O nosso último dia em Sydney começou cedo. Pra Thay
ainda mais cedo do que pra mim, pois ela foi com a Thaís e a Joanna levar a
Kimura e a Nina pra passear na beira da praia. Enquanto elas se preparavam eu
tive como despertador um ataque da Kimura, que ficava pulando em cima de mim e
me lambendo. Elas foram pra beira da praia e eu fui me arrumar e tomar café da
manhã.
Elas voltaram e então eu, a Thay e a Thaís pegamos
o ônibus rumo a City. Descemos em Martin Place. Eu fiquei por ali, na Harvey e
Norman, pra ver da minha câmera a prova d’água que eu tinha deixado para
arrumar ainda quando voltamos de Fiji. Enquanto isso elas foram na cafeteria
dar tchau pro pessoal do antigo trabalho da Thay.
| Green Bean, cafeteria onde a Thay trabalhava. |
Na Harvey e Norman me deram uma câmera nova. Enquanto caminhava rumo ao Commonwealth pra encerrar a minha conta, ficava olhando os prédios, o trânsito e tudo mais. Nunca pensei que iria ter esse sentimento, de saudade daquela confusão da City. Mas ao mesmo tempo tinha na cabeça a certeza de que voltarei, nem que seja a turismo. Cheguei no banco e encerrei a minha conta. Outra coisa que sentirei falta é a educação do pessoal que atende no banco, que nos atende sorrindo, além de não ter porta giratória pra entrar e muito menos fila e espera. Encerrei a conta e em seguida fui pra Egali e encontrei o Eduardo, que já estava por lá, pois era off da Thaís. Fiquei esperando as gurias chegarem enquanto ficava contando e sabendo das novidades com ele.
As duas chegaram, ficamos ali um pouco e depois a Thay
foi torrar os dólares que sobraram em compras na SES, Factory e etc. Enquanto
isso eu fui ver para desbloquear os nossos aparelhos celulares. Fui ali na
volta da Chinatown e logo vi uma dessas lojas que vendem aparelhos e planos de
diversas operadoras. Entrei, expliquei que tinha um celular da Vodafone e
queria desbloquear ele para usar com outra operadora. Perguntei se eles
conseguiriam ver isso. O cara respondeu que sim, mas disse que isso teria um
custo pra mim. No final saiu apenas AU$ 20,00 cada aparelho pra desbloquear.
Muito menos do que a Vodafone estava cobrando para me “desfidelizar” já que
paguei mais barato pelo aparelho por ele ser bloqueado por 6 meses.
Em seguida fui na Chinatown comprar as últimas
lembranças e depois peguei o ônibus rumo a Maroubra. Estava chegando na parada
e logo avistei um ônibus que ia pra Maroubra Beach. Segui caminho e logo
cheguei no que tenho a ousadia de chamar de “minha praia”. Se tenho a certeza de
que sentirei saudades da City, o que dirá de Maroubra Beach? Fiquei por ali
observando por um tempo, curtindo a praia que viemos por tantas vezes. O local
que servia como destino nos dias de calor, e até mesmo nos dias não muito
quentes. Aquele lugar de onde saíamos do nosso studio e desciamos o morro
planejando juntos a nossa trip e até mesmo a nossa vida. Fiquei olhando pras
ondas, as quais me ensinaram o básico do surf. Sem choro, mas com muita
tristeza, dei um tchau para aquele lugar. Ou melhor dizendo, um “See you!”.
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| "See you!" |
Fui pra casa do Silveira e da Thaís. Abri todas as malas e aos poucos fui distribuindo todas as nossas coisas. Tudo o que juntamos nesse 1 ano, que parecia tão distante, mas que passou voando. Aproveitei a balança e pesei cada uma das malas. Dividi o peso nas 4 malas, sem exceder os 32 kg e já deixei uma sobra para as novas compras da Thay. Além de enrolar bem as pranchas e colocar algumas coisas para proteger e distribuir o peso também no case. O engraçado é que nossas malas eram grandes, então tamanho nã foi problema. Mas o peso ficou muito no limite. Por isso precisei ser bem preciso da distribuição das coisas volumosas e das coisas pesadas.
O Silveira chegou, depois as gurias. No final da
tarde peguei o ônibus e fui na Roots Broadway dar tchau pro Thiago e pra toda
galera do Jiu Jitsu. Cheguei por lá e ninguém havia chegado ainda. Fiquei por
ali esperando e aos poucos o pessoal foi aparecendo. Aproveitei e me despedi
dessa galera, que tive o prazer de conhecer e dividir o tatame. Devo isso ao
Pedro Baldini, que me passou o contato do Thiago. Felizmente fui treinar nessa
academia, onde tem um nível muito bom de treinos e que mais do que parceiros de
jiu jitsu, fiz diversos amigos.
Infelizmente a correria era muito grande e nem
tempo pra dar o último treino eu tinha. Sai correndo e fui pegar o ônibus de
volta pra Maroubra. Já era 8pm quando peguei o bus. Cheguei e o pessoal já
estava por lá, pra nossa janta de despedida. O Silveira, a Thaís, a Joanna, o
Maurício, a Sammy e o Caique e a Georgina. Além também do baby do Caique e da
Georgina, dentro da barriga, que já está aparecendo.
O menu foi um pedido especial, o qual estávamos com
saudade. O strogonoff de frango que a Thaís e o Silveira fazem. Jantamos e
ficamos por ali conversando, como muitas vezes fizemos. Infelizmente uma parte
do pessoal já acabou seguindo seus destinos e a turma já não tinha mais como
ser toda reunida. Mas conseguimos aproveitar mais uma vez com essa galera, que
foi muito especial pra nós e sempre estiveram ao nosso lado durante esse ano
que passamos por aqui.
Chegou a hora de dar tchau pro Caique e pra
Georgina. Pessoas as quais desejamos muitas felicidades e sucesso,
principalmente nessa nova etapa, com a família propriamente formada. Em seguida
todos nós fomos nos preparar pra dormir.
Se eu mudaria alguma coisa no planejamento da nossa
trip, seria a quantidade de dias que deixamos pra ficar em Sydney antes de
voltar pro Brasil. 2 noites foram muito pouco. Se eu fosse organizar de novo,
deixaria uma semana. Assim teríamos mais calma pra fazer as coisas e poderíamos
nos despedir da melhor forma da cidade e das pessoas.
Mas fato é que o dia acabou. Os nossos dias em
Sydney acabaram! A nossa aventura na Austrália se encerrou e com muito sucesso.
Muito melhor do que a melhor hipótese que poderíamos ter imaginado antes de
embarcar pra cá. O complicado é o “gosto de quero mais” que já ficou muito
forte dentro de nós.

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