Dessa
vez acordamos as 5:40, sem conseguir dormir mais. Pouco mais de 7:00 decidimos
caminhar até a praia. Voltamos as 8:00 pro café da manhã. Hoje fizeram também waffles
de graça, mas já era tarde, porque já tínhamos comido.
Por
volta das 9:30 fomos junto do Pedro e a Júlia pra praia de Waikiki.
Waikiki significa
“jorrando água fresca” (spouting fresh water), referência para os rios e
nascentes que ricamente fluíam para essa área. Desde os tempos antigos Waikiki tem
sido um local popular entre os surfistas, que é uma das razões pelas quais os
chefes locais fizeram as suas casas e sedes na região há centenas de anos.
Apesar de ter
sido chamado de "esporte dos reis", todos era adeptos a prática do surf. Os picos de surf
tinham nomes especiais e o mais famoso em Waikiki era Kalehuawehe ou “tirar o
lehua”. Ficou assim chamado quando um herói lendário tirou seu colar (lei) de
flores de lehua e deu para a esposa do chefe dirigente com quem ele estava
surfando.
De
jardim da realeza havaiana, Waikiki passou a ser um local de encontro vibrante
para visitantes de todos os cantos do mundo, especialmente japoneses. Ao longo
da faixa principal da Kalakaua Avenue tem uma série de lojas mundialmente
conhecidas, assim como restaurantes, resorts, entre outros entretenimentos. Waikiki
é certamente a praia mais famosa do Hawaii e qualquer hotel, ou outra
acomodação, fica a aproximadamente três ou quatro quadras de distância da orla
e beira da praia. O Diamond Head serve como plano de fundo, mesclado com um céu
predominantemente ensolarado e um mar calmo.
Diamond Head. |
Apesar
das águas calmas, através do Duke Kahanamoku, a praia de Waikiki ficou
mundialmente famosa pelo surf. Hoje o local serve para que muitos turistas se
aventurem nesse esporte.
Por
mais incrível que pareça, em 1900 o surfe quase desapareceu no Hawaii, em parte
por conta de missões opostas a prática do esporte, que levou as pessoas à
outras adorações e compromissos religiosos. Waikiki tem algumas das melhores
ondas no verão do mundo. As ondas variam de 2 a 8 pés de altura, em raras
ocasiões chegaram tão alto quanto 35 pés (10 metros). Uma dropada pode facilmente chegar a
aproximadamente 100 metros de percurso. O drop mais longo registrado ocorreu em
1917, quando o grande difusor Duke Kahanamoku pegou uma onda de 35 pés e
percorreu até a costa a distância de uma milha e um quarto.
Como estávamos no Hawaii, eu e o Pedro alugamos as pranchas do hostel, que são
apenas U$ 15,00 pelo dia todo, e fomos surfar assim que chegamos na praia. Mas
essa é uma tarefa muuuito complicada, porque simplesmente não tem onda. Por
mais que o North Shore bombe suas ondas no inverno, pelo visto Waikiki bomba
suas ondas apenas no verão.
Tem
apenas alguns pontos com uma formação pequeníssima, quase inexistente.
Dificultando ainda mais, porque quem aluga as pranchas e “dá aula” fica
localizado e monopoliza a rara marola que seria possível tentar pegar. Na
realidade, eles alugam pranchas enormes e empurram o pessoal, pois a água fica
pela cintura. Ficamos ali tentando, mas era realmente complicado. O Pedro optou
por sair e eu fui então mais pro fundo, onde rolava uma onda um pouco maior.
Ficamos por lá eu e outros dois senhores mais de idade, um parecia o Mr. Miyagi
e o outro o Papai Noel, estava em boa companhia. A onda era um pouco maior, mas escassa. Em três então
disputando, ficava mais complicado. Consegui pegar duas ondas numa sequência
rápida, mas depois houve uma looonga espera e eu desisti de ficar mais tempo.
Monópolio da merreca. |
Rema. |
Só falta a onda. |
De repente mais pro fundo. |
Espeeera. |
Não, não tem. |
Mesmo assim, obrigado Duke! |
Enquanto
eu estava na água, o pessoal ficou pela praia, aproveitando o sol e tomando
banho de mar. Quando eu cheguei na areia tinham recém ligado do nosso passeio
de helicóptero pra cancelar.
Tínhamos
feito a programação do dia, e dos outros também, baseado no passeio de
helicóptero. Voltamos então pro hostel pra tentar contato e remarcar, mas
falaram que tinha dado problema mecânico e eles não estavam remarcando, apenas
cancelando. Toda essa história “da frustração pra salvação” pode ser conferida
aqui: Acidente
de Helicóptero.
Fomos
então pro Mc Donalds, comer alguma coisa e pensar no que iríamos fazer.
Enquanto mandamos 3 cheeseburgers, fries e uma large coke (sempre no ice, ou
vem só gelo!) por U$ 8,00, decidimos por adiantar a programação e ir pra Hanauma Bay.
Pegamos
o ônibus 22 rumo ao nosso novo destino do dia, com uns 40 minutos de
deslocamento até lá. Chegamos por volta das 15:00 em Hanauma Bay, que fica logo
em frente ao Koko Head.
O
ônibus deixa no estacionamento, que é uma parte mais elevada em relação ao
nível da praia. Dalí temos uma vista simplesmente I-N-C-R-Í-V-E-L! O lugar é
fantástico, um cenário perfeito.
A
entrada é U$ 7,50 por pessoa, que pela beleza do lugar é uma mixaria. É
necessário estar ligado, pois tem um número limitado de pessoas que podem
entrar por dia. O local recebe anualmente milhões de turistas, mas felizmente
estava bem tranquilo, sem restrições. A baía abre pra visitas as 6:00 e fecha
as 18:00. Ah, um detalhe importante é que Hanauma Bay fica fechada todas terças-feiras
(para descanso do local).
Logo
que chega é necessário assistir um vídeo de uns 10 minutos, que explica a formação
daquele lugar singular no planeta Terra e toda a questão de cuidados e
preservação necessários.
Hanauma
era na realidade uma cratera em forma de cone, onde um canto voltado pro oceano
se desfez e acabou por formar uma baía perfeita, com bastante fauna marinha.
Foi eleita a praia número 1 dos Estados Unidos para o ano de 2016. Foi declarada
uma área de conservação da vida marinha protegida e parque subaquático em 1967.
Koko Head. |
Após
ver o vídeo é necessário descer até a beira da praia. É uma descida, e
posteriormente subida, um pouco extensa. Aos mais preguiçosos tem como
contratar um ônibus pra fazer o percurso.
A
estrutura na beira da praia é muito legal, com árvores, gramado, coqueiros e
banheiros. Lá em cima tem uma loja de souvenirs e um snack bar, mas na praia não
tem nenhuma lancheria ou qualquer outra coisa, é necessário levar de casa. Só
tem um local que explica a fauna marinha, pra identificar as possíveis espécies
a serem observadas, assim como pra alugar snorkelling - U$ 20,00 o kit
completo.
Cuidado com o tubarão! |
O
snorkelling é o grande objetivo desse passeio, pois como dá pra observar na
foto com a vista de cima, tem muito coral. A diversidade de espécies não é tão
grande (se compararmos com alguns já feitos em Fiji ou Tailândia), mas o coral
fica bem próximo e em abundância. Basicamente, qualquer pessoa que desejar pode
fazer, pois é bem fácil. Lembrando que a ideia é sempre cuidar pra não
tocar no coral ou peixes, mantendo a preservação.
Ficamos
até umas 17:00 por lá, quando o sol já começa a ficar escasso na praia, uma vez
que o local é um grande buraco. Pegamos então o ônibus de volta pro nosso
hostel em Waikiki.
Chegamos
no hostel e eu simplesmente capotei. A Thay e o Pedro aproveitaram pra ir dar
uma volta pelas lojas. Era umas 20:00 quando me acordaram pra fazermos uma
janta com o casal de argentinos. Numa distância de duas quadras do hostel tem um mercado onde
pudemos comprar carne.
Fizemos
um BBQ argentino-gaúcho-americano. Essa é uma das vantagens de ficar em hostel:
a facilidade de conhecer pessoas e a interação e troca de conhecimentos, ideias
e cultura. A janta estava top top top! E saiu apenas U$ 14,00 pra cada um.
Por
volta das 23:00 fomos dormir, com a comida e sono em dia acredito que amanhã já
conseguimos entrar no fuso horário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário