Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.

Enjoy it!

sábado, 25 de agosto de 2012

Day # 85 - Camboja

Acordamos as 9am para não perder o breakfast. Descemos, comemos e voltamos para o quarto. Ficamos pelo quarto organizando algumas coisas no computador, nas malas e também dando uma relaxada, pois nesses últimos dias estamos nos sentindo um tanto quanto cansados. Bateu uma ressaca de viagens eu acho.

Era por volta das 11am quando fomos pro centro para almoçar. Demos uma olhada em algumas opções de restaurante mas optamos por um chamado Red Piano. É um restaurante que sempre que passamos na frente tinha movimento. Decidimos não arriscar mais e ir no que as outras pessoas indiretamente nos indicam.

Realmente foi uma escolha boa. Eu optei por uma massa ao pesto e a Thay uma massa marinara. Curti bastante a minha escolha. A Thay gostou da dela, mas gostou ainda mais da minha.


Ao meio dia e meio encotramos o Yan para fazer a segunda rota dos templos. Hoje optamos por ir mais tarde, uma vez que ontem acabamos antes das 2pm. Mesmo sendo um caminho e tanto e vários templos a percorrer.

A primeira parada de hoje foi o Preah Khan.  Foi construído no século XII pelo King Jayavarman VII. Está localizado a oeste da Baray Jayatataka, com a qual era associado. Era o centro de uma organização com quase 100.000 oficiais e serventes. O templo tem um design plano, com sucessivas galerias retangulares em torno de um santuário budista, cercado por templos satélites hindus, com vários acréscimos posteriores. Assim como Ta Prohm, Preah Khan foi deixado sem restauração em diversas partes, com inúmeras árvores e outras vegetações crescendo entre as ruínas.










Já na saída do templo vimos como a nossa idéia de levar as balas pras crianças foi boa. Quando elas vinham nos oferecer as coisas pra vender, eu enchia a mão com um punhado de balas e oferecia pra elas. Dava pra ver o sorriso grande que elas abriam no rosto pra pegar as balas, muito mais espontâneo do que o sorriso de uma venda. Mas em nenhum momento nos sentimos fazendo uma boa ação, pois as balas pra nós não custam praticamente nada e essa é uma saída para que as crianças parem de ficar insistindo em comprarmos delas. No entanto, ainda assim acreditamos que essa é uma maneira de evitar a compra de souvenirs das crianças, pois muita gente compra por pena, mas não se dá conta que só incentiva cada vez mais os pais a colocarem elas a vender.

Seguimos para o segundo templo, chamado Neak Poan. Esse é um templo bem pequeno e cercado, onde não conseguimos nos aproximar muito. É na realidade uma ilha artificial com um templo budista circular no meio, em Preah Khan Baray. Foi construído durante o reinado do King Jayavarman VII.



O terceiro templo que visitamos foi Ta Som. É um pequeno templo construído no final do século XII pelo King Jayavarman VII. O rei dedicou o templo para seu pai Dharanindravarman II, que foi o rei do Império Khmer entre 1150 e 1160.



Quando estávamos saindo do terceiro templo, começou a chover um pouco. Logo a tranquila chuva virou um temporal. O Yan fechou bem o tuk tuk e nos levou de volta para o hotel. Acabamos pulando os outros 2 templos: East Mebon e Pre Rup, os quais apenas passamos na frente. Foram aproximadamente 40 minutos até chegarmos no hotel.

A nossa opinião sobre as visitas aos templos é que depois de visitar alguns, fica tudo bem parecido. Não tendo interessante na história de cada um, acaba ficando repetitivo. Eu diria que apenas o Small Tour é o suficiente. Ou então para os mais guerreiros, dá pra começar bem cedo e tentar fazer os dois tours em apenas um dia.

Assim que chegamos no hotel a Thay foi tirar um cochilo e eu fiquei no computador atualizando o blog, atualizando as finanças, pesquisando sobre os próximos lugares que vamos passar, como ir, o que fazer e tudo que envolve a viagem.

Era cerca de 6pm quando fomos para o centro jantar. Resolvemos encarar algo típico do Camboja. Fomos então em um dos lugares que serve Cambodian BBQ. É similar ao do Vietnam, onde vem pequenos pedaços de carne que nós mesmo preparamos no grill. A diferença é que as opções de comida são: gado, camarão, ou quem sabe crocodilo, cobra e pernas de sapo? A Thayane disse que não comeria nada além de gado e camarão. Trocamos então a cobra e pernas de sapo por gado e camarão e eu encarei um pouco apenas de crocodilo. Uma carne diferente, algo similar a peixe, mas ainda assim não tão similar.



Assim que saímos do restaurante fomos dar uma volta e nos deparamos com uma situação muito comum no Camboja. Um gurizinho parou do lado da Thay e ficou pedindo comida, com muita cara de coitado. Ele queria que fossemos em um mercado comprar leite. A Rachel, que conhecemos no Laos e já morou aqui, já havia nos precavido que as crianças vão nos turistas, pedem algo do mercado e depois revendem. Nós falamos que poderíamos levar ele no restaurante, mas não compraríamos nada do mercado. Ele mudou o discurso então e disse que era pra irmã dele, que era recem nascida. Falamos que não compraríamos de jeito nenhum, que se ele quisesse dávamos uma banana pancake pra ele. Ele aceitou e veio com a gente na banquinha comprar. Fiquei puxando papo com ele, que mantinha a cara de coitado. É interessante que o inglês dele era muito bom. Melhor do que a maioria dos garçons e garçonetes que nos atenderam até agora por aqui. Acredito que pelo menos a escola ele frequenta. Ele nos contou que os pai e a mãe dele já morreram e que tinha 5 irmãs, de 1 mês, 2, 3, 4 e 5 meses. Eu falei que era impossível, mas enfim, nem ele, dentro da mentira dele, sabia como realmente isso funciona. Eu disse que poderia levar comida pras irmãs dele amanhã, mas iria levar pessoalmente na casa dele. Ele inventava desculpas então fazendo eu desistir da idéia de ir levar na casa dele. No final, a pancake ficou pronta ele pegou e logo saiu. Não podemos considerar de qualquer maneira o que fizemos como uma boa ação, pois uma pancake não custa nada pra gente. Eu acredito que uma boa ação é quando realmente nos doamos há algo. Se ajudamos de alguma maneira aquele gurizinho, não tenho a mínima idéia, pois não consigo imaginar o que realmente acontece com ele ou o real motivo e quem manda essas crianças fazerem isso.

Depois dessa cena, no mínimo interessante, demos mais uma volta pelo Market e em seguida fomos no local marcado pra pegar o tuk tuk de volta pro hotel.


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