Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.

Enjoy it!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Day # 47 - Indonésia

A Thay acordou bem cedo, as 6am, pra ir com a Thaís passear com a Kimura na praia. Eu acordei um pouco depois e comecei a arrumar todas as coisas. É um pouco complicado saber por onde começar: mochila, mala da viagem, mala que vai levar para o Brasil, tirar o que fica, separar o que levaremos e etc. Um alívio foi deixar todas as coisas da Nova Zelândia: casacos, blusões, calças e cobertores. Tanto a minha mala como a da Thay ficaram pela metade para levarmos na viagem daqui pra frente. Felizmente será bastante calor e necessidade de levar pouca roupa. Em relação as malas que levaremos de volta para o Brasil, eu estou com uma cheia, além das pranchas. Basicamente a minha cota já era. A Thay encheu apenas uma mala e ainda tem mais uma para encher. No momento, todas as coisas que temos não encheria uma segunda mala. De repente nem precisaremos comprar uma mala extra.

Subimos de manhã cedo com a Thaís pra City. Enquanto a Thay foi ver o pessoal do café que ela trabalhava, eu fui na Harvey & Norman tentar trocar a câmera a prova d’água que não liga mais. Infelizmente eles vão mandar a câmera para concerto e só fica pronto daqui 3 semanas. Eu ia comprar outra baratinha pra levar pro resto da viagem, mas achamos melhor deixar pra comprar na Indonésia.

Em seguida fui lá no café da Thay esperar ela e depois seguimos com a Thaís até a Egali. Vou confessar que foi mais fácil do que eu pensava me desligar do trabalho e apenas curtir a viagem. Como diz a Thayane, acho que agora o blog pegou o lugar e faz com que eu use meu tempo livre para isso. Afinal, ficar sem fazer nada pra mim é bem complicado. Algo que herdei da minha infância, onde sempre precisei do pai e da mãe em alerta, frente aos cortes, machucados, dentes e braço quebrado que vinham como consequência de não saber ficar sem fazer nada. Mas no final até que bateu uma saudade do trabalho e da vida de Sydney.

Depois fomos no banco, verificar qual a opção para perdermos menos dinheiro em taxas de transação internacional, saque e etc. Nosso banco é o Commonwealth e confirmamos as taxas. Para qualquer uso do cartão do banco no exterior é aplicado uma taxa de 2,5%. Para saque, mantem a taxa de 2,5% + $ 5,00 (flat fee). Nessa situação o melhor é usar o cartão de crédito e evitar a taxa do saque. Mas na realidade a melhor opção foi fazermos um Travel Money no meu nome e carregá-lo em dólar australiano. Para usar o Travel Money no exterior não há nenhuma taxa, apenas é realizada a conversão do dólar australiano para moeda local, conforme a taxa de conversão do banco (que pode ser verificada através do net banking ou então baixando um app no celular). Decidimos então deixar uma grana de emergências nas nossas contas e colocar a maioria do valor no VTM.  Para a primeira recarga não há taxa nenhuma. Para futuras recargas, uma taxa de 1% sobre o valor colocado. Outra decisão foi a de levarmos uma certa quantidade em dólar australiano, para trocarmos nas casas de câmbio locais. Principalmente porque nem tudo pode ser pago no cartão, sempre é necessário ter cash em mãos. Dessa maneira evitamos a taxa do saque. Eu sei, um pouco complicado todas essas taxas e valores, mas esse é o resumo de meia hora de conversa em apenas um parágrafo.

Do banco passamos na farmácia. Protetor solar, repelente, shampoo e condicionador em potes menores, além de gaze e band aid pro machucado da Thayane. Já era quase meio dia quando pegamos o ônibus de volta pra casa do Silveira e da Thaís. Chegamos, arrumamos tudo, checamos se não faltava nada, principalmente: passaportes, carteiras, celulares e netbook.

Dando tchau pra Kimura, que tá cada vez maior.

Pegamos o ônibus até Maroubra Junction e reencontramos um conhecido da viagem: Mc Donalds e o seu “Loose Change Menu”. Poucos minutos depois pegamos o ônibus até o aeroporto. Fizemos o check in e ainda consegui trocar os NZ$ 9,00 em moeda que eu achei que não teria mais jeito de trocar. Fomos na Travelex e reavemos em AU$. Já em seguida seguimos para área de embarque. Dessa vez, bem diferente da anterior, sem nada de fila. Entregamos o formulário de saída, recebemos o carimbo no passaporte e seguimos rumo ao portão 33 para o voo JQ37. No entanto, após passar no raio-x de saída, mais uma vez fui parado para fazer um segundo check. Já está virando padrão eu ser parado na Austrália para uma segunda revista. Mas é bem de boa e eles são super educados enquanto passam o detector de metais e revistam a bagagem de mão.

 Por garantia, foto das malas pra mostrar como elas entraram no check in.

No caminho achamos em uma das lojas Duty Free 3 barras grandes de Toblerone por apenas AU$ 20,00 e garantimos o snack para o próximo voo. Na realidade, tem chocolate para os próximos 9 voos que ainda temos pela frente nessa trip.


Ainda havia bastante tempo para o embarque das 5:20pm. Felizmente o aeroporto de Sydney tem internet de graça. Basta fazer um cadastro e tá tudo liberado, pelo menos durante a mais de uma hora que ficamos usando.

Seguimos para o embarque. Finalmente um avião maior. Um Airbus A330-200 com 8 fileiras e até business class tem. Infelizmente nem água e café é de graça. Em um voo de 6 horas e meia fica um pouco complicado de não tomar nada. Nos obrigamos a pegar um suco de laranja (AU$ 3,00). Aproveitamos e zeramos os NZ$ 3,80 que ainda havia no Travel Money de dólar neo zelandês.

Chegamos em Bali por volta das 10:15. Descemos do avião e seguimos para o guichê para pegar o visto. Melhor, para pagar o visto. O valor para até um mês de visto é U$ 25,00 e pode ser pago tanto em cash, como em cartão de crédito. Após o pagamento do visto, seguimos para imigração. Na imigração foi tudo tranquilo, apenas pediram pra Thay para verem o nosso voo de saída da Indonésia. No mais, tudo de boa, colaram o visto e seguimos pegar as malas.

Mais um visto nos passaportes.

Na hora de pegar as malas uma situação um pouco estranha. Haviam diversos caras com um uniforme escrito “Porter”. Um deles pediu qual era a minha mala, pegou ela da esteira, o outro pegou a mochila das minhas costas e levaram comigo pra fila para passar no raio-x da alfândega. E o mesmo aconteceu com a Thay. De primeira achei que eram agentes da alfândega que iriam revistar as nossas coisas, mas depois vimos que ninguém deixava eles pegarem as malas, uma pequena minoria. Então em seguida pegamos as malas de volta e carregamos nós mesmos. Pelo que vimos deveriam ser taxistas em busca de clientes.

Passamos pelo raio-x e seguimos para a área de desembarque. Antes trocamos AU$ 100,00. No aerporto há diversas bancas pra trocar moeda, uma do lado da outra, o valor pago foi IRP 9.400,00 para cada dólar australiano. O Sandy estava por lá com a placa com o meu nome. O Sandy foi o motorista que o Hermann e a Joanna nos indicaram para nos levar conhecer Bali. Pedimos pro Sandy quem eram aqueles caras da mala e ele explicou que são caras que levam as malas do pessoal, mas que devem ser pagos no final.

Logo que saímos na rua do aeroporto já sentimos um bafo quente, mesmo sendo 11pm. Como estávamos chegando de Sydney, estávamos com blusão e tudo mais, que me obriguei a tirar na hora. O Sandy explicou que Bali tem duas estações no ano: a dry e a wet. E ainda estamos na dry season. Era de noite mas já conseguimos ter uma noção de como é Bali. Ficamos apavorados com a quantidade de motos 50 e 100 cilindradas que rodam por aqui.

O trânsito é um pouco difícil de entender, mas está longe de ser caótico. As diversas motos surgem de todos os lados e nos cruzamentos que não tem sinaleira não há muito uma lógica com preferencial. Basicamente os carros vem, dai o carro que quer dobrar vai se enfiando, os outros param, ele passa, os outros continuam e assim eles se entendem.

O Sandy nos deixou no hotel e já progamamos basicamente o que faremos por aqui e combinamos um horário para ele pegar a gente amanhã de manhã. Estamos no Fave Hotel. Achei esse hotel através do site que o Alemão me passou: Agoda. Esse site é uma ótima opção pra conseguir hotéis conforme o budget que você deseja. Basta selecionar a cidade e verificar o valor do hotel, todos com desconto. Além das facilidades, fotos e mais informações sobre o hotel, você também pode verificar a avaliação de pessoas que já ficaram hospedadas.


Estamos pagando AU$ 32,00 pela diária no hotel. O hotel é bom, quarto confortável. O melhor até agora. O staff é bem simpático. Possui piscina, spa, entre outras facilidades. O hotel está localizado em Seminyak, a 10 minutos caminhando da praia. Basicamente tem Kuta, Legian e Seminyak é a próxima. Conversei com o Sandy e ele disse que a região era boa para ficarmos. Aproveitei e já bookei por mais 3 noites. Conversei com o pessoal da recepção e eles falaram que para pagar o mesmo preço eu precisava bookar de novo pelo Agoda, pois diretamente com eles o valor seria o normal. O valor no site estava ainda mais barato: AU$ 26,00 por noite, isso equivale a mais do que 50% de desconto sobre o valor normal do quarto.

Já era mais de meia noite quando saímos para achar um lugar para jantar. Demos uma olhada ali na volta do hotel e achamos um restaurante bem simples, quase ao lado. Complicado foi entender o menu. Apesar do nome da comida ser na língua local e inglês também, não entendia como era preparado, molho e etc. No final achei uma massa chamada Mie Goreng. É uma massa frita com vegetais e um tipo de carne (frango ou gado) ou frutos do mar. Aproveitei e já anotei o nome pois foi uma boa escolha. Uma grande surpresa foi o valor que pagamos, com mais 2 sucos de laranja, IRP 81.400,00, aproximadamente AU$ 9,00.

No início é bem complicado se achar em meio a tantos zeros. A maneira mais fácil de pensar é: IDR 10.000,00 = pouco mais de AU$ 1,00. Mas para não me perder em tantos zeros e números resolvi fazer uma colinha. Fiz uma tabela de 20 em 20 dólares, mais 10 e 1 com os respectivos valores em IDR. Assim posso dar uma olhada pra ter uma noção de quanto fica em AU$.


Hora de dormir, quase 2am, estamos bem cansado da viagem e amanhã temos que acordar cedo pra começar a explorar Bali.


Nenhum comentário:

Postar um comentário