondas. No meio da ilha, muita vegetação e
pântano.
Lado esquerdo. |
Lado direito. |
Voltamos
pelo outro lado da ilha, pra poder conhecer esse lado também. É interessante,
porque é aquela estrada e só, as praias em destaque no mapa são apenas pequenas
estruturas, não são praias, mas bares/restaurantes que ficam instalados na
beira do mar a cada 5 minutos um do outro mais ou menos.
Sorte
que pegamos a van e fomos nos locais que o cara da locadora nos indicou. Porque
de inicio estávamos pensando em ir de taxi pra uma praia desse lado da ilha,
que o mar é agitado e não são tão bonitas. Iríamos gastar uma grana pra chegar
num lugar que não era tão bacana quanto os que fomos.
Enfim,
seguimos nessa estrada, que é uma circular que vai pela costa e depois corta o
meio da ilha. Praticamente uma reta, porque não existem cruzamentos nem nada,
apenas essa estrada e suas paradas no caminho.
Na
volta o tempo começou a ficar escasso. Atravessando do lado leste pro lado
oeste. Quase chegando na costa do lado oeste é Downtown de Cozumel, mas ainda
assim sem grande estrutura e movimento.
A galera estava ficando preocupada com o tempo, porque 5:30pm tínhamos que estar
lá, pra entrar no navio. Chegamos era 5:25pm no porto.
Infelizmente não sobrou
tempo pra comprar umas lembrancinhas. Mas o mais complicado foi que quando
chegamos a carteira do Cris, que precisava entregar a van, estava na mochila da
Thiane, que estava quase entrando no navio. Ela me entregou a carteira e fui
correndo entregar pro Cris, entregamos a van, eles fizeram a inspeção, já
passava das 5:30pm, horário limite de entrar no navio. Segundo o cara da
locadora o navio saia apenas as 6pm. Voltamos então eu e o Cris caminhando, o
pessoal esperando desesperados ali na entrada do navio, pra não deixar ele
partir. Acredito que fomos os últimos a entrar no navio.
Subimos,
deixamos as coisas no quarto e fomos reto pra piscina. Subi lá, espiei e na
realidade ainda estava a pontezinha pra entrar no navio. Pelo que ouvi, eles
estavam chamando algumas pessoas, porque não havia sido localizada a sua
entrada no navio. Então, teríamos ainda uns minutinhos a mais sem o risco d
perder a saída do cruzeiro, sem precisar ficar em Cozumel.
Era
6pm quando o navio saiu. Ficamos ali pela piscina lembrando que dificilmente
alguém curtiu mais Cozumel do que nós! Realmente fizemos o dia render. Muita
locuragem, correria, diversão, gargalhadas. Galera nota mil! Fizeram esse dia
ser inesquecível.
Fomos
então curtir uma jacuzzi, relaxar o corpo. Ficamos ali por mais uns bons
minutos. Conversando e descansando.
O
Rafa teve que acionar a Assist Card. Estava com dores no dente e teve que ser
atendido pelo médico no cruzeiro, que atenderam ele e deram o remédio. A conta,
mais de U$ 150,00, por conta da Assist Card.
Depois
da jacuzzi, hora de tomar um banho e ir pra janta. A essa altura do campeonato
eu já estava me arrastando, extremo cansaço.
Ao
longo da janta descobri uma habilidade nova: deixar a colher presa no meu
nariz. Por algum motivo muito louco eu colocava a colher na frente do meu nariz
e ela ficava, por um bom tempo, e diferentes colheres. Weird!
O que o Raoni pediu de sobremesa: Nothing. |
Meus super poderes! |
Era mais de 11pm quando saímos da janta, reto pra cama, capotar depois de um dia
tão intenso.
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