Depois
do longo dia anterior, foi uma das vezes mais fáceis pra conseguir dormir em um
voo. Logo depois da janta e acabar de assistir o filme, foi questão de poucos
minutos pra pegar no sono e assim seguir até cerca de 2 horas antes da
aterrissagem. Lógico, tu nunca dorme 100% no avião, mas já renovou as energias
pra encarar NYC.
Estava
sendo servido o café da manhã no avião. Era uma aeromoça um pouco fofoqueirinha,
que falou o que aconteceu ontem no vôo, o que acabou ocasionando todo o atraso.
Não sei se foi realmente assim, mas ela falou que primeiro o piloto foi
conferir as cargas e encontrou um erro no número, que seria fácil de alterar,
se fosse só isso. Porém, tinha gelo seco do lado de um cachorro, então
realmente a carga precisava ser alterada de lugar ou o cachorro ia chegar
durinho no final da viagem. E depois, segundo ela novamente, um passageiro
comprou uma passagem na classe executiva, mas cancelou. Depois ele comprou uma
normal, então embarcou com a tarifa econômica e sentou em um lugar vago na
classe executiva. Na contagem dos passageiros pegaram o erro, só que ele
mostrava o bilhete comprado na classe executiva (o que estava cancelado). A cia
então foi conferir e viu o “golpe”, e parece que não foi a primeira vez que
esse passageiro tentava fazer isso. Ele foi retirado do voo e está proibido de
viajar de AA.
O
avião pousou, era pouco mais de 8:00 no JFK Airport. Chegamos com 2 horas de
atraso. Fomos pra imigração, pegamos um pouco de fila, mas foi tudo tranquilo.
Pegamos as malas e seguimos pra área de desembarque. No aeroporto tem 30
minutos de internet gratuitos, aproveitei e acionei o Citymapper. Esse aplicativo é muito útil pra
indicar as rotas, caminhos e horários em diversas cidades ao redor do mundo.
Deixei cadastrado o percurso até o hotel, e o aplicativo mantem o nosso status
atualizado, mesmo offline.
Fomos
até o Airtrain e seguimos até a estação de metrô de Jamaica Station. Pegamos a
linha E em direração a Manhatttan. O valor do Airtrain é U$ 5,00 + U$ 31,00 o weekly
pass do metrô (e ônibus). Mais informações no site do transporte público de NYC.
Chegando no aeroporto, só seguir a placa do AirTrain. |
Indicação da linha. |
Estação do AirTrain. |
Percurso. |
AirTrain: $ 5,00 + Weekly Pass: $ 31,00. |
Jamaica Station, linha E rumo a Manhattan |
Dica importante: quem não se sente seguro em ir de metrô até Manhattan, acaba saindo mais em conta pegar um Shuttle, como o Go Airport ou Super Shuttle. Sai muito mais barato que um taxi ou transfer.
Tivemos
uma surpresa já na estação. É incrível, que em diversas estações de metrô tem
wifi gratuita. Assim era possível continuar conectado no aplicativo, mesmo ele
funcionando no modo offline, pra caso fosse necessário alguma alteração na
rota.
Enquanto a Tim me oferece internet por R$ 29,90 por dia o metrô de NYC me oferece de graça.
Foi
bem tranquilo de nos acharmos. O percurso levou cerca de 1 hora, até a 7th Av
com a 53rd St. Caminhamos duas quadras e já estávamos no Wellington Hotel. Esse
é um hotel clássico de NYC, super bem localizado, de onde já é possível ver a
Times Square ao sul e o Central Park ao norte.
Lucas tranquilo, e o painel digital acima indicando as próximas paradas. |
Logo na saída do metrô: HOPE. Em boa hora, depois do dia anterior. |
Wellington Hotel. |
Árvores ao fundo = Central Park. |
Luzes ao fundo = Times Square. |
Na
hora de fazer o check in, tudo certo com o Lucas, Fabrício e Magaly, uma vez
que eles estão dividindo quarto com o pessoal da Egali que chegou no vôo de
ontem a noite. Eu e a Thay só poderíamos fazer o check in as 15:00 e com uma
autorização do Brunno, pois as reservas estavam todas no nome dele. Além disso,
fui conferir a alteração das datas que eu tinha feito com o Booking.com e na
realidade foi avisado que o check in seria um dia depois, mas o check out
permanecia da mesma maneira.
Como
tem uma estação de metrô bem na esquina do hotel, acabou virando a nossa lan
house. Desci até a estação pra tentar resolver tudo. Como o Brunno estava em
algum lugar de NYC, mandei mensagem pra todos que eu tinha contato pra que ele
pudesse confirmar o nosso check in no hotel. Também avisei a Amanda,
responsável da Egali pela bookagem do hotel, pra tentar resolver a data do
check out com o Booking.com. Só que era sábado, e eu tive que incomodar ela bem
no dia de folga.
Entrada da lan house. |
Ainda resolvendo os percalços oriundos do atraso do voo. |
Mensagens
enviadas, deixamos as coisas no quarto do pessoal e fomos pra Times Square. Já
tinha passado do meio dia e queríamos comer algo. Adivinha qual a primeira
opção? Sim, Mc Donalds. Entrei no Mc Donalds e meus olhos foram reto no famoso
Dollar Menu. Double Cheesburger por U$ 1,99, salvando a fome de qualquer
brasileiro querendo economizar seus exímios dólares, ainda mais em época que o
dólar passa dos 3 pila. Além disso, tem wifi no Mc Donalds, e daí sim pudemos
avisar, com calma, o pessoal no Brasil que havíamos chego e já estávamos
curtindo a Big Apple.
Sim, depois de tudo: em NYC e na Times Square! |
Refeição típica? |
Dollar Menu *.* |
Estava
um pouco frio. Na realidade estava sol, mas com um vento gelado. Fomos então na
Best Buy, por indicação do Fábio, que trabalha no Marketing e entende muito
mais do que eu, pra comprar uma câmera, que segundo ele estava muito mais
barato que o preço no Brasil. Câmera comprada: Nikon D3200 DSLR com lentes
18-55mm e 55-200mm por U$ 499,99 + tax.
Brinquedo
novo na mão, era hora de explorar e registrar tudo! Com um porém, aprender a
usar a máquina, que é pra quem realmente entende. E já confesso: não foi fácil
e muitas fotos não saíram como o esperado.
Teste teste! |
Foco pra que? |
Como
a loja fica localizada na 44th St com a 5th Av, sugeri já darmos uma passada na
ONU (United Nations), que ficava próxima da loja. Seguimos então e no caminho
outra parada: Grand Central Station, localizada na 42nd St com a Park Av.
Inaugurada em 1903, mas oficialmente em 1913 quando passou a ter o nome de
Grand Central Terminal. São centenas de milhares de passageiros que usam o
terminal diariamente, sem contar a infinidade de turistas que vão conferir essa
clássica construção da cidade de New York.
O salão principal tem mais de 1.000 metros quadrados, com um relógio de quatro
faces localizado bem no centro e um fluxo constante de pessoas indo e vindo de
todas as direções. No teto do salão teto tem a pintura das constelações
representadas ao contrário.
Mas
a Grand Central também conta com galerias, restaurantes e lojas. Sem contar que
serve de cenário para muitos filmes, como: Os Intocáveis, MIB, Eu sou a lenda,
Os Vingadores, e até para animações como Madagascar.
Alguns filmes:
Depois
da Grand Central seguimos mais algumas quadras até o ONU. No caminho uma
surpresa: rua fechada e feira rolando.
Eu
diria que a sede da Organização das Nações Unidas (United Nations) não é um dos principais destinos turísticos da
cidade, apesar de receber milhões de pessoas anualmente. A ONU foi fundada em
1945, após a Segunda Guerra Mundial, enquanto a sua sede foi construída entre
1948 e 1952. Os arquitetos foram: Harrison & Abramovitz, Le Corbusier e o
brasileiríssimo Oscar Niemeyer. Fica localizada a beira do East River, com
entrada para os visitantes na 1st Av com a 46th St. É interessante que próximo
a sede há diversas embaixadas, de diversos países. É possível fazer um tour
pela sede, com mais informações nesse site: UN
Visitor Centre. Nós fizemos apenas uma visita rápida.
ONU indo pros ares em 3... 2... 1.... |
Cade as bandeiras? |
Lucas e sua embaixada favorita. |
Voltamos
de metrô e fomos dar um tempo no hotel. Era pouco mais de 15:00, horário que eu
e a Thay já poderíamos fazer o check in, mas o Brunno ainda não tinha passado
pelo hotel pra informar que éramos nós mesmos as pessoas do último quarto. Eu
mostrei a reserva pra moça da recepção onde constava o meu nome como hóspede,
além dos emails enviados informando sobre a mudança no dia da chegada, olhei
pra ela com uma cara de cansaço (pois realmente estava cansado) e falei: “Era
pra eu ter chego há mais de um dia aqui, fazem dois dias que estamos na função
de voo e aeroporto, a única coisa que eu quero é ir pro quarto, tomar um banho
e trocar de roupa. Como tu pode ver pelos papéis, tudo indica que realmente é
pra nós esse quarto.”. Enfim, ela respondeu que o certo mesmo não poderia
deixar, mas que iria fazer o nosso check in e qualquer coisa me ligaria. Ufa!!!
Pegamos as coisas, fomos pro quarto, tomamos um bom banho e ajeitamos tudo.
Finalmente! |
Encontramos o pessoal no saguão do hotel e fomos rumo a High Line. Pegamos a linha E e descemos na 8 Av – 14 St. Também conhecido como High Line Park, essa é uma região muito interessante de Manhattan, pois é um parque suspenso em um antigo trilho de trem, entre as ruas Gansevoort Street (um pouco abaixo da 13rd St) e 34th St, sendo que o movimento maior é entre a 14th e a 23rd St.
A High Line foi construída em 1930, cortando uma região ocupada na época por
indústrias e empresas de transporte. O interessante é que revitalizando essa
linha antiga e abandonada, criou-se um parque a cera de 10 metros de altura em
uma região que até então não era popular. Hoje milhares de pessoas circulam por
ali, aproveitando a área verde em meio aos arranha-céus da ilha de Manhattan,
além de curtir bares, restaurantes, galerias de artes, studios de design, lojas
e outras atrações que foram surgindo nos antigos galpões e fábricas da região.
Parece pixação, mas é arte.
Essas escadas nos prédios são pouco NYC? |
CXJ Top Team, a liga jedi! |
Descemos
da High Line direto no Chelsea Market, um market que tem muita atração e
variedade gastronômica. Achamos um pouco caro as opções ali oferecidas pra
fazermos uma boquinha, não se enquadravam dentro do nosso budget de refeições,
que é um pouco mais econômico. Até porque tinham algumas pessoas devorando
lagostas gigantes, algo que deve ter saído mais caro que todas as nossas
refeições feitas durante essa viagem.
Japonês inspirado Mexicano??? O.o |
Sushis apenas de vegetais, sem arroz e sem peixe??? o.O |
Pegamos
o metrô de volta pra região da Times Square e nos deparamos com um restaurante
com a seguinte oferta: pizza slice por 99 cent. Isso é o mais fantástico dessa
cidade, tem oferta pra todos os gostos e bolsos. Porém não estávamos assim tão
desesperados pra economizar e vimos outra opção também das famosas NYC Pizzas.
Um restaurante chamado Famiglia, onde o funcionário viu que éramos brasileiros
e já falava direto em português. Pegamos duas pizzas, cada uma por cerca de 20
dólares. Só que elas eram gigantes, muito grandes mesmo. Em cinco não demos
conta, apesar de estarmos com bastante fome.
Serve quantos mesmo? |
Atacar!!! |
Da
pizzaria seguimos para a Times Square. Afinal, essa região até pode ser legal de dia, mas é a noite que ela realmente faz a diferença com todas as suas luzes, lojas e atrações.
Vale até tirar foto com a polícia. |
Foi a Toys’R’Us a primeira loja a ser
visitada. Essa loja com artigos infantis tem 3 andares e uma roda gigante
dentro. Se nós adultos ficávamos fascinados com os brinquedos, montagens de
lego e bonecos, imagina ir em uma loja dessas com crianças. Quem quiser, é
oferecido um tour pelos 10 mil metros quadrados de loja, que conta também com
um Tiranossauro Rex e uma casa da Barbie em tamanho real. Mas infelizmente a
loja, que está ali desde 2001, não vai renovar o seu contrato de aluguel, que
encerra em janeiro de 2016.
Nota: na Egali os melhores funcionários são conhecidos por fazer parte da liga Jedi. Portanto, não estranhe se ver muitas fotos nossas com qualquer coisa ligada ao Star Wars :D
A próxima loja seguia a mesma linha infantil, foi a Disney Store. Não tem tantas
atrações como a anterior, mas os funcionários no mesmo padrão de simpatia dos
parques Disney e muitos brinquedos, fantasias, bonecos e bichos de pelúcia dos
famosos filmes da marca.
Continuamos
rumo ao hotel, no caminho procurávamos por algum pub que estivesse passando o
UFC, pois já era quase 23:00 e logo passaria as principais lutas pelos
cinturões. Nenhum no caminho até o hotel, seguimos apenas eu e o Lucas a
procura, mas incrivelmente nenhum pub estava passando. O motivo? O UFC era pay
per view. Ficamos admirados, pois no Brasil quase todos os bares pagam o pay
per view pra oferecer as lutas e futebol, mas nos EUA somente os canais
normais. O Lucas deu a idéia de irmos no Mc Donalds usar a internet pra achar
um bar. Encontramos um próximo e pra lá seguimos. Achamos o bar, pegamos uma
cerveja cada um, que fica na faixa de 5 a 6 dólares, e logo começou a luta. Era
a chance de Vitor Belfort ganhar seu terceiro cinturão do UFC, porém ele estava
iniciando a luta com pressão, e numa saída desesperadora do Weidman pra se
proteger, colocou a luta pra baixo e não se viu mais nada do Vitor, acabou ali
sem nenhuma reação por parte do brasileiro. Um pouco frustrante, principalmente
pra quem pratica jiu jitsu, ver uma derrota dessa maneira, se entregando no
chão.
Porém,
quase que uma luta começa ao nosso lado. O bar estava bem calmo, todos sentados
tranquilamente. Porém, um casal de americanos torcia pro Vitor e ao lado uns
três caras, sendo que um deles torcendo pro Weidman. Só que esse cara ficava
batendo palma bem forte ao lado do casal e ali começou uma confusão, os dois
amigos separando pra evitar que cara do casal não metesse a mão no outro. Enfim,
vieram os seguranças pra acalmar as coisas. Nós pagamos a conta e achamos que
não valeria a pena ver a outra disputa de cinturão entre Anthony Johnson e
Daniel Cormier, o cansaço estava falando mais alto.
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