As
4:00 eu acordei, sem sono. Fiquei enrolando, tirei alguns cochilos, até as
7:00. A janela do quarto não fecha totalmente, entrava frio e vento. A
consequência foi uma dor de garganta.
As
7:00 acordamos e começamos a arrumar tudo pra começar as aventuras. O tempo
estava bem nublado e com vento. Descemos pro café da manhã, que tinha café e
pão com geleia e manteiga, com opção de croissant ou muffin por U$ 1,00.
Nossa
primeira parada é o Diamond Head. Saímos por volta das 8:20, junto de nós veio
um casal de Argentinos que estão no mesmo quarto do Pedro e da Júlia no hostel,
o Nicolas e a Melissa. No caminho compramos uma garrafa de 1,5 litros de água,
que custa apenas U$ 1,00.
O
deslocamento em Oahu é muito fácil de ser programado, podendo confiar no Google
Maps. No aplicativo do celular basta colocar o ponto de saída e o destino, Só
colocar o uso de transporte público e ir tranquilo. Como o Pedro e Julia estão
morando nos EUA, eles têm pacote de internet no celular, o que ajuda nessa
questão. Mas qualquer coisa, tem pacotes pra contratar.
Pegamos
ali mesmo na Kuhio Avenue o ônibus número 2, rumo a Diamond Head. O valor do
ônibus é U$ 2,50 por pessoa e não dá troco. O percurso leva cerca de 20
minutos, e aos poucos o ônibus foi enchendo de pessoas, que claramente estavam
indo pro mesmo lugar que nós, incluindo crianças e pessoal de mais idade.
Descemos na Kapi’olani Community College. Outra opção seria pegar também na
Kuhio Av o ônibus 23, que deixa um pouco mais perto, economizando uns 3 minutos
de caminhada.
O
percurso inicia com uns 15 minutos caminhando, até o estacionamento, onde
inicia de fato a trilha do Diamond Head. É cobrado U$ 1,00 por pessoa ou U$
5,00 por carro.
O
começo da trilha é bem tranquilo, com calçada e tudo mais. Depois fica com mais
cara de trilha, com chão batido, mas ainda assim com cerca de proteção.
Passando também por escadaria e túnel.
A
subida demora de 20 a 30 minutos, mas é um percurso relativamente tranquilo.
Como comentei, no ônibus tinham crianças e pessoas de mais idade que também
foram realizar a caminhada. Na realidade, é muita gente subindo e descendo, o
tempo inteiro.
O
Diamond Head é um dos pontos mais conhecidos da ilha de Oahu, sendo uma das
crateras vulcânicas mais famosas do mundo. Remanescente de uma explosão do
vulcão Koʻolau, que ocorreu há
cerca de 500.000 anos atrás. A série vulcânica de Honolulu é uma série erupções
vulcânicas que criou alguns dos principais marcos de Oahu: Punchbowl Crater,
Hanauma Bay, Koko Head, Mānana Island e, claro, o Diamond Head.
São
mais de 1060 metros de diâmetro, com uma cúpula de 230 metros. Os havaianos
chamam a cratera de Le’ahi, que significa
a “testa do atum”, por parecer a barbatana dorsal desse peixe. O nome Diamond
Head foi dado por marinheiros britânicos no século 19, que confundiram os cristais
de calcita do local por diamantes.
Essa
cratera se tornou o Forte Ruger, a primeira reserva militar dos Estados Unidos
no Hawaii. Tanto que o final da trilha é em uma casamata (pillbox), que ao seu redor hoje já consta com uma estrutura de
observatório.
A
trilha vale bastante a pena, não é puxada e a vista é incrível, justamente por
estar muito próxima de Waikiki e essa região mais turística de Oahu. Lógico, é
sempre aconselhável ir com roupas leves e tênis confortável, evitar horários de
sol intenso e levar água pra se hidratar.
Descemos
pra seguir o nosso dia em Makapu’u. Mas antes demos uma parada ainda dentro do
Diamond Head, pra respirar, descansar um pouco e fazer um lanche.
No
ônibus sempre se ganha um voucher de transfer, que é válido quando é necessário
trocar de ônibus, mantendo a mesma direção e por determinado tempo. Felizmente
o nosso ainda estava válido e utilizamos pra ir até Makapu’u.
Era
por volta das 11:30 e continuamos com a linha 23, por mais uns 40 minutos até o
estacionamento do Sea Life Park, em frente a Makapu’u Beach.
Pra
nossa surpresa, as praias do Hawaii não são todas badaladas. Com exceção de
Waikiki, que tem orla e uma imensa estrutura, muitas outras praias são bem
remotas. Makapu’u é uma praia relativamente pequena, que estava com bastante
vento. Haviam poucas pessoas e nada na volta, apenas o banheiro e
estacionamento. Nenhum restaurante, tenda de comida, cadeiras de praia, nada.
Acredito que felizmente, é tudo muito natural.
Procuramos
e achamos as tide pools (piscinas
naturais). O vento estava um pouco forte, apesar do sol, o tempo não estava
muito quente. Mas nos arriscamos e entramos na água, curtimos um pouco as
piscinas e o sol.
Seguimos
pra trilha: Makapu'u Point Lighthouse Trail. É uma boa caminhada, porque começa
pela rodovia, até chegar ao Lookout primeiramente.
Depois
é necessário descer até o estacionamento, pra aí sim iniciar a trilha. A subida
é íngreme, mas toda asfaltada. O sol estava intenso, mas o vento ajudava a
amenizar.
A
trilha traz o nome do farol, mas não tem como ir até o farol. Tem um lookout no
final da trilha, mas a Thay e a Júlia optaram por ficar descansando e não ir
até lá. Eu, o Pedro e o casal da Argentina continuamos, fomos até o lookout,
que tem uma vista muito bonita de Makapu’u Beach.
Iniciamos
a descida, era por volta de 15:30. Além do retorno da trilha era necessário
mais uma boa caminhada até a parada de ônibus, mas tivemos muita sorte. Logo
que começamos a caminhar na estrada, passou um ônibus por nós, a motorista viu
que estávamos caminhando e parou pra entrarmos ali mesmo, acabamos poupando uma
caminhada de uns 20 minutos até a parada.
O
ônibus estava vazio, mas no percurso de 40 minutos foi enchendo até Waikiki. Os
primeiros lugares são preferenciais, então o ideal é sempre ficar mais pro
final do ônibus e respeitar quando estiver mais na frente, cedendo os lugares
quando necessário.
Chegamos
em Waikiki mortos de fome. Fomos direto pra rua mais badalada, a Kalakaua Avenue,
que acompanha a orla. Nessa rua está localizado o Royal Hawaiian Center, com
diversas lojas e uma praça de alimentação. Um dos restaurantes era o Sbarro,
antigo conhecido de NYC, que estava oferecendo 2 pizzas grandes por U$ 22,00.
São 8 pedações em cada pizza, o que salvou a fome de nós 6. Ficou menos de U$
4,00 por pessoa, mais um refri grande por U$ 3,00, que serve tranquilamente
duas pessoas.
Depois
de comer eu, a Thay e o Pedro continuamos para Kalakaua Av até a orla e a
praia, onde ficamos deslumbrando um incrível pôr-do-sol no mar.
Voltamos
pro hostel, exaustos depois de um dia longo. Depois de tomar um banho e
estarmos mais relaxados aproveitamos pra bookar o carro. Foi um trabalho árduo,
porque a internet do hostel é muito ruim. Alugamos pela rentalcars.com, que era mais barato do
que alugar pelo site da própria empresa. A empresa selecionada foi a Economy,
que saiu a mais em conta: U$ 122 + U$ 77 (tax) = U$ 264,00 o valor da semana.
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