Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.

Enjoy it!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Hawaii - Dia 4:

Acordamos e vimos uma mensagem da Júlia sobre o real motivo do cancelamento do nosso passeio de helicóptero ontem. Ficamos um pouco chocados! A história completa aqui: Acidente de Helicóptero.

Logo cedo eu e o Pedro fomos pro aeroporto buscar o carro que havíamos alugado. Levou cerca de 1 hora de ônibus ali de Waikiki. Chegando lá descobrimos que apenas as principais locadoras de carro (Hertz, Enterprise, etc) ficam no aeroporto, pras demais é necessário pegar um transfer até o local onde elas realmente ficam.


A Economy ficava a 1,5 milhas do aeroporto. E o transfer é da própria locadora, então tem que marchar com uma gorjetinha pro motorista da van, por estar prestando esse serviço.

Na hora de acertar íamos fazer no cartão do Pedro por ser vinculado a conta dos Estados Unidos, mas descobrimos que tinha que ser o cartão de crédito (não pode ser débito) do próprio motorista, que no caso seria eu. Para cartão de débito ou pagamento em dinheiro eles cobravam U$ 20,00 a mais por dia e era necessário deixar um depósito de U$ 1.000,00 como garantia. Eu não queria usar o cartão de crédito, por ter que pagar 6,38% de IOF e apenas saber o valor real do dólar no dia da fatura. Porém, ficamos sem outra alternativa.

Outra surpresa foi que os U$ 11,00 por dia que já havíamos pago por seguro total quando alugamos na Rental Car não era aceito, eles só aceitavam o seguro deles. Só que o seguro deles era U$ 15,00 por dia e só pra danos de até U$ 1.000,00, sem proteção a roubo, danos de estrada ou natural, entre outras coisas não inclusas. O completo era U$ 25,00 por dia. Normalmente eu não arrisco e pego o completo, mas dessa vez ligamos o foda-se e fomos com o mais básico.

Mas a surpresa maior foi quando chegou um carro, que segundo a descrição do site seria um Ford Aveo ou similar. Está certo que era a categoria de carros mais simples, mas o carro que nos entregaram foi um Fiat 500 de apenas 2 portas. E pra piorar: amarelo!

Sinceramente, eu não indicaria essa locadora. Indicaria pesquisar com mais calma e pagar algo mais completo e confiável. A Budget parecia ser a melhor opção quando pesquisamos, mas estavam sem carro disponível pras nossas datas nas categorias mais em conta.

Saímos da locadora e fomos buscar as gurias no hostel. O deslocamento foi apenas uns 20 minutos. Eu e a Thay já fizemos o check out e nós quatro iniciamos a nossa aventura sobre rodas.

Estamos motorizados!
Mas é um Fiat 500 amarelo! 
O nosso destino eram as praias do lado leste da ilha. No caminho paramos no Pali Lookout. Na hora de estacionar o carro descobrimos que a chave não trancava o carro no automático, então tentamos trancar manualmente e não conseguíamos. Foi aí que rolou uma das cenas mais engraçadas da viagem. Eu decidi ligar pra locadora pra descobrir como fechava sem o botão da chave ou teríamos que devolver o carro. Ela pediu qual o carro tínhamos alugado e eu respondi um cinquecento, com sotaque italiano. Ela respondeu que não tinha entendido, que não tinham um carro com esse nome. Eu repeti ressaltando que era da Fiat, ela continuou dizendo que não sabia qual carro era. Até que eu me liguei em falar que era um Fiat five hundred. Aí sim ela soube qual carro era e explicou a maneira simples de fechar as portas com a chave na maçaneta. A única diferença é que a chave gira pro lado contrário pra trancar e destrancar do qual estamos acostumados.

Sente o poder da caranga! 
No Pali Lookout estava nublado e com um vento frio. Esse é um ponto que tem uma vista única da ilha, com um grande vale a frente. Mas também é historicamente importante para o Hawaii como um todo, pois no final de 1700s o Rei Kamehameha I veio da ilha de Hawaii pra unificar todas as ilhas sob um único reino. A batalha por Oahu começou com a sua chegada em Waikiki em 1795. Oahu estava sob o domínio do Chefe Kalanikupule de Maui, que havia conquistado aquela região uma década antes. Começou então uma série de intensas batalhas, até que a batalha conhecida como Kaleleka'anae (saltando do peixe anae), pois obrigou muitos guerreiros a saltarem do penhasco, consolidou a vitória de Kamehameha. Com essa conquista, e a assinatura de um acordo com Kaua'i, o Rei Kamehameha unificou as ilhas e se tornou o primeiro rei das ilhas havaianas.






Seguimos sem rumo pela Kamehameha Hwy, sim a rodovia que tem o nome do rei da história acima. Que por sinal se pronuncia “camerramérra”, não como o famoso golpe do Goku. Essa rodovia faz uma conexão da parte sul de Oahu para a North Shore.


Optamos por parar em Kualoa Ranch, uma praia praticamente vazia. Pouquíssima gente além de nós por ali, apesar da beleza do local. Aliás, isso é algo que impressiona, de repente porque há tantos locais bonitos, mas a maioria das praias são vazias, centralizando a grande massa em Waikiki. Assim como a estrutura é boa, com estacionamento, mesas e banheiros, mas não mais do que isso nas praias. Nada de restaurantes, lanchonetes, barraquinhas ou qualquer coisa do tipo. É uma conexão muito grande e tranquila com a natureza em si.




Aproveitamos a parada pra fazer o nosso lanche e ficar desfrutando da paz e graça do local.



Voltamos para a parte mais sul da ilha, por uns 40 minutos, até Sandy Beach. Essa é a praia favorita do Mr. Barack Hussein Obama II, mais conhecido como o presidente dos Estados Unidos. Pra quem não sabe, ele nasceu e cresceu em Honolulu.


  
A praia é realmente bonita, mas vou ter que discordar com o presidente em colocar ela na primeira colocação. Essa é uma praia de shore break, daquelas que tem uma onda grande que quebra bem na beira da praia, boa pra prática de bodyboarding ou bodysurfing. Em alguns momentos pode ser até perigoso, tanto que o apelido dessa praia é break-neck (quebra pescoço). Mas esse dia estava bem agradável. Entrando poucos metros no mar já vinha uma onda que nos elevava e voltava em um balanço bem agradável. Outro fato interessante é que a areia da praia brilha, como se fosse um céu estrelado.





Nossa próxima parada era um desafio e tanto, subirmos o Koko Head. Era por volta das 15:00 quando fomos até lá.  São 1.106 degraus até o topo. Basicamente a subida é dividida em duas partes: a primeira é mais plana, até que chega em uma espécie de ponte e então começa a segunda, que é bem íngreme.

1.106 degraus.
Prontos pro desafio.


Pausa pra descanso e apreciação da vista.

Não é propriamente uma trilha, mas sim uma subida. Tem uma espécie de trilho de trem, sendo duas hastes de ferro na lateral, com divisões de madeiras demarcando o que poderíamos chamar de degraus. Apesar de tudo a subida é tranquila, em uma hora consegue subir de boa. Pode se tornar puxado, mas é só ir fazendo paradas. O ideal é subir com roupas leves, um bom tênis e não levar nada que não seja necessário, eu aconselharia subir apenas com água (bastante) e a máquina fotográfica ou celular pra registrar o momento. No nosso horário não tivemos maiores problemas, mas eu evitaria períodos de sol mais intenso.

 Missão cumprida.

Um pouco de cansaço.

A vista lá em cima é bonita, por ser um ponto bem alto. Mas o meu parecer pessoal é que a vista não é o grande objetivo dessa trilha, mas sim o desafio pessoal de subir até àquela altura. Faz bem pra saúde e pra auto estima. Não é uma conquista grandiosa, mas que certamente deixa feliz quem atinge.



 Um "360º".





Hanauma Bay.
Waikiki ao fundo.
Ilha de Molokai.


A descida certamente é mais tranquila, mas requer atenção. É fácil esquecer os cuidados básicos e dar algum passo em falso. Eu indicaria cuidar também dos joelhos, procurando pisar de maneira correta pra evitar qualquer lesão.

We got it! 
Seguimos nosso caminho até Halona Beach Cove. Já estava no entardecer e o céu estava muito bonito. Tem um estacionamento com a vista pra enseada e uma placa alertando perigo, pra não passar daquele ponto e descer. Porém, de cima vimos uma coisa que nos chamou a atenção e decidimos ir até lá embaixo conferir. Era uma tartaruga, de boa, nadando pela enseada. A propósito, cove é enseada, não é derivado de cave (que significa caverna). Nos confundimos porque tinha uma pequena caverna, mas que não dava em nenhum lugar, a grande atração mesmo ali é a enseada. E naquele momento, a tartaruga.








No nosso retorno abastecemos o carro. Com U$ 20,00 encheu o tanque. O galão (3.785 litros) fica na faixa de U$ 2,40.

Voltamos pra Waikiki e largamos o Pedro e a Júlia no hostel, pois iriamos seguir nossa estadia no Airbnb. A ideia era tomar um banho, passar no mercado e fazermos uma janta pra nós 4 no apartamento. Só que o plano não deu certo, o Kevin (nosso host) estava viajando e havia deixado a chave no estacionamento do prédio. Chegando lá não estava a chave. Só que ele estava em New Jersey, que são 6 horas de fuso horário. Como já era de noite em Oahu, onde o Kevin estava era madrugada. Qual era a chance de conseguimos contato? Até tentamos, tentei ligar, deixei recado na caixa postal, enviei mensagem no celular e pelo site também, até pra umas vizinhas contamos o ocorrido. Mas nada pra nos salvar. O problema é que estávamos esgotados, imundos depois da trilha do Koko Head e o hostel estava lotado. Pensei que teríamos que dormir no carro até que ele respondeu a mensagem. Por sorte ele estava em um bar com os amigos e pode resolver o lance da chave pra nós.

Acabamos cancelando a janta. Só fomos comer algo e depois fomos pro apartamento nos acomodar e descanar.


Para saber mais sobre a nossa primeira experiência no Airbnb confira aqui: Primeiravez hospedados no Airbnb.


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