Acordamos bem cedo e fomos para o Mecca para o
nosso clássico breakfast. Em seguida voltamos para o hotel, fizemos o check out
e ficamos aguardando o pick up para o nosso passeio de barco. Confesso que não
esperávamos muita coisa frente ao valor que pagamos.
Era 8am quando chegou o nosso pick up e seguimos
rumo ao harbour. O Harbour é quase em baixo de onde se pega o cable car para
Vinpearl Land. Chegamos lá e entramos no nosso barco. O barco não é lá essas
coisas e vai aproximadamente 30 pesssoas.
Chegamos e o guia começou a dar as orientações e
qual será o planejamento do dia. Além disso pediu a nacionalidade de todo
mundo. Nessa hora pudemos percer que se for depender do guia, nosso dia será no
mínimo engraçado.
Uma meia hora depois chegamos na nossa primeira ilha,
a Mun Island. “Mun” na realidade significa preta e não tem nada a ver com o “moon”
de lua. Nome a parte, essa ilha tem a primeira reserva marinha do Vietnam e
está entre os 34 melhores lugares do mundo para snorkelling e mergulho. Na ilha
tem que pagar o valor de VND 10.000,00 cada um. Já na chegada verificamos que o
lugar é realmente lindo. A água é bem cristalina. A estrutura da praia não é lá
essas coisas e é cheio de gente que participa dos tours de barco. Chegamos,
colocamos as coisas no locker e seguimos para o snorkelling. A Thay foi com o nosso
e eu peguei um que o barco providencia. Um tanto quando diferente o snorkel
providenciado, mas funcionou. O problema é que não tem pé de pato e os corais
são um pouco longe, uns 70 metros que deve ser nadado até chegar na parte
bonita.
Realmente há bastante diversidade de corais, de diferentes colorações. Ficamos por ali curtindo o visual subaquático. O interessante é que dá pra fazer mergulho de uns 20 minutos por 35 dólares. Pelo que vi não vai muito fundo e não vê muito mais que o snorkelling. Mas é uma boa opção pra quem nunca fez ter uma idéia de como é. Nós optamos por não fazer.
Voltamos pra praia e logo chegou a hora de seguirmos para a próxima ilha, Mot Island. Na realidade a próxima parada não era bem na ilha. Ficamos no barco, pois era hora do almoço. O barco atracou em um desses lugares que ficam boiando. Era um estrutura onde tinha jet-ski, parasailing, entre outras dessas atividades. O almoço é incluso no valor do passeio e a gente come dentro do barco mesmo. Era comida típica do Vietnam. Para nós que não estamos acostumados não é a melhor comida do mundo, mas mata bem a fome.
Depois do almoço rolou a Happy Hour. Aí sim vimos que o guia é um verdadeiro palhaço. Fomos pro barco que parou do lado do nosso e rolou um show. Em seguida ele ia chamando o pessoal para interagir. O primeiro convidado, ou vítima, era um inglês. Nisso ele começou a cantar “Yellow Submarine”. O próximo da sequência era eu, mas quando ele pediu da onde eu era ficou sem opção, pois não sabia nenhuma música do Brasil, afinal não tem turistas brasileiros com frequencia por essas bandas. Ele continuou então chamando o pessoal. Músicas em alemão, chinês e até da Islândia. No final era um casal da Espanha, e para fechar com chave de ouro rolou um “La Bamba”. Aí toda galera subiu na “estrutura” para dançar e cantar. Realmente foi bem divertido!
Curte a bateria! Bateria a parte, o baterista destrói! |
"Para bailar la bamba..." |
O show não pode parar! |
Depois da cantoria foi hora de cair na água, onde tinha um “bar” flutuante. A gente subia no barco e no deck do barco e ficava se jogando na água. Alguns ficavam apenas boiando e tomando o “cocktail”, que não era lá essas coisas, mas também era de graça. E a galera que quisesse poderia poderia ir fazer as atividades aquáticas. Novamente bem divertido! Nessa hora o investimento de 7 dólares já tinha mais do que valido a pena.
Voltamos pro barco e havia algumas frutas pra gente comer enquanto seguiamos para a terceira parada. A terceira parada foi a Tranh Island, que não era tão bonita como a Mun Island, mas era bacana. Pra entrar na ilha tinha que pagar VND 20.000,00. Quando saímos do barco me dei conta que havia esquecido os meus chinelos no barco da Happy Hour, por sorte tenho um reserva na mala. Ficamos lás nas cadeiras relaxando e conversando com 2 casais de Londres. Aproveitei para tomar um sorvete e a Thay uma cerveja, VND 20.000,00 cada um.
A quarta e última parada foi a ilha que tinha o
Aquarium. O valor da entrada era VND 50.000,00 por pessoa. Já vimos aquário o
suficiente e tínhamos a opção de ficar no barco, assim como algumas pessoas. No
entanto, optamos por dar uma conferida. Infelizmente a estrutura desse aquário
era bem precária. Até um pouco triste, pois alguns tanques parecem ser pequenos
para o tamanho dos peixes, tubarões ou tartarugas que ficam lá dentro.
Esse é um desafio pro sogro. Pegar um peixe desse tamanho. |
O ponto legal é que tem o tanque aberto. Um lugar
com diversos peixes e algumas tartarugas. As maiores tartarugas que já vi até
agora. Lá tem uma escadinha onde dá pra comprar comida e dar pros peixes. O
bacana é que as tartarugas vem bem perto pra ganhar comida e dá até pra fazer
carinho nelas. Aproveitei que umas pessoas tinham recem dado e saíram e desci
até a beira da água e as tartarugas continuaram vindo, em busca de comida.
Aproveitei e fiz carinho no casco de uma delas. Diferentemente do que o pessoal
fazia em Gili, a tartaruga estava ali parada e dava pra passar calmamente a
mão no casco dela, sem machucar ou incomodar elas.
Seguimos de volta pro harbour e aproveitei para passar o nome de uma música para ele cantar a próxima vez que tiver pessoas do Brasil. Não que eu curta muito, mas achei interessante passar a “Ai se eu te pego”. Além de ser fácil de cantar, rola coreografia e ainda uma versão em inglês que muito gringo conhece. Vai ser no mínimo engraçado. Ele aproveitou e pediu como se fala algumas coisas em português, como: “Oi”, “Eu te amo”, “Relaxa” e “Obrigado”. Apoveitei para pedir como é obrigado em vietnamita. Um pouco complicado: “Cám ơn”, principalmente pelos assentos e diferentes tons nas vogais.
Chegamos no harbour e consegui
reaver os meus chinelos. Em seguida fomos direcionados para as vans que nos
levaram de volta para o hotel. Chegamos no hotel e aproveitamos outra grande
facilidade. Eles possuem um banheiro onde podemos tomar banho. Já voltado para
o pessoal que viaja de trem ou ônibus a noite. O único custo para isso é o
aluguel da tolha, que é VND 5.000,00, praticamente nada. E se alguém preferir
usar a própria toalha, não tem problema, não vai pagar nada.
Tomamos banho e fomos jantar. Fomos
novamente no Olivia. Em seguida voltamos para o hotel. Aproveitei para colocar
o netbook pra carregar. Aquele gurizão que nos passou as dicas no primeiro dia
estava por lá. Na realidade o “gurizão” tem 29 anos e é o atual dono do hotel,
pois está alugando do sogro. Ficamos um bom tempo ali conversando com ele. Ele
e todo o staff são realmente muito atenciosos. Esse é um grande diferencial do
hotel, que é extremamente simples, mas os funcionários são de mais! Sempre
ajudam o máximo que podem. Eu e a Thay chegamos a conclusão que esse foi
desperada o melhor hotel que ficamos. Não por luxo, mas por toda ajuda e
facilidades que eles tem. Descobrimos que a mulher que trabalhava lá, que está
grávida, é a mulher dele e eles estão esperando o primeiro filho. Nós falamos que
ele não parecia ter 29 anos e ele brincou que é porque ele é asiático, que eles
parecem mais novos. Ficamos também conversando sobre o hotel, que ele falou que
era voltado pro pessoal do Vietnam, mas quando ele assumiu mudou pro público de
fora. Só tenho a dizer que estão fazendo um ótimo trabalho. Não é a toa que tem
Certificado de Qualidade do Trip Advisor.
Chegou as 9 e pouco, hora de irmos
pra estação de trem. Tinha mais um casal, um senhor e uma senhora que moram em
Londres, que estavam indo pra estação e acabamos rachando o taxi. Já era barato
só pra nós e ficou ainda mais.
Chegamos na estação e descobrimos
que o trem ia atrasar em 1 hora. Das 10:08pm ia para depois das 11pm. O lado
bom é que antes chegaríamos entre 5 e 6 da manhã e com o atraso chegaríamos um
pouco mais tarde. Ficamos por lá conversando com esse casal. Eles eram bem
queridos. Acredito que tem entre 50 e 60 anos, pois tem filhas mais velhas que
nós. São ambos professores.
As 11 e pouco chegou o trem. Nos
direcionamos para a nossa cabine. Havia uma senhora e um menino, que acredito
ser o filho dela, que já estavam nas camas de baixo dormindo. Infelizmente as
minhas roupas de cama não foram trocadas. Como o trem sai de Hanoi e a última
parada é Ho Chi Minh City não dá pra esperar muito. Enfim, tirei o lençol e
capotei na cama. A Thay foi mais esperta e deixou na mochila o casaco pra
colocar em do travesseiro e uma canga pra estender na cama. Depois do dia
inteiro no barco, simplesmente estávamos podres de cansado.
103 Dias na Telinha...
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