Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.
Enjoy it!
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Day # 3 - Londres
Felizmente
consegui dormir novamente durante grande parte do voo. Era por volta das 6am
quando o avião pousou no Heatrow Airport, em Londres. Seguimos caminho rumo a
imigração, me agilizei porque a imigração de Londres é conhecida pelas suas
longas e demoradas filas. É importante prestar atenção que é necessário
preencher um formulário (Landing Card), que não foi entregue no voo e fica
disponível em bancadas onde inicia a fila da imigração. Peguei o meu e fui
preenchendo, mas muitas pessoas chegavam lá na frente e se davam conta, daí
tinham que preencher tudo, atrapalhando todo o fluxo.
Chegando
na imigração fiquei olhando os oficiais, e logo avistei uns mais simpáticos,
outros neutros e um ranzinza. Adivinha em qual eu fui cair? Nesse mesmo.
Perguntou da onde eu vinha, o que eu ia fazer e quanto tempo ia ficar. Estanhou
que eu estava vindo da Addis Ababa na Etiópia e pediu que eu mostrasse o
eticket. Pediu se o endereço que eu tinha colocado era do hotel. Expliquei que
era da acomodação, mas que era uma casa estudantil. Então pediu a carta de
comprovação e quanto eu havia pago pela acomodação e pela passagem. Expliquei
que era uma viagem a trabalho. Ele aproveitou então pra pedir se eu tinha a
carta convite das escolas que vou visitar, expliquei que apenas por email,
então ele me fez ligar o notebook. Enquanto eu ligava, pediu se era minha
primeira vez no UK e depois se era a primeira vez que eu estava saindo do
Brasil. Quando eu comentei que já tinha morado nos EUA e Austrália o semblante dele
mudou um pouco, em seguida ele viu os emails, e ainda sem simpatia nenhuma
carimbou meu passaporte e concedeu o visto por 6 meses.
Peguei
as bagagens e segui junto com as gurias de São Paulo e mais um brasileiro que
encontramos pelo caminho para o metrô, que leva o nome de Underground. Como o
aeroporto está na zona 6, não peguei o passe semanal do Oyster, apenas um
single ticket no valor de £ 5,70.
Como pegar o Underground no aeroporto? Só seguir a sinalização.
A linha que sai do Heatrow é a Piccadilly Line. Desci em Earl’s Court Station,
onde precisei mudar pra District Line. É super tranquilo de fazer as trocas,
sempre muito bem sinalizado. Mas confesso que o metrô estava lotado e em certo
momento fiquei exprimido em um canto. No caminho já deu pra ver a arquitetura
típica londrina, casas muito similares, com cores neutras, em sua maioria de
tijolo a vista.
A clássica frase do metro londrino:
“Please mind the
gap between the train and the platform. This is ______ Station.”
Cheguei
na minha estação final: East Putney. Procurei o endereço, mas não encontrava,
porque a rua Askill Drive não é bem uma rua, é apenas uma entrada. Pedindo
informações consegui encontrar o local certo. Vou ficar em uma das casas do Cortisso. Cheguei pouco
mais de 8am, e dei sorte que o André estava faltando aula e abriu a porta pra
mim.
O André é um brasileiro de São Paulo, que veio estudar junto com a esposa em
Londres. Ele vai ficar 2 meses no total e ela ficou 1 mês. Vou dividir o quarto
com ele. É super gente boa e já foi me ajudando, dando dicas e explicando um
pouco mais sobre tudo por aqui.
Logo
fui tomar um banho, que a essa altura da viagem era tudo que eu mais desejava.
Em seguida dei uma organizada nas coisas e depois trabalhei um pouco, bastante
coisa pra colocar em dia, depois de 2 dias em deslocamento.
Em
seguida conheci o italiano, o Gabriele (sim, pra nós o nome é feminino e ele
mesmo já sabe e brinca com isso), e a portuguesa, a Marisa, que moram aqui na
casa também. É um apartamento de dois andares em um bloco com 4 apartamentos,
com 6 quartos e 2 banheiros, onde cabe de 10 a 12 pessoas. No momento somos em
9, com dois italianos, uma portuguesa e os demais são brasileiros.
O quarto.
A cozinha.
O pessoal estava afim de ir almoçar em Camden Town, aproveitei pra conhecer uma
das regiões mais famosas de Londres. A ida foi de metrô (sempre!), que está
sempre bombando. É interessante ver como todo mundo usa o transporte público.
Seja pra trabalho, lazer, individualmente, famílias, a primeira opção de
transporte dentro de Londres é o metrô. Incrível mesmo é ver como tantas
linhas, com tantos cruzamentos, e sendo usando por tantas pessoas consegue
funcionar de maneira tão eficaz. Quase uma utopia.
É
importante ficar ligado! Londres tem um movimento frenético, todo mundo com
pressa, e o metrô é um reflexo dessa correria. Portanto, principalmente nas
escadas rolante, tem que ficar atento e permanecer na direita, pois a galera
com pressa vai passar voando pela esquerda. Há várias sinalizações de “Stand on
the right”, pra lembrar o pessoal desavisado.
O que mais chamou a minha atenção, além da enorme cobertura e número de linhas do Underground, foi a facilidade que é a locomoção para trocar de linhas. Além das indicações claríssimas, ao sair do trem já tem as indicações de "Way Out", pra quem deseja sair da estação, ou das demais linhas com parada na estação em questão. Basta seguir o indicado e entrar nos túneis corretos que já saem direto na linha desejada, ao final "Eastbound" e "Westbound" ou "Northbound" e "Southbound" com as próximas paradas, pra ter certeza que está pegando o trem pro lado correto.
Oyster Card e Tube Map.
Indicação que essa é uma estação de metrô (de cima) e trem (de baixo).
East Putney Station.
Indicação das próximas paradas e possíveis trocas de linhas de cada estação.
Indicação para troca de linha ou Way Out.
Não tem erro! Só seguir pelos corredores indicados.
Southbound: para as paradas a seguir. Northbound: para as paradas do lado inverso.
Eastbound: para as paradas a seguir. Westbound: para as paradas do lado inverso.
Horário dos próximos trens.
"Stand on the right".
O uso de passe errado, multa de £ 80,00.
Ainda sobre o metrô, uma dúvida frequente é quanto ao tempo de deslocamento. Onde estou ficando é divisa da Zona 2 com a Zona 3, e o tempo até a região central é de aproximadamente 40 minutos, sendo que a District Line é uma linha mais devagar, tem linhas que são mais rápidas. Em geral, 40 minutos de deslocamento para a região central é um prazo normal, considerando zonas residenciais. Para verificar como se deslocar em Londres, tempo de cada jornada, trocas de linhas, envolvendo ônibus, metrô e trem há duas alternativas:
De qualquer forma, o tempo passa de uma maneira rápida. E quem precisa de uma ajuda para se entreter, já pode aproveitar pra ficar atualizado com as notícias do país e do mundo. Logo pela manhã é distribuido gratuitamente o Metro e a tarde o Evening Standard, dois jornais com muitas noticias e comumente lido pelos londrinos durante suas idas e vindas pelo underground.
Chegamos
em Camden Town, que é um bairro alternativo, com estilos não tão usuais. Na
realidade, logo que tu chega parece um camelódromo, com muitas lojinhas de
souvenirs, roupas e etc. Mas o bairro é muito mais que isso. Superou muito as
minhas expectativas.
Um ponto legal é Camden Lock, onde tem diversas lojinhas, uma feira de arts & crafts e
galerias. Ao lado, um canal que dá um charme a essa área de Londres famosa por ser mais alternativa.
Mas o highlight de Camden Lock é uma uma feira com barraquinhas de comidas de tudo que é lugar do mundo.
É muito bacana! São tantas opções (e boas!) que fica muito difícil escolher.
Em
certo momento vimos uma banca escrito ”Churrasco”. Eu expliquei pro italiano
que é uma comida típica do meu estado, o Rio Grande do Sul. Ele então disse que
conhecia por ser uma comida típica da Argentina. Então decidimos pedir a nacionalidade
do cara da banca, pra tirar a prova real. A resposta foi: “I’m Polish!”. Ao ver
que não era essa a resposta que esperávamos, porque com certeza não é uma
comida típica da Polônia, ele emendou: “Welcome to London!”.
Eu
escolhi um wrap de falafel, que custou £ 5,00. Uma latinha de Coca-Cola foi £
1,00. Ficamos então na beira do rio, curtindo a vibe, porque é um local com um
clima bem bacana, e nos deliciando com as comidas. Outro ponto interessante é
que aquela hora, pouco mais de meio dia, muitas pessoas já emendavam grandes
copos de cerveja aos seus almoços, algo que parece ser habitual, mas não tão
comum a nós.
A gente deu mais uma volta e depois voltamos ao metrô. O Gabriele, guia da vez,
se atrapalhou um pouco e descemos na estação errada. Depois entramos no trem,
mas estávamos indo pro lado contrário. Descemos e pegamos o trem do lado certo,
O legal é que em seguida já estava tudo no prumo e na direção correta. O melhor
ainda é que com o passe do Oyster pode usar o metrô
o quanto desejar. Eu peguei o passe semanal das Zonas 1 e 2, o valor é £ 31,40
+ £ 5,00 pelo cartão.
Para
todos os passes do transporte público em Londres clique aqui.
Descemos
em St James, pra ir no escritório da Egali. O legal é que nas ruas tem pequenos
mapas, onde mostra onde estamos, a região aproximada (walking distance: 5
minutos) e a região um pouco mais ampla (walking distance: 15. Minutos). Realmente,
não tem como se perder em Londres.
Egali Londres: Suite 5.16 – 5° andar – 83 Victoria St London SW1H 0HW (+44 786 941 9093)
Dei
uma passada no escritório da Egali, onde estava o Felipe e mais alguns alunos.
Em seguida seguimos caminhando, pois é perto da região mais turística da
cidade: Westminster.
Logo
passamos pelo Parlamento Inglês, Palácio e Abadia de Westminster e Big Ben.
English Parliament.
Vista do London Eye.
Galera tumultuando a ponte em busca do melhor ângulo.
Cruzamos
a Ponte de Westminster até o London Eye.
Thames River.
A clássica.
Continuamos
caminhando pela região de South Bank, a beira do Rio Tâmisa. Que conta com
diversas atrações interessantes e agradáveis.
Fomos
pra estação de Waterloo, rumo a estação de London Bridge. Fomos em um pub
chamado Vinopolis Piazza, que é em um lugar bem bacana, meio retirado, que
conta com uma vinícola e frequentado em sua maioria por ingleses. Engraçado que
não era 5pm e já estava com um movimento muito intenso. Aliás, pub é o que não
falta em Londres, e àquela hora todos já estavam praticamente lotados.
Ficamos
assistindo Itália x Costa Rica, eu, o André e a Marisa. Mais uma surpreendente
vitória nessa Copa do Mundo, da Costa Rica! Eu comprei um copo de Coca Cola,
por £ 2,25. Uma pint (568ml) de cerveja fica na volta de £ 4,50.
Depois
do jogo fomos na London Bridge, que tem a vista pra Tower Bridge, que é a mais
bonita e famosa ponte de Londres.
Tower Bridge.
Chegando
de volta em East Putney fiquei pelo mercado, pra comprar o básico pra casa e
mais alguns condimentos. Os três mercado mais famosos de Londres são: Tesco, Sainsbury’s e o Co-operative. Aqui perto tem os dois últimos e fui no
Co-operative. Não é muito grande, mas tem o necessário e principalmente:
comidas prontas que são boas e baratas. A primeira impressão é que o custo de
vida é caro, porque sempre multiplicamos por 4. No entanto, analisando a vida
das pessoas que vivem aqui e recebem salário aqui, Londres não tem um custo de
vida tão caro assim. E pros brasileiros que vem pra cá, é necessário controlar
os gastos, mas não pode virar uma obsessão. Lembrem-se da frase: quem converte
não se diverte!
Ainda sobre dinheiro, tem dois fatos interessantes. Primeiro, sobre as notas, que são muito grandes, que quase nem cabem na carteira. Segundo, sobre as moedas, que tem de £ 0,01, £ 0,02, £ 0,05, £ 0,10, £ 0,25, £ 0,50, £ 1,00 e £ 2,00, e são muito comum o seu uso, com os trocos sempre corretos. Os centavos são chamados de pence (penny, quando singular - £ 0,01), enquanto os valores em libra são chamados de pounds.
Notas maiores que a carteira.
Chegando
em casa, foquei no trabalho, pra manter tudo em dia. Conversei com a Thay e
quando me dei conta era 10pm. Eu não fazia a mínima ideia que já era tão tarde,
porque simplesmente ainda estava claro as 10 horas da noite. Surpreendente!
Mais de 10pm e o céu ainda claro.
Em
seguida, hora de ir pra cama e ter o merecido descanso depois de 2 dias entre
aeroportos e aviões e um primeiro dia intenso em Londres.
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