Do dia 02 de Junho a 12 de Setembro de 2012 realizamos o que chamamos de TRIP OF LIFE. Juntos, Érick Luchtemberg e Thayane Pezzi, nos aventuramos em uma viagem de 103 DIAS pela: Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Indonésia, Tailândia, Laos, Malásia, Vietnam e Camboja. Relatamos cada momento que passamos e diversas dicas para quem futuramente deseja seguir alguns dos nossos passos.

Enjoy it!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

O que eu penso sobre o Dubbi (rede social pra viajantes!)

Vamos começar do começo!

Há alguns meses conheci o Dubbi: http://www.dubbi.com.br/, uma rede sociais para viajantes.

A ideia é simples e prática, onde quem já viajou responde perguntas de quem vai viajar. Assim uma pessoa vai ajudando a outra. É tudo uma grande troca.

Logo que me cadastrei, que pode ser automático pelo Facebook, acabei sendo bem participativo. Até porque tem um ranking de milhas, onde algumas tarefas vão pontuando. Esses pontos vão fazendo com que a gente suba no ranking e ganhe novos títulos de exploradores. É uma brincadeira legal, que acaba instigando a competição e vai nos deixando mais empolgados a responder mais.

No início até cheguei a ficar entre os viajantes experts, respondendo bastante perguntas e compartilhando as experiências aqui do blog, mas com o tempo acabei me ocupando com outras coisas (felizmente grande parte do tempo com as viagens pra Dublin e Hawaii) e acabei deixando o site de lado.

Porém, eis que recebi o seguinte “desafio”:



Lógico que a oferta de “uma grande surpresa” chamou bastante a minha atenção. Mas eu tenho uma grande simpatia por organizações (empresas, sites, etc) que buscam feedbacks. Isso é um sinal que a empresa está buscando melhorar o seu produto e/ou serviço.

Eu já havia respondido uma pesquisa que foi enviada. Agora, apesar do prazo já ter extrapolado e eles liberarem alguns dias a mais, fico feliz em poder contribuir com mais um feedback.

Certamente esse blog - 103 Dias - não é nada profissional, comparado a milhares de blogs de viagens muito bem feitos que tem por aí. O intuito desse blog sempre foi ser algo simples e totalmente caseiro (amadorismo puro, profissionalismo zero), uma troca da minha experiência e da Thay pra outros aventureiros, sem edição ou produção. Na realidade, o blog é o maior “souvenir” que eu guardo das viagens. Algo que daqui muitos anos posso voltar pra reler tudo que vivemos por esse mundão.

Sobre o Dubbi, em poucos meses pude perceber uma grande melhora. No início sentia alguma dificuldade em entender bem a sistemática. Aos poucos fui me adaptando melhor e também tracei a minha estratégia, focando muito e responder perguntas até então não respondidas ou pouco respondidas. Assim fui vendo que realmente contribuía para outras pessoas organizarem suas viagens. Em grande parte compartilhava os links aqui do blog pro pessoal dar uma conferida.

Achei legal que eles também ajustaram a questão das datas nas perguntas e respostas, algo que não tinha e inclusive comentei na survey anterior. Assim fica fácil e ver quando a resposta foi feita e quando foi respondido. Pra não ficar algo repetitivo. Aproveitando a deixa, acho que nas perguntas a pessoa poderia colocar um prazo, onde em determinada data a pergunta se encerrasse. Assim, se eu tenho uma viagem pra Outubro de 2016, posso fazer uma pergunta pra receber respostas até esse prazo. Pra evitar receber respostas depois dessa data, que já terei realizado a viagem.

No mais, a ideia do ranking é muito boa! Assim as pessoas podem ver quem tem mais fonte de informações. Assim como os títulos (hoje sou Duque: 8 de 15), que desafiam o participante da rede social a ser ainda mais participativo.

O que eu ressalto é a preocupação na melhora. É legal ver o site buscando ser mais útil e prático. Inclusive mesclando com blog e outras dicas que eles mesmo organizam. Assim como hiperlinkando os assuntos, destinos e perguntas de uma forma harmoniosa no site. Fica claro que se tornou uma ferramenta muito legal pra quem planeja uma viagem, que pode ter troca com pessoas que realmente tiveram a experiência e podem contribuir.

Espero estar mais ativo no Dubbi daqui pra frente, subindo mais níveis e quem sabe voltando ao ranking dos experts.

E recomento pra quem quer trocar um pouco de dicas, ajudar mais pessoas e pegar mais informações pra programar as próximas trips.

Aos interessados, só clicar aqui e se inscrever: http://www.dubbi.com.br/



quarta-feira, 16 de março de 2016

Meu medo não é do passado, mas do futuro.

Não é ser esquerda ou direita. É ser certo ou errado!

Não é condenar PT, PMDB ou PSDB. É condenar os corruptos!

Todos os partidos, por incrível que pareça, tem gente boa e gente ruim. Ideologia é diferente de caráter. Caráter, isso sim, é o que falta em muitos (de repente na maioria).

Eu não sou contra nenhum partido, mas contra os corruptos (ativos ou coniventes), dentro deles. Ou no final não restará partido algum.


A nossa bandeira deve ser uma e objetiva: REFORMA POLÍTICA.


Queremos partidos e precisamos deles. Mas que sejam com pessoas honestas e dispostas a realmente governar o país, não com interesse nas regalias ou no poder.

Precisamos de um Estado mais enxuto e com menos pessoas acomodadas. Precisamos de quem queira mudar e progredir. Salário alto e tantos outros benefícios não faz ninguém se mover. Pelo contrário, os deixa confortáveis. E conforto não gera progresso. Infelizmente esse é o cenário da nossa política atualmente.

Precisamos também combater a corrupção individual, porque não tem moral alguma quem xinga um político e é corrupto igual, mesmo que em menor escala. A única diferença é a proporção da infração. Você já deve ter ouvido "Os políticos são o reflexo do povo" e "Quer mudar o mundo? Comece por você!".


Queremos mudança???

Não é tão fácil, mas mais simples do que parece:
  • REFORMA POLÍTICA
  • COMBATE A CORRUPÇÃO INDIVIDUAL




quarta-feira, 2 de março de 2016

Índice - HAWAII

Dia 1: O longo percurso até a chegada em Oahu
Dia 2: Diamond Head, Makapu'u Beach, Makapu'u Tide Pools e Point Lighthouse Trail
Dia 3: Waikiki Beach e Hanauma Bay
Dia 4: Pali Lookout, Kualoa Ranch, Sandy Beach, Koko Head e Halona Beach Cove
Dia 5: North Shorte, o verdadeiro Hawaii
Dia 6: Costa Oeste: Yokohama Bay, Electric Beach, Ko Olina, Pearl Harbor e Punchbowl Cemetery
Dia 7: Lanikai, Kailua e Waimanalo.
Dia 8: Lanikai com sol,  Manoa Falls e Beach Walk em Waikiki
Dia 9: Dia de mergulhar com tubarões
Dia 10: 31st annual Quiksilver in Memory of Eddie Aikau
Dia 11: (em breve)
Dia 12: (em breve)
Dia 13: (em breve)
Dia 13: (em breve)
Vídeos – Parte 3




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Hawaii - Dia 10:

O dia de hoje tinha um objetivo principal, que era acompanhar o Quiksilver in Memory of Eddie Aikau. Pra ser muito sincero nós não fazíamos ideia da existência desse campeonato, muito menos a importância que ele tinha.

Mas qual o motivo desse campeonato ser tão importante? Quem é Eddie Aikau? Isso fomos descobrindo durante o nosso período no Hawaii.

Vamos começar falando então do Eddie, que foi o primeiro salva-vidas oficial de Waimea Bay, a partir de 1967. Em 1969 seu irmão mais novo, o Clyde, virou o seu par nessa função. Pelo que consta, essa dupla nunca deixou ninguém morrer. Além disso, o Eddie era um big rider, surfista de ondas gigantes, e dizem que nunca correu de nenhum grande swell, surfando todos que chegaram na North Shore havaiana entre 1967 e 1978. Foi então que surgiu a expressão “Eddie Would Go”. O registro ainda é de que dia 19 de Novembro de 1967 ele pegou a maior onda já surfada em Waimea Bay até então. No entanto, devido a personalidade pacífica e solidária de Eddie, o termo would go virou uma grande simbologia, não apenas pela coragem de enfrentar as grandes ondas, mas também pela doação nos resgates como salva-vidas, assim como qualquer outra coisa onde envolve dedicação e solidariedade para com qualquer outra pessoa. Infelizmente, em 1978 Eddie foi convidado para a travessia polinésia da ilha de Oahu até o Tahiti nas canoas Hokule'a, mas mares agitados deixaram a embarcação a deriva, e numa ação que muitos consideram displicente ele saiu com sua prancha em busca de ajuda e nunca mais voltou. A embarcação foi resgatada, mas o Eddie nunca mais apareceu.


Na maior onda já surfada em Waimea Bay. 
Foi então que em 1985 ocorreu o primeiro campeonato em memória a Eddie Aikau. Os participantes do campeonato são todos convidados pela família Aikau, por isso a grande maioria é havaianos, e tem o patrocínio da Quiksilver. Hoje também está no calendário oficial da World Surf League. Mas tem um fator em especial que dá uma importância única ao campeonato, é o fato que desde 1985 ele teve apenas 8 edições, uma vez que só ocorre quando de fato um grande swell (acima de 20 pés havaianos, cerca de 50 pés) chega na costa de Waimea Bay. E como vocês podem acompanhar, há 5 dias atrás a baía não parecia nem de perto um cenário de um campeonato de ondas gigantes. As edições ocorreram em 1985/86 (Sunset Beach), 1985/86 (Waimea Bay), 1989/90, 1998/99, 2000/01, 2001/02, 2004/05 e 2009/10. Ou seja, a última edição ocorreu há 7 anos atrás.


Agora é possível entender o quanto esse campeonato é significativo para os havaianos por conta da história do Eddie? Tem como imaginar a ansiedade para que o mesmo ocorra depois de 7 anos de espera e apenas 8 edições realizadas em mais de 30 anos? E dá pra acreditar que nós compramos umas passagens promocionais que deram a coincidência de nos colocar no Hawaii bem nas datas que esse campeonato vai rolar?

Com essa sorte toda que começamos o nosso dia rumo a Haleiwa, em North Shore. No caminho cruzamos com 3 guardar com controle de velocidade, felizmente estávamos indo dentro do limite e não tomamos nenhuma multa. Mas é bom saber que eles ficam em cima, porque sem perceber podemos ficar acima do máximo permitido, uma vez que nas highways tem várias pistas e asfalto de qualidade.

Drive with Aloha! 
Deixamos o carro no estacionamento de Haleiwa e seguimos de ônibus rumo a Waimea Bay. Depois de tantos anos sem rolar o campeonato, e dada a importância do evento, a confusão para chegar era inevitável. Sem contar que ontem mesmo havíamos visto o pessoal acampando na beira das colinas de Waimea Bay pra garantir o melhor lugar.

A Kamehameha Hwy estava aberta pra passar carros, mas estava lotada. Não tinha lugar pra estacionar muito antes de Waimea Bay, até os quintais viraram estacionamento. A maioria da galera largou os carros e estava indo a pé ou de bike, ter pego o ônibus foi uma boa ideia.


Geral a caminho.
Geral na praia. 
Chegamos em Waimea Bay e a praia já estava lotada, fora a fora. Não é a toa que o locutor brincou que o dia era um “feriado não oficial no Hawaii”. Quando chegamos estava acabando o heat 2 do round 1.






O campeonato é dividido em 2 rounds de 4 heats, cada heat com duração de 1 hora. São 7 surfistas por heat, que depois são alternados para o round seguinte. Cada onda pode valer de 0 a 100 pontos e cada surfista pode surfar até 4 ondas por heat, as duas melhores ondas vão pro somatório. O surfista que tiver a maior soma das duas melhores notas de cada round é o grande campeão.

"Dropzinho".

Caroninha com os jet skis.
Restante do percurso vai no braço.
Monstrinhas a caminho.
Alguém ficou pelo caminho.
Outro fato muito interessante dessa edição é que o Clyde, irmão do Eddie, estava competindo pela última vez. O detalhe é que ele tem 66 anos de idade. Ele foi quem ganhou a segunda edição, de 1985/86, a primeira realizada em Waimea Bay. Mas devido a idade foi necessário um intenso treinamento pra ganhar condicionamento físico. Até porque ele entrou no mar remando, sem auxílio do jet ski, por achar muito perigoso. São quase 30 minutos de remada até chegar em local seguro pra pegar as ondas, com muita onda grande pelo caminho.

Nós acompanhamos todo o heat 3 e 4 do round 1 e um pouco do heat 1 do round 2. Chegamos e ficamos mais pro lado esquerdo da baía, onde a grande massa estava. Mas depois notamos que perto do rio estava com pouca gente e era onde passavam os surfistas. Logo descobrimos que lá tinha pouca gente porque vinham ondas fortes que iam até o rio, que ficava mais atrás. A água vinha com força e passava a altura dos joelhos.

Lugar privilegiado?
Depois descobrimos o motivo.
Jamie O'Brien.
Koa Rothman.
Makuakai Rothman.
Mason Ho.
Kala Alexander.
O brazuca Danilo Couto.
Ian Walsh.
Bruce Irons - detalhe que não tem a vest com colete.
John John Florence.
O carequinha, Kelly Slater.
Eddie Would Go? EDDIE WENT!
Certa hora rolou até um momento de tensão, onde os próprios jet skis tiveram que sair da água por questão de segurança. Entrou uma série grande e ficar por lá não era seguro. Os surfistas se mantiveram no mar, tentando ficar pra trás da arrebentação, que na realidade já era pra fora da baía.

Quebradeira!

Até os jet skis fora da água :O 
O dia foi alternando entre um sol muito forte e uma leve chuva. Logo no início um grande arco-íris contribuiu para um cenário ainda mais fascinante.

No final voltamos pro canto da esquerda, onde tinha melhor vista do campeonato. E novamente mais um momento de tensão, jet skis fora da água. Porém, Jamie O’Brien ficou levando as ondas na cabeça. Ele subia na prancha, corria até pular na água quando a onda chegava com força onde ele estava.

Strider Wasilewski da WSL.
A famosa bancada da WSL. 
Qualquer canto pra curtir o campeonato.
A crowd.
Muita crowd.
Thay na crowd.
Sem idade, estilo ou gênero.
JOB em maus lençóis.


No final das contas essa edição foi ainda mais espetacular. Na realidade foi histórica, pois foi a maior ondulação de todas as edições do Quiksilver in Memory of Eddie Aikau. As ondas chegaram aos 15 metros. Por pouco que o campeonato não pode rolar porque as ondas seriam muito grandes, impossíveis ou muito arriscadas de serem surfadas.

15 metros de onda rolando.
Dentro!
Mais um!
Eessa edição histórica coroou John John Florence como campeão, com o somatório de 59+65 e 89+88. Um dado interessante é que na última edição, de 2009/10, JJF tinha apenas 16 anos de idade.

The champ, JJF!
Era pouco mais de 13:00 quando decidimos voltar. Fomos pra parada, que estava lotada. Nessa hora o movimento estava bem mais intenso. Mas tinham alguns ônibus que faziam Waimea pra Haleiwa.


Galera só pelo busão.



Seguimos nosso dia rumo a Eletric Beach. Estacionamos o carro e percebi que o carro ao lado estava com o vidro quebrado. Cheguei na praia, que é pequena e tinha pouca gente, pedi pra umas gurias se elas tinham o modelo e cor do carro que estava com o vidro quebrado e elas afirmaram que sim, então foram ver o que havia acontecido.


O mar estava mais de boa, eu aproveitei e fui fazer snorkelling enquanto a Thay ficou pela areia. O fundo tem algumas tubulações e bastante corais. Dizem que pode acontecer de golfinhos nadarem por ali ou encontrar reef sharks. Eu vi apenas corais mesmo e alguns peixes, mas tinha uma corrente ainda forte que deixava o mar mexido.






Engraçado foi que na volta pra areia a Thay me disse que na realidade o carro quebrado não era das gurias que conversamos, era de outras pessoas. Depois fomos notar e no estacionamento, que tinha uns 10 carros, pelo menos 5 eram aquele mesmo modelo e da cor cinza. Mas a polícia já estava por lá verificando o que era, mas provavelmente furto.

Seguimos pra Ko Olina, já era mais de 14:00, então fomos comer algo. Como já havíamos ido lá sabíamos que era uma região de resorts de luxo, mas conseguimos achar um lugar com preço ok pra comer algo. Pegamos um pedaço de pizza de crab e lobster com refri por 5 bucks. Em seguida fomos pras enseadas curtir um pouco. Ficamos por lá até o por do sol.





Uma yoga nessa vibe deve ser massa. 





Depois de um grande dia voltamos pra casa, jantamos no Ala Moana Center. Optamos pelo Power Meal, que tem opção de carne, arroz, vegetais e molho. Eu escolhi angus steak (U$ 12,00) e a Thay foi de salmão (U$ 14,00), mas foi uma má escolha porque a comida era meio fria e sem gosto.



Voltamos pro apartamento e ficamos conversando com o Kevin, principalmente sobre campeonato que rolou hoje. Essa é uma das grandes vantagens do Airbnb, pois rolam boas conversas que vão desde dicas valiosas até bate papo sobre qualquer coisa.