Com essa história de terremoto na Indonésia e
ameaça de tsunami, faz a gente pensar em todos os medos que circulam na nossa
cabeça na hora de fazer um mochilão desses. Acredito que escondê-los ou
evitá-los não resolve nada, mas sim identificá-los, enfretá-los e pensar em
possíveis precauções ou soluções para o caso dos medos virem a se tornar realidade.
De cara vamos pensar no pior, uma tragédia:
tsunamis, terremotos, queda de avião, ataque de tubarão, cobra, aranha ou
qualquer outro animal perigoso, ataque terrorista entre diversas outras ultra
tragédias que existem a possibilidade de acontecer, apesar de remotas. Existe
algum controle que podemos ter sobre qualquer uma dessas situações?
Praticamente não! Talvez ficarmos atentos as notícias e evitar riscos, mas o
controle é praticamente zero. O que me deixa de certa forma mais tranquilo,
afinal se preocupar não vai resolver e nem ajudar em nada.
Algumas outras situações podem fazer com que em
algum momento da nossa trip soframos com uma grande dor de cabeça: voos
canceladas ou adiados, roubo, perda de documentos ou estradas bloqueadas, por
exemplo. De certa forma também não existe muito controle sobre tais situações,
mas existem soluções melhor cabíveis para cada uma delas. E para a maioria
desses problemas a precaução tem um nome: atenção. E a resolução tem outro
nome: cartão de crédito.
Chega de pensar no trágico. Vamos pensar na
realidade que nos aflige e tira o fôlego da Thayane. Hoje o maior medo a ser
enfrentado é a possível falta de dinheiro no meio da viagem. Afinal, uma viagem de 3 meses e meio
de férias com direito a fazer tudo que der vontade exige uma quantidade de
investimento razoavelmente alta. O ponto positivo é que a moeda em que ganhamos hoje
(dólar australiano) tem uma valorização muito melhor em relação as moedas para os
países que iremos viajar.
Entre cálculos e pesquisas chegamos a um objetivo:
$ 10.000,00 cada. Muito? Pouco? Só vamos descobrir no 103º dia dessa viagem. Entre
cálculos, pesquisas e opiniões esse pareceu o número mais coerente. Vai ser
possível juntarmos esse dinheiro ao final do nosso período de trabalho na
Austrália? Outra pergunta difícil! Afinal, muito do investimento já está sendo
pago através de bookings, emissões e compra de pacotes. No último dia é que
poderemos saber se o valor que resta em nossas contas, mais o valor investido
até aquele momento, será o resultado esperado.
E será que isso será realmente o suficiente? Ou
será que vai sobrar? Se sobrar, ótimo! Se faltar, de alguma forma teremos que
dar um jeito. A única certeza que eu tenho é que valerá mais a pena chegar com
uma dívida no Brasil, nem que eu tenha que ficar alguns meses sem gastar
absolutamente nada para quitá-la, do que deixar de fazer qualquer coisa.
Afinal, só a passagem para vir futuramente não compensará a economia de agora.
E o arrependimento futuramente por ter deixado de fazer alguma coisa de
especial na nossa trip não ajudará a pagar para fazermos futuramente.
Porém, uma coisa precisa ficar bem clara: não
conseguiremos fazer exatamento tudo que desejamos. Mas podemos priorizar, saber
a hora de gastar e a hora de economizar. Essa viagem será mais uma grande
experiência para lidar ainda mais com gastos e os medos!
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