Chegou
o grande dia, quer dizer, o dia do embarque. O grande dia é um pouco mais pra
frente.
O
dia do embarque começou antes das 6:00, pois demarcamos a casa dos meus sogros
como ponto de encontro do pessoal, de onde sairia o micro-ônibus rumo ao
aeroporto de Porto Alegre. Dessa maneira, nos organizamos de uma forma em que
alguns passavam pegar os outros pra que tivesse lugar pros carros ficarem esses
dias em local seguro.
Era
quase 7:00 quando saímos rumo a Porto Alegre. Um pouco de tensão, tentando
pensar se tudo estava ok, em termos de documentação, frente aos sustos que
tivemos no dia de ontem. Até entrei rapidamente na internet pra dar um double
check e verificar se o Henrique, por ter apenas 2 anos, não precisava de nenhum
documento extra pra viajar, além do passaporte. Mas está tudo certo mesmo! Só é
interessante deixar a dica, que o passaporte do Henrique era o antigo, mas o
modelo novo não tem filiação, dessa maneira é necessário levar um documento
junto (certidão de nascimento) que comprove que os pais realmente são os pais.
No
caminho já entreguei as pastas ao pessoal, uma por quarto, com eticket, booking
dos hotéis, apólice do seguro e etc. Tudo que era necessário pra check in e
outros procedimentos que viriam a acontecer.
Como
de praxe, paradinha básica na Casa das Cucas pra garantir uma refeição forte
antes da saga de voos e aeroporto começar.
Era
9:30 quando chegamos no aeroporto e toda galera fez o check in. Tudo percorreu
bem e fomos pra área de embarque. Sobre as comidas do Henrique, como ele é
criança, é possível passar pelo raio-x com líquidos, pastas e etc. Assim os
pais podem alimentar o nenê ao longo da viagem.
Entramos
e já estava na hora do embarque. Felizmente começamos a viagem com o tempo bem
certinho, nada de atrasos e também nenhuma espera.
Prontos pro embarque! |
O
nosso primeiro voo é de Porto Alegre ao Panamá. Primeira experiência voando de
Copa Airlines e confesso que foi positiva. A aeronave é nova, com telas
individuais, disposição do avião 3 – 3 lugares. A comida servida foi uma das
melhores que já comemos em voo, um escondidinho de frango, salada, bisnaga de
pão e manteiga e um bolinho de chocolate. Outra surpresa foram os talheres de
metais, felizmente podíamos comer sem ter aquele cuidado máximo pra não fazer
muita força e quebrar os talheres de plástico. Antes de chegar no Panamá, rolou
mais um lanchinho também. E a equipe de comissários e comissárias sempre foi
muito atenciosa.
Mas
voltando um pouquinho, entramos no voo e ficamos divididos em basicamente dois
grandes grupos por conta dos lugares disponíveis na hora de marcar. Alguns bem
na frente e outros lá atrás. Enquanto nos organizávamos pro avião decolar o
piloto se apresentou, deu os avisos padrões e um parabéns ao grupo dos noivos
Érick e Thayane. O Carioca concretizou com sucesso a sua primeira missão como
padrinho do casamento.
Ao
servirem a refeição os comissários nos deram parabéns e até fizeram um drink
especial pra nós, uma sangria. A notícia do drink se espalhou e logo todo mundo
também foi contemplado com esse agrado da equipe do voo.
Vale
ressaltar que as roupas pro casamento, principalmente dos noivos, estavam nas bagagens
de mão. Evitando correr o risco da mala ser extraviada e a roupa ficar pelo
caminho. A minha era fácil de alocar dentro de uma mala, mas a Thay trouxe o
vestido dentro de uma capa, a qual a tripulação mesmo se certificava de deixar
pendurada em algum local em que não corresse o risco de amassar.
O drink dos noivos. |
Chegamos
no aeroporto do Panamá por volta das 17:30 do horário local, onde tínhamos uma
escala de quase 2 horas. Provavelmente vocês já ouviram falar sobre o aeroporto
do Panamá, o Duty Free, que vale a pena fazer compras. Inclusive muitas
agências indicam, normalmente no voo de volta, fazer uma escala longa pra
aproveitar nesse sentido. Eu discordo totalmente. Os preços não são tão
atrativos assim e nem tem tanta loja pra ter que ficar horas no aeroporto. Além
disso, ele é meio bagunçado. No nosso terminal de embarque simplesmente não
tinha local pra sentar. Tinham muitos embarques e pouquíssimas cadeiras. Então
fomos nos espalhando pelo chão mesmo, até a hora do próximo embarque.
Portões de embarque meio bagunçado. |
O negócio é ir pro chão mesmo. |
Apropriada!
|
A
boa notícia é que a essa altura o Henrique já estava bem melhor, depois do
susto que deu durante a semana. Pelo jeito as afitas na boca deram uma trégua e
ele já estava conseguindo comer coisas mais sólidas sem machucar. A notícia
ruim é que poucos minutos antes do embarque a minha mãe se deu conta que não
estava com a sua câmera fotográfica. Então falamos com o pessoal da Copa que
estava organizando o nosso próximo embarque e a câmera foi localizado na
aeronave anterior. Precisavam apenas trazer até nós. Assim o pessoal todo embarcou
e eu fiquei aguardando, o voo inteiro embarcou e a câmera não tinha chego
ainda, podendo levar mais uns 20 minutos. Combinamos então deles deixarem no
Lost & Found e pegarmos a câmera no retorno. A moça só me aconselhou avisar
o pessoal da Copa em Cancun que contatasse o aeroporto do Panamá e confirmasse
que retiraríamos na escala que temos nos voos de volta.
Nesse
segundo voo ficamos quase todos reunidos, formando a galera do fundão. Foi um
voo tranquilo, mais curto que o anterior.
Chegamos
em Cancun, desembarcamos e fomos pra imigração. Esperamos na fila, todos
passamos e ficamos esperando as bagagens chegar. E elas demoraram. E demoraram
mais um pouco. Provavelmente estavam passando por revista ou algo do gênero.
Mas quando chegaram, algumas estavam sujas, com marcas de pés em cima e a da
minha tia até aberta estava. Ela deu uma olhada por cima e não deu falta de
nada. Mas se já existe descaso com as bagagens em aeroportos, ali me pareceu
pior ainda.
E as malas? Espera... |
Reunimos
o pessoal e saímos, logo encontramos o transfer. Apesar de já ser quase 23:00,
solicitei que aguardasse um pouco pra que eu pudesse ir falar com o pessoal da
Copa e avisar sobre a máquina que ficou no Panamá. Porém, não tinha ninguém da
Copa. Na realidade, já não tinha mais muita gente no aeroporto como um todo.
Fomos
em 3 vans. O transfer foi rapidinho, cerca de 5 minutos até o hotel Confort
Inn. Esse é o hotel que ficaremos a primeira noite, próximo do aeroporto,
devido ao voo cancelado da Copa e adiantamento da vinda em um dia. Logo na
chegada do transfer ao hotel o pessoal conheceu uma famosa palavra no México: “propina”.
É a nossa gorjeta, que eles pedem pra tudo e a toda hora. Como eu já sabia da
possibilidade e do costume deles, no percurso mesmo já levantamos 5 dólares pra
deixar ao motorista da nossa van.
O
Confort Inn é um hotel bom, simples, na medida pro que precisávamos naquela
noite. Todo o pessoal fez check in e se encaminharam aos quartos. Já era mais
de meia noite. Próximo do hotel tem um Subway e uma 7 Eleven, assim quem estava
com fome pode pegar um lanche ou comer um sanduba antes de ir dormir.
O
quarto tinha duas camas de casal. No estado que estávamos, tomamos um banho e
capotamos um em cada cama, pra poder se esticar bem e relaxar pra aproveitar ao
máximo os próximos dias.
Já que ainda não somos casados, um em cada cama! xD |
A
essa altura do campeonato o cansaço não era apenas físico, mas na cabeça também.
Pra nós, que estamos acostumados a viajar sozinhos, viajar em grupo era um
desafio novo. Obviamente que já tínhamos uma prévia de como ia ser desde que começamos
com essa idéia do casamento em outro país. E um dos objetivos era justamente
esse: viajar todo mundo junto.
Também sabíamos que ao contratar o pacote pela
Egali eu assumiria dois papéis, primeiro: de noivo, e o segundo: agente de
viagens. O que acabou me deixando um pouco desgastado nessa fase inicial, pois
eram muitos detalhes a serem pensados, conferidos, repassados, avisados e assim
vai. E como nós dois estamos mais acostumados a viajar, e pra muitos era a
primeira viagem internacional, muita coisa era novidade e os procedimentos eram
ainda desconhecidos. Até ali a todo momento eu estava em alerta, procurando me
certificar de que tudo estava ocorrendo bem, tendo a Thay como minha fiél escudeira.
Mas o pessoal se virou bem e o grupo em que estávamos era muito bom. Certamente
todos ganhamos bastante experiência pra nos virar melhor ainda nas próximas
viagens a serem realizadas.
Mais alguns detalhes e dicas sobre como é viajar com criança pequena clicando aqui.
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